MEMORIAL DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
Por: Jessica Rebouças • 7/7/2018 • Trabalho acadêmico • 4.346 Palavras (18 Páginas) • 219 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
MEMORIAL DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
FORTALEZA 2018
JESSICA REBOUÇAS SANTOS
MEMORIAL DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
Memorial apresentado à disciplina de
Introdução à Sociologia do Curso de Geografia da
Universidade Federal do Ceará, para obtenção de nota parcial.
Prof.ª Dra. Kelma Lima Cardoso Leite.
FORTALEZA 2018
ÍNDICE
- Introdução…………………………………………………………………………3
- Marx………………………………………………………………………………..5
- Weber……………………………………………………………………………...7
- Durkheim ………………………………………………………………………….8
- Documentários…………………………………………………………………...10
- Bibliografia ……………………………………………………………………….16
- Introdução
Esse memorial funcionou como um exercício de reconstrução do conhecimento adquirido durante o semestre na disciplina de Introdução à Sociologia, ministrada pela professora doutora Kelma Lima Cardoso Leite, esse esforço de sistematizar o conhecimento da disciplina foi parte fundamental no processo de identificar e diferenciar os saberes que foram construídos durante o período letivo.
Para ter uma maior organização metodológica fragmentei o trabalho em autores e documentários, mas é importante ressaltar, que essa divisão é meramente estrutural já que os documentários e os autores se complementam e fazem conexões. A pluralidade de recursos metodológicos que a professora Kelma utilizou para ministrar suas aulas me fez ter a compreensão de que a sociologia precisa ser crítica viva e atuante.
A sociologia como ciência surge para entender as contradições que surgiam durante o século XVI, com as mudanças no modo de produção na Europa e o avanço da industrialização. A partir desse contexto pode-se perceber que as mudanças civilizatórias e sociais causada pelo capitalismo representam um fenômeno variado que tem intensidade, velocidade e profundidade diferentes nos países europeus e no mundo como todo. Houve uma mudança profunda entre o mundo feudal e consolidação desse novo mundo capitalista, a vida material das pessoas foram alteradas, bem como as suas crenças. Transformando os princípios morais, religiosos, jurídicos e filosóficos nessa transição.
Esse fenômeno causou uma explosão demográfica nas grandes cidades e o êxodo rural de milhares de família, que foram expulsas do seu habitat ancestral por conta da capitalização e modernização na agricultura, essa massa de camponeses foi desterrada,e tiveram que ir para a cidade em busca de trabalho. Esse crescimento acelerado causou uma explosão de mendigos, desocupados, ladrões, piratas de rios e cais e traficantes, sendo o ambiente urbano marcado por, pobreza, alcoolismo, nascimento ilegítimo e violência. Outro fato marcante desse período era que as condições mínimas de higiene eram totalmente desconhecidas, sem rede de esgotos e com o total descaso das condições sanitárias houve na Europa uma proliferação de doenças que quase dizimou boa parte da população, principalmente aqueles e aquelas que eram mais carentes.
Associado a isso, era notório como os trabalhadores eram submetidos a péssimas condições de trabalho, hoje chega a ser inimaginável, que no início desse novo modo de produção os turnos dos trabalhadores chegavam de doze a dezesseis horas, e com a invenção da iluminação a gás, a exploração aumentou para turnos de dezoito horas, ou seja, o trabalhador tinha direito apenas de seis horas diárias de descanso. Quer dizer os únicos direitos assegurados para esses trabalhadores era o de comer e dormir. Ninguém estava isento dessa contradição no mundo do trabalho crianças e mulheres também estavam jogados nesse modelo desumano de longos turnos de trabalho. Apenas em 1833 que a inglaterra, exclusivamente em suas fábricas têxteis, reduziu a jornada de trabalho, de crianças de nove a treze anos, para nove horas e adolescentes, de treze a dezesseis anos, para doze horas.
As crianças nesse período eram vista como adultas em miniaturas, e a taxa de infanticídios e abandono de crianças era assustadora, era normal história como o de João e Maria, o infanticídio era secretamente praticado e moralmente admitidos.
O esforço para entender as causas e os desenvolvimentos das novas relações sociais cristaliza-se na sociologia, e além do impacto das mudanças provocadas pela revolução industrial, atribui-se à Revolução Francesa um extraordinário impulso para que o modo sociológico de investigação e interpretação da realidade social se tornasse possível.
- Marx
O Marx usa e interpreta a realidade capitalista a partir de uma análise dialética e materialista, que não são conceitos novos, ele se inspirou na filosofia idealista de Hegel para avaliar as contradições da sociedade do capital. A filosofia idealista de hegel é o primeiro grande debate de todo marxista. Para Hegel “Tudo o que é real é racional” A realidade histórica desenvolve-se enquanto manifestação da razão, num processo incessante de auto-superação desencadeado pelo conflito e pela contradição que lhe são inerentes, essa é dialética hegeliana, que entende que o homem só será inteiramente livre quando recuperar sua autoconsciência e entender a história dos povos num processo que tem como objetivo recuperar a razão.
Marx e Engels acumulam a partir dessa compreensão hegeliana para posteriormente negá-la, já que eles trabalham com uma perspectiva histórica de dialética e materialismo. Eles negam inclusive o materialismo dos neo-hegelianos que acreditam que a principal contradição seja posta pela religião, Marx e Engels consideram tal crítica religiosa uma simples “luta contra freses”.
Eles consideram que todo fenômeno social ou cultural é efêmero e transitório exatamente por isso a história da humanidade é história da luta de classes e o capitalismo portanto não é natural e muito menos impossível de ser vencido.
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