Karl Marx
Pesquisas Acadêmicas: Karl Marx. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: vitorass • 23/6/2014 • 1.403 Palavras (6 Páginas) • 320 Visualizações
Título
Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
10
Tema
A concepção marxista da análise social (I)
Objetivos
Explicar a concepção marxista de análise da sociedade.
Definir os conceitos de dialética e de materialismo histórico.
Distinguir os principais modos de produção na história da humanidade.
Compreender a afirmação de Marx de que a luta de classes é motor da história.
Estrutura do Conteúdo
1- A contribuição de Karl Marx a análise sociológica.
Ao contrário de Durkheim e Weber, Marx não teve a preocupação com a elaboração de uma disciplina de Sociologia, visto que o seu pensamento englobava uma série de disciplinas como a Economia, a História e a Filosofia. Mesmo assim, suas ideias tiveram enorme impacto nas Ciências Sociais, passando a se constituir numa das mais importantes fontes de pesquisa para a Sociologia e a Ciência Política. Karl Marx integra o seleto grupo dos clássicos do pensamento sociológico. Suas formulações teóricas acerca da vida social, especialmente a análise que faz da sociedade capitalista, causaram tamanho impacto nos meios intelectuais que, para alguns teóricos, grande parte da sociologia ocidental tem sido uma tentativa constante de corroborar ou de negar as questões por ele levantadas (Quintanero ET All. Um Toque de Clássicos. Pg. 63, op.cit.).
2- A Dialética
A dialética tem a sua origem na filosofia grega, com Heráclito de Éfeso e se estrutura afirmando a contradição como a própria substância da realidade. Esta se superaria num processo incessante de negação, conservação e síntese. A moderna ideia de dialética origina-se no idealismo alemão e, sobretudo, no pensamento de Wilhelm F. Hegel. Aplicada aos fenômenos historicamente produzidos, a ótica dialética cuida de apontar contradições constitutivas da vida social que resultam na negação de uma determinada ordem (Quintanero ET All. Um Toque de Clássicos. Pg. 65, op.cit.). De forma resumida, é possível afirmar que a dialética representaria um modo determinado de pensarmos as contradições da realidade e suas diferenças sociais. São considerados princípios básicos da dialética as concepções de que tudo se relaciona e tudo se transforma, gerando mudanças qualitativas por meio de um processo de luta dos contrários.
3- O Materialismo Histórico
A concepção materialista da história, que é a base do pensamento marxista, se propõe a destacar a importância dos seres objetivos, dos indivíduos reais, como elementos constitutivos da realidade do mundo. Por este método de análise social, presente na teoria marxista, as relações materiais que os homens estabelecem entre si, o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações sociais. Em outras palavras, a perspectiva materialista e dialética da história parte do princípio de que todo fenômeno social, ou cultural é efêmero, sendo influenciado de maneira determinante pelo modo como a produção social é organizada.
4- Modo de Produção
O modo de produção é aqui entendido como a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de existência material. Como demonstram Marx e Engels, em A Ideologia Alemã, é através do modo de produção que conhecemos uma sociedade em sua especificidade histórica e social. Nesta perspectiva de análise, o entendimento da realidade da vida social só é possível, na medida em que conheçamos o modo de produção da sociedade. Neste sentido, não é a consciência que determina a vida material, mas a vida material que determina a consciência. A partir do modo de produção é possível identificar as diferenças históricas e as relações sociais presentes em cada época determinada. Na história, podemos distinguir pelo menos seis grandes modos de produção: ?o comunismo primitivo?; o regime asiático; o escravismo; o feudalismo (servidão), o capitalismo e o socialismo. Este último definido atualmente como socialismo real, em função das diferentes avaliações feitas sobre esta experiência socialista, realizada por alguns países ao longo do século XX
5- A Luta de Classes
De acordo com Maria Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins, em Introdução à Filosofia, São Paulo, Ed. Moderna, Filosofando, 1993, a luta de classes é o confronto entre duas classes antagônicas quando lutam por seus interesses de classe. No modo de produção capitalista, a relação antagônica se faz entre o burguês, que é o detentor dos meios de produção, do capital, e o proletariado que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho. A luta de classes, na perspectiva materialista da história, relaciona-se diretamente à mudança social, à superação dialética das contradições existentes. Daí a luta de classes ser considerada o motor da História, a responsável pelas transformações sociais. Para Marx, o capitalismo foi o modo de produção que separou de modo mais profundo o trabalho e os meios de produzi-lo, acentuando a exploração da classe não proprietária dos meios de produção, o proletariado, pelos proprietários dos meios de produção, a burguesia.
Bibliografia básica:
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3ª ed. ampliada e revista. São Paulo, Moderna, 2005. Capítulo 7 - Karl Marx e a história da exploração do homem (pp. 110-136);
Bibliografia complementar:
Quintanero ET All. Um Toque de Clássicos. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2001.
Aplicação Prática Teórica
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