Individuo Na Organização

Capítulo 2: O indivíduo na Organização.

2.1 O ser humano

2.2 O homem e o trabalho

2.3 Personalidade. Traços e tipos de personalidade

2.4 Análise transacional

2.5 Atitude/ Valores

2.6 Temperamento/ Caráter

Bibliografia:

Comportamento Organizacional. Teoria e prática no contexto brasileiro.

Autores: Stephen P. Robbins; Timothy A. Judge; Filipe Sobral.

Editora: Pearson, São Paulo, 2010.

Comportamento Organizacional. Criando vantagem competitiva.

Autores: John A. Wagner; John R. Hollenbeck.

Editora: Saraiva, São Paulo, 2009.

Fundamentos do Comportamento Organizacional.

Autor: Andrew J. Dubrin.

Editora: Thomson, São Paulo, 2003.

Psicologia e Gestão.

Autores: Estelle M. Morin; Caroline Aubé.

Editora: Atlas, São Paulo, 2009.

Dissertação Mestrado: Motivação impacto e aplicabilidade nas empresas

Universidade Paulista, Prof. Paulo Roberto Torres Matta. São Paulo, 2012.

Apostilas da Profª Leonor Brandão, Líder da disciplina na UNIP.

COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES

2. O indivíduo na organização

2.1 O Ser Humano

O homem é um produto histórico, um ser social e é o conjunto de suas relações sociais. Os traços herdados em contato com um ambiente determinado têm como resultado um ser especifico, individual e particular. A natureza biológica não basta para garantir a vida em sociedade. O homem precisa adquirir várias aptidões e aprender formas de satisfazer às necessidades.

Em psicologia, um comportamento designa um conjunto de ações e de reações. Assim, dizer algo ou não, fazer algo ou não, olhar alguém ou não, etc., são exemplos de comportamentos. Pensar, refletir, imaginar são igualmente comportamentos, mesmo se dificilmente observáveis.

Como compreender o comportamento humano no trabalho?

Um observador atento pode determinar os acontecimentos que precederam um comportamento e deduzir os objetivos que esse comportamento tinha como alvo. Com efeito, toda conduta humana é racional, mesmo não sendo evidente e o comportamento é uma resposta a acontecimentos percebidos como exigindo uma resposta. Os indivíduos reagem, portanto a demandas que os estimulam.

Entre os estímulos e os objetivos desenrolam-se diversos fenômenos psicológicos que não se podem observar, já que ocorrem dentro do corpo ou da mente das pessoas. É a famosa “caixa preta” que alguns behavioristas preferiram não considerar. Psicólogos avançaram nos estudos que permitem compreender as condutas humanas onde afirmam que entre o estimulo e os objetivos estão a percepção, a inteligência, a aprendizagem, a motivação, a personalidade e o comportamento. (Figura 8)

Figura 8 – esquema do comportamento humano

Temos a tendência de supor que as pessoas são basicamente semelhantes e que os outros são “exatamente como eu”. É uma tendência atraente, porque faz o mundo parecer muito mais fácil de compreender. Todos os empregados na empresa partilham das habilidades, interesses, crenças e valores do proprietário e, em decorrência disso, este considerará fácil a tarefa de organizá-los e incentivá-los a buscar uma meta comum. Muitas vezes, essa falsa impressão leva as pessoas a fazerem diagnósticos incorretos e a atribuírem a outros fatores muitos problemas que na verdade se devem a diferenças individuais.

Os seres humanos são complexos e por isso a possibilidade de fazer generalizações simples e precisas é limitada. Duas pessoas reagem de maneira diferente a uma mesma situação, e uma mesma pessoa muda seu comportamento em situações diferentes. Por exemplo, nem todos são motivados pelo dinheiro, e o comportamento de uma pessoa na universidade é diferente do adotado numa festa. Isso não significa que não podemos dar explicações sobre o comportamento humano, mas significa que os conceitos de comportamento precisam refletir situações situacionais e contingenciais.

A compreensão de diferenças entre empregados pode levar à melhoria na produtividade individual e organizacional. Uma alta propensão para a tomada de risco é geralmente uma vantagem no agitado mercado de ações. O contrário também pode ser verdadeiro: pessoas conservadoras decidem com mais análise e planejamento o que pode ser uma vantagem em determinadas situações.

As empresas contam com equipes compostas por indivíduos, que, apesar de compartilhar um objetivo comum, são distintos entre si das mais diversas formas. Sejam elas culturais, de valores ou crenças, tipo de inteligência, de caráter ou até mesmo de temperamento.

Todo indivíduo leva consigo conhecimentos, conduta e postura que diferem da missão, valores e cultura de uma organização. Administrar essas diversidades pode parecer difícil, mas é preciso conhecer e respeitar o indivíduo valorizando suas particularidades que muitas vezes acrescentam para a empresa. Na riqueza das diversidades, encontram-se os fundamentos do trabalho em equipe e do pensamento criativo, os quais garantem a qualidade do desempenho. As pessoas fazem parte de organizações e ambos vivem em recíproca dependência. As organizações precisam de pessoas tanto quanto as pessoas precisam das organizações. Para compreender o comportamento das pessoas deve-se considerar a complexa natureza do homem. Respeitar as pessoas no local de trabalho é cada vez mais importante, pois cada indivíduo leva consigo uma cultura, uma crença, uma bagagem de conhecimentos e costumes.

2.2 O homem e o trabalho

Dar um sentido a seus atos é uma necessidade para o ser humano. O indivíduo não pode viver seguindo apenas seus instintos. Ele precisa dar a suas condutas um sentido aceitável