MELHORANDO A PRODUTIVIDADE COM AS SETE ANÁLISES PERDAS CLÁSICAS DO PRODUTO
Artigo: MELHORANDO A PRODUTIVIDADE COM AS SETE ANÁLISES PERDAS CLÁSICAS DO PRODUTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rmnatali • 20/4/2014 • Artigo • 7.609 Palavras (31 Páginas) • 319 Visualizações
MELHORIA DA PRODUTIVIDADE
ATRAVÉS DA ANÁLISE DAS SETE
PERDAS CLÁSSICAS DE PRODUÇÃO
Ana Paula Barth Bartz (UFSM)
anabartz@gmail.com
Janis Elisa Ruppenthal (UFSM)
janis@ct.ufsm.br
Este trabalho foi realizado em uma empresa metal-mecânica,
localizada na região Sul do Brasil, fabricantes de produtos de grande
porte. Para tanto foi utilizado o modelo das perdas proposto por Ohno.
O objetivo da pesquisa foi elaborar o flluxo de matéria-prima no
processo e avaliar as perdas presentes para eliminá-las, aumentando a
produtividade da empresa. Para atender a esses objetivos se realizou
um estudo de caso de natureza quantitativa e de ordem descritiva. Os
maiores problemas encontrados estavam relacionados às paradas de
produção dos funcionários para realizar tarefas que não agregavam
valor ao produto e a produção simultânea de vários produtos. A
proposta de melhoria contemplou ações na mudança de lay-out,
retirando-se ilhas de fabricação e instalando-se uma linha de fluxo
contínuo em etapas definidas, a formalização da programação da
produção e investimento em um setor específico. Após a implantação
das melhorias a empresa obteve um considerável acréscimo na sua
produtividade, sem aumentar o número de pessoas envolvidas no
processo produtivo.
Palavras-chaves: Perdas. Valor agregado. Sistema Toyota de
Produção. Estudo de caso.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial
Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial
Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
2
1. Introdução
A excelência de qualquer empresa está condicionada à gestão. Gerir significa planejar,
organizar, dirigir e controlar todos os recursos da instituição em busca da máxima eficiência
(JURAN, 2009). Nesse processo a capacidade de avaliar as atividades e interferir rapidamente
com ações corretivas, quando se identifica um processo fora da normalidade é essencial na
manutenção da vantagem competitiva. Antunes (2008) considera que a gestão das perdas
realizadas pelo Sistema Toyota de Produção é de extrema importância para a construção de
sistemas de produção eficazes e competitivos.
O objetivo desse trabalho é identificar melhorias no processo buscando a maximização da
produtividade em uma empresa metal-mecânica da Região Sul do Brasil. Para tanto foram
identificados os desperdícios do processo, adotando-se o modelo proposto por Ohno e
apresentado por Liker (2005). Após a identificação desses, em cada uma das sete perdas
propostas, foram realizadas sugestões de melhoria para eliminar ou reduzir as mesmas,
mostrando-se o resultado obtido a partir de sua implementação.
A apresentação desse artigo é realizada inicialmente por uma breve revisão bibliográfica
referente às perdas clássicas do processo produtivo segundo o sistema Toyota de produção, e
a diferença entre valor agregação e não-agregado nos processos. Após descreve-se a
metodologia utilizada na condução do estudo, seguindo com a apresentação dos dados
coletados, e das medidas propostas, juntamente com a apresentação dos resultados obtidos
após a sua implementação. Finaliza-se o artigo com algumas considerações sobre o trabalho.
2. Perdas nos processos produtivos
O Sistema Toyota de Produção – STP – começou a ser modelado após o final da segunda
guerra mundial. O Japão havia sido destruído, atingido por duas bombas atômicas, muitas
fábricas foram arrasadas e as pessoas estavam com pouco dinheiro. Nessa época a Toyota era
uma pequena indústria automobilística, que produzia cerca de 900 carros por mês. Em anos
anteriores, principalmente na década de 1930, seus carros eram vistos como de baixa
qualidade. O mercado consumidor também era muito peculiar. Além de pouca demanda, a
mesma era fragmentada, com muitos modelos de acordo com as características do
consumidor. Com essa característica, o então presidente da Toyota, junto com Ohno,
...