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Livros de texto IREZE E HOJE

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Por:   •  19/3/2014  •  Tese  •  2.072 Palavras (9 Páginas)  •  352 Visualizações

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2.1. LIVROS DIDÁTICOS ONTEM E HOJE

Por volta do século XV, Portugal fazia uso nas escolas de “cartinhas” (pequenos livros que reuniam o abecedário, o silabário e rudimentos do catecismo). Posteriormente, elas foram chamadas de cartilhas e há noticias de que foram enviadas para as colônias a fim de através delas se ensinasse a ler e escrever.

Até o final do século XIX havia muitas queixas de falta de livros e materiais didáticos nas províncias. Esta carência levou os professores a elaborarem textos manuscritos e utilizarem- se de cartas, ofícios e documentos de cartórios como material de aprendizagem de leitura e escrita. Eles faziam ABC’ s manuscritos em folhas de papel, que eram manuseados com “pega - mão” para não sujar.

A preocupação com os livros de didáticos em nível oficial, no Brasil, se com a legislação do livro. Didático, criada em 1938 pelo Decreto-Lei 1006 (Franco, 1992). Nesse período já o livro era considerado uma ferramenta da educação política e ideológica, sendo caracterizado o Estado como censor no uso desse Material didático. Os professores faziam as escolhas dos livros a partir de uma lista pré-determinada na base dessa regulamentação legal. Art.208, Inciso VII da Constituição Federal do Brasil, em que fica definido que o Livro Didático e o Dicionário da Língua Portuguesa são um direito constitucional do educando brasileiro. Embora se observe uma melhor qualidade nos últimos livros recomendados pelo MEC para o ensino de Ciências, a seleção destes é uma tarefa dos professores como profissionais. Essa tarefa não pode ser limitada a um grupo de especialistas responsáveis por analisar os livros e recomendá-los aos professores. Esta tem sido uma prática constante não obstante, seja divulgada nos meios oficiais de comunicação.

1. Motivam a relação do aluno com o conteúdo escolar, livros de literatura que trazem textos de qualidade e beleza que podem conquistar os alunos para o universo da língua escrita;

2. Apóiam a autonomia do aprendiz, dicionários, enciclopédias, coleções infantis de oferecem um de ciências naturais, Geografia ou História fartamente ilustradas que oferecem um amplo aspecto de informações a serem relacionadas pelas crianças;

3. Colaboram para a organização de situações de ensino-aprendizagem, que trazem indicações de tipos de situações que podem ser úteis para a aprendizagem dos conteúdos que englobam;

4. Criam condições para a diversificação e ampliação das informações que veicular, publicações que incluem glossários, indicações de outros livros e outros tipos de fontes de informações sobre os mesmos conteúdos ou conteúdos afins.

2.2. LIVRO DIDÁTICO-UM NOVO OLHAR

Os livros não morrem jamais

A emoção e o prazer da descoberta, sempre renovados a cada nova leitura e nova produção, não poderiam diminuir e muitas vezes acabar, pela forma como a escola desenvolve essas experiências. Em outras palavras: não poderíamos deixar os alunos perderem os motivos para ler e escrever; não poderíamos deixar morrer o entusiasmo de descobrir também – e, com frequência, sobretudo – pela leitura o que foi e o que é a história do homem; não deveríamos permitir que se perdesse a alegria do aluno de se expressar através da escrita; não poderíamos, afinal. Influir decisivamente para que a leitura e a escrita fossem descartadas, ou quase, da vida de nossos alunos.

Sempre é hora de ler e escrever

O trabalho sistemático, mas sempre variado com os mais diferentes tipos de textos do bilhete a bula do remédio, do verbete da enciclopédia á pagina literária, desde que significativos para os alunos-, vai, com certeza, criar boas condições para que eles produzam variados tipos de textos. Afinal, o que eles querem é o que nós também exigimos para ler ou escrever; razões para isso.

Essas razões podem ser muito diferentes, em cada caso e em cada situação: lemos para nos informar, para nos distrair, para refletir, para entender melhor acontecimentos muito especiais de nossa vida. Escrevemos pela necessidade de nos comunicar com pessoas, intimas ou não;

2.4. O LIVRO DIDÁTICO E A FAMÍLIA

ANÁLISE DOS MODELOS FAMILIARES E SUA REPRESENTAÇÃO NO LIVRO DIDÁTICO

A idéia de família em nossa sociedade estrutura-se sobre três peças: o casamento (o homem e a mulher), a casa (o lar) e os filhos. Não há relações com parentes de sangue, se com eles não for possível dar, receber e retribuir as três obrigações fundamentais que compõem este universo moral familiar fundado no princípio de reciprocidade.

Nas famílias pobres e no livro didático a casa é identificada com a mulher e a família com o homem.

A família compreende a casa, portanto, a casa está contida na família; conclui-se que o homem está, nesta concepção, hierarquicamente em um nível acima da mulher.

O papel do pai

O papel central do homem é ser mediador entre a família e o mundo externo, reafirmando a tradicional autoridade masculina. Ele é a autoridade moral, responsável pela respeitabilidade familiar, respondendo pela família.

O papel da mãe

O papel da mulher é manter a unidade do grupo: Ela é quem cuida de todos e zela para que tudo esteja em seu lugar, é a “patroa”. A autoridade feminina vincula-se à valorização da mãe, num universo simbólico onde a maternidade completa à mulher. Ela está no controle do dinheiro, que não tem relação com sua capacidade de ganhar dinheiro, mas é uma atribuição de seu papel de dona de casa.

O casal

Os pais não são vistos como um casal que demonstra afetividade um pelo outro; eles não brigam ou discutem, não têm momentos de preocupação de tristeza e mau-humor. De certa forma, eles realmente não se relacionam enquanto casal: relacionam-se apenas, individual e diretamente, com os filhos. Percebe-se que o momento de relacionamento entre mãe e filho exclui o pai vice-versa. Por um viés analítico afim à psicanálise, isso é extremamente danoso ao desenvolvimento das crianças – filhos-, e esse dano potencializa-se na medida em que é reiterado na escola –pois não possibilita a estes vislumbrar a mãe enquanto possuidora de outras ligações afetivas que não aquela que nutre com seus filhos; a tendência, a partir de então, é que a aceitação

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