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Introdução à Educação Tecnológica

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Por:   •  1/4/2014  •  494 Palavras (2 Páginas)  •  295 Visualizações

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Através da educação profissional e tecnológica a percepção das inter-relações entre o sistema educativo e os demais sistemas sociais fica evidenciada, demonstrando que as comunidades mais avançadas tem como base uma educação voltada para a formação de mão de obra que atenda às demandas de mercado. Sob esta ótica, a educação foi mais direcionada para a aprendizagem, qualificação e desenvolvimento de técnicos e profissionais com conhecimento em áreas específicas, já formando estes profissionais desde a base educacional.

Dessa forma, percebe-se que a educação profissional e tecnológica deve ser intencionalmente planejada, estrategicamente, para atender a demanda de mercado não apenas presentes, mas principalmente pensando no longo prazo, numa cultura cidadã.

Ao longo da história, a educação profissional e tecnológica foi deixada num segundo plano, pois o acesso ao trabalho intelectual não era para todos. No Brasil, por muito tempo reinou uma mentalidade jurídico profissional voltada para carreiras liberais, política e administração. Com a criação dos liceus de artes e ofícios – o primeiro foi criado no ano de 1858, essa mentalidade muda um pouco. A educação profissional e tecnológica ganha um grande impulso quando, em 1909 Nilo Peçanha baixou o decreto 7.566, de 23 de setembro, criando 19 escolas de aprendizes e artífices, situadas uma em cada Estado, escolas estas que formavam todo um sistema escolar, sendo submetidas a uma legislação específica que as distinguia das demais instituições de ensino profissional mantidas por particulares e pelo próprio governo.

O objetivo básico destas escolas a formação de operários e contramestres, através de ensino prático e conhecimentos técnicos necessários aos menores que pretendessem aprender um ofício em “oficinas de trabalho manual ou mecânico. Após passar por períodos de oscilação na quantidade de alunos, na década de 1920, as escolas atingiram seu número máximo de alunos. Em todas elas eram ensinados os ofícios de alfaiataria, marcenaria e sapataria. Em 1942, no último ano de funcionamento destas escolas, em alguns estabelecimentos havia número reduzido de alunos.

Até o final da década de 1920 a educação profissional tinha um caráter assistencialista muito forte, associada à população de baixa renda, sem identidade, destituída de intenções pedagógicas de desenvolvimento intelectual pleno.

Ainda na década de 20, em virtude da construção de estradas de ferro em São Paulo, as atividades de ensino de ofícios das empresas ferroviárias foram sistematizadas, sendo que, em 1924 foi criada a Escola Profissional Mecânica no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, tendo papel destacado o engenheiro suíço Roberto Mange, que mais tarde atuou na criação do Senai.

Com a industrialização, a partir principalmente dos anos 30, é imprescindível uma educação voltada para preparar trabalhadores para a indústria. De uma aprendizagem de ofício torna-se necessário passar para uma aprendizagem que introduzisse o domínio de técnicas, adaptação à máquina, disciplinando para as atividades produtivas e divisão do trabalho; buscou-se a formação de operários especializados e de quadros técnicos intermediários. Em função disso, a Constituição de 1937 coloca como obrigatoriedade por parte de empresas e sindicatos a organização de escolas de aprendizes.

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