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JUDÔ : “EDUCAÇÃO, FILOSOFIA E ESPORTE.”

Por:   •  24/9/2016  •  Artigo  •  1.736 Palavras (7 Páginas)  •  268 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS

WOLNEY DIAS FERREIRA

JUDÔ : “EDUCAÇÃO, FILOSOFIA E ESPORTE.”

Um estudo exploratório do projeto Harai Goshi de Judô, ofertado

pela Federação Goiâna de Judô e Associação Harai Goshi.

Projeto de pesquisa apresentado à Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás, como requisito parcial das exigências para conclusão da disciplina Estágio Supervisionado I sob a orientação do Professor Dr. Ricardo Barbosa.

Goiânia

Maio de 2014


Sumário

Sumário        3

1- Definindo o problema de pesquisa        4

2- OBJETIVOS DA PESQUISA        6

3.1 OBJETIVO GERAL        6

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS        6

4- JUSTIFICATIVA        7

5- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS        7

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        8

1- DEFININDO O PROBLEMA DE PESQUISA

        

O projeto “Harai Goshi” se constitui em um projeto social de caráter esportivo que tem na integração da filosofia do judô com aperfeiçoamento técnico competitivo, o objetivo de  resgatar  crianças e adolescentes em situação de violência e vulnerabilidade social, para o cotidiano do esporte e da educação. O projeto com sede em Goiânia, foi estruturado de acordo com o mapa do Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ)*, pesquisa do Instituto Mauro Borges (IMB),cuja as aferições apontam a Região Noroeste da capital como a mais violenta em números absolutos em ocorrências registradas de casos de violência escolar na cidade de Goiânia.

Quadro  7  –  Índice de Vulnerabilidade Juvenil, segundo os melhores e piores

desempenhos da Região Metropolitana de Goiânia– 2010

Área de ponderação  IVJ RMG

Os melhores desempenhos

Goiânia-SUL 01  

10.05

Goiânia-SUL 02  

13.03

Goiânia-SUL 06  

15.23

Goiânia-CENTRO 05  

20.04

Goiânia-SUL 03  

23.07

Os piores desempenhos

Trindade-Área 001  70,72

70.72

Aparecida de Goiânia-REGIAO CIDADE LIVRE

72.8

Goiânia-NOROESTE 05  

74.72

Trindade-Área 002  

75.86

Trindade-Área 004  

86.02

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais – 2013.

 

Em sua pesquisa o IMB destacou dentro da região metropolitana de Goiânia, quais as regiões são mais problemáticas no aspecto da vulnerabilidade e da violência juvenil, e isolando a capital do restante da região metropolitana, observa-se a Região Noroeste em destaque dentre os piores resultados da pesquisa.

 A violência escolar faz parte do cotidiano da vida dos estudantes, professores e técnicos administrativos da região noroeste da capital. Por outro lado, esta prática corporal esportiva, é sabidamente benéfica fisica e mentalmente para seus práticantes, prática que integra o ciclo educativo e proporciona elementos lúdicos e pedagógicos necessários ao desenvolvimento cognitivo e corporal, além  de seus princípios filosóficos e culturais que aludem a disciplina e a retidão de caráter imprescindíveis ao judoca, e que contribuem para a construção do ser social. Segundo Freire e Soares:

Além de garantir o desenvolvimento educacional físico e de cooperação entre os colegas, o esporte proporciona desafios físicos e mentais e contribui para o desenvolvimento social, promovendo a identidade social e grupal. Uma alternativa de prática esportiva para crianças é o judô. Além dos benefícios físicos, uma aula de judô voltada para os princípios filosóficos no qual foi  criado pode possibilitar que as crianças possam desenvolver-se moralmente, na medida em que as coloca frente a situações onde o autocontrole e a reflexão são estimulados (2000, p.74)          

Neste sentido o judô, proporcionando situações onde são exigidos autocontrole e a reflexão, torna-se um modelo cuja  preocupação  não se assenta nos  modelos relacionais vividos nas atividades de jogos e esportes competitivos dentro do espaço escolar, onde a  valorização  excessiva  no  ato  de  vencer  o  outro  em  detrimento  da valorização do ambiente lúdico-criativo reproduz a prática cotidiana. No projeto o ambiente lúdico-criativo apresenta um modelo que direciona as intencionalidades dos jogadores para outros tipos de reconhecimento e valorização da  sua  prática  corporal.  

No dojô, a criança aprende a conhecer-se, a discernir os seus defeitos e as suas qualidades. Aprende, sobretudo a disciplina e o gosto pelo esforço. Aprende a estimar os companheiros, a progredir com eles; encontra um escape para a sua energia, e sua turbulência e a sua agressividade. (ROBERT, 1976, p.488). 

Esta análise bibliográfica inicial identifica alguns aspectos iniciais do problema, o judô é sabidamente benéfico, foi criado enquanto esporte, e educação, seja física ou filosófica. Sendo assim transita nestes dois universos, dentro da escola e fora dela, na educação formal, e não formal, resta-nos saber que o Dojô Harai Goshi, como local de prática e treinamento se constitui em todos os aspectos em um espaço de educação não formal e de que maneira se enquadraria em um modelo de educação formal, segundo o eixo orientativo da teoria de Maria da Gloria Gohn, no que diz respeito aos conceitos de educação formal e não formal.

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