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Karl Marx

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Por:   •  25/7/2013  •  3.863 Palavras (16 Páginas)  •  424 Visualizações

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3° Bimestre – Sociologia (Raul)

Karl Marx e a História da

Exploração do Ser Humano

Karl Marx nasceu, em 1818, na cidade de Treves, na Alemanha. Em 1836, matriculou-se na Universidade de Berlim, doutorando-se em filosofia. Foi redator de uma gazeta liberal em Colônia. Mudou-se em 1842 para Paris, onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de idéias e publicações. Em 1848 escreveu com Engels O Manifesto do Partido Comunista, obra fundadora do “marxismo” como movimento político e social a favor do proletariado. Morreu em 1883, após intensa vida política e intelectual. Suas principais obras foram: A Ideologia Alemã, Miséria da Filosofia, Para a Crítica da Economia Política, A Luta de Classe em França e O Capital.

Introdução

Simultaneamente a Durkheim e Weber (fundadores da sociologia), Marx desenvolveu seu pensamento, que era expresso pelo materialismo histórico. Porém, ao contrário desses intelectuais, Marx focou diferentes questões da realidade social. Ele originou uma corrente de pensamento revolucionário tanto do ponto de vista teórico como da prática social. Com o objetivo de entender e modificar o sistema capitalista, Marx escreveu sobre economia, filosofia e sociologia. Seu objetivo era não apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma ampla transformação política, econômica e social. Marx não escreveu exclusivamente para @s acadêmicos e cientistas, mas para todos os indivíduos que quisessem assumir sua vocação revolucionária. Esse é um aspecto singular da teoria marxista. Há um alcance mais amplo nas suas formulações, que adquiriram dimensões de ideal revolucionário e ação política efetiva.

Marx, acima de tudo, definia-se como um militante da causa socialista, por isso suas idéias não se limitaram ao campo teórico e científico, mas foram defendidas com luta como princípios norteadores para o desenvolvimento de uma nova sociedade em diferentes campos e batalhas, nos quais se confrontaram diversos grupos sociais desde o século XIX, quando o marxismo se organizou como corrente política.

Materialismo Histórico

Para entender o capitalismo e explicar a natureza da organização econômica humana, Marx pretendeu desenvolver uma teoria abrangente e universal, que procurava dar conta de toda e qualquer forma produtiva criada pelo ser humano. Os princípios básicos dessa teoria estão expressos em seu método de análise – o materialismo histórico.

Marx parte do princípio de que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a forma como os indivíduos se organizam para a produção social de bens que engloba dois fatores fundamentais: as forças produtivas e as relações de produção.

Os meios de produção são o somatório da matéria-prima e dos instrumentos de produção. No entanto, apenas os meios de produção não são o suficiente para produzir algo, se faz necessário o elo entre a matéria-prima e os instrumento. Este elo é a força de trabalho.

A união entre os meios de produção e a força de trabalho, são as forças produtivas. O desenvolvimento da produção vai determinar a combinação e o uso desses diversos elementos: recursos naturais, mão-de-obra disponível, instrumentos e técnicas produtivas. Essas combinações procuram atingir o máximo de produção em função do mercado existente. A cada forma de organização das forças produtivas corresponde uma determinada forma de relação de produção.

As relações de produção são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Elas se referem às diversas maneiras pelas quais são apropriados e distribuídos os elementos envolvidos no processo de trabalho: as matérias primas, os instrumentos e a técnica, os próprios trabalhadores e o produto final. Assim, as relações de produção podem ser, num determinado momento, cooperativistas (como em um mutirão), escravistas (como na Antiguidade), servis (como na Europa Feudal), ou capitalistas (como na indústria moderna).

Forças produtivas e relações de produção são condições naturais e históricas de toda a atividade produtiva que ocorre em sociedade. A forma pela qual ambas existem e são reproduzidas numa determinada sociedade constitui o que Marx denominou modo de produção.

Para Marx, o estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se organiza e funciona a sociedade. As relações de produção, nesse sentido, são consideradas as mais importantes relações sociais. Os modelos de família, as leis, a religião, as idéias políticas, os valores sociais são aspectos cuja explicação depende, em princípio, do estudo do desenvolvimento e do colapso de diferentes modos de produção.

Analisando a história, Marx identificou vários modos de produção específicos. Em cada modo de produção, a desigualdade de propriedade, como fundamentos das relações de produção, cria contradições básicas com o desenvolvimento das forças produtivas. Essas contradições se acirram até provocar um processo revolucionário, com a derrocada do modo de produção vigente e a ascensão de outro.

A Origem Histórica do Capitalismo

Para desenvolver sua teoria, Marx se vale de conceitos abrangentes, da análise crítica do momento que vive e de uma sólida visão histórica com os quais procura explicar a origem das classes sociais e do capitalismo. É assim que ele atribui a origem das desigualdades sociais a uma enorme quantidade de riquezas que se concentram na Europa, no século XIII até meados do século XVIII, nas mãos de uns poucos indivíduos, que têm o objetivo e as possibilidades de acumular bens e obter lucros cada vez maiores.

No início, essa acumulação de riquezas se fez por meio da pirataria, do roubo, dos monopólios e do controle de preços praticados pelos Estados absolutistas. A comercialização, principalmente com as colônias, era a grande fonte de rendimentos para os Estados e a nascente burguesia. Porém, a partir do século XVI, @ artesã/o e as corporações de ofício foram, aos poucos, substituídos pel@ trabalhador/a “livre” assalariad@ – @ operári@ – e pela indústria.

Na produção artesanal européia da Idade Média e do Renascimento (Idade Moderna), @ trabalhador mantinha em sua casa os instrumentos de produção. Aos poucos, porém, surgiram oficinas organizadas por comerciantes enriquecidos que produziam mais e a baixo custo. A generalização desses galpões originou, em meados do século XVIII, na

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