Mais-valia: Trabalho ou escravidão?
Por: Bruna Lima • 14/5/2018 • Resenha • 372 Palavras (2 Páginas) • 292 Visualizações
Mais-valia: trabalho ou escravidão?
Entende-se por mais-valia o ato de exploração do capitalista, para com seu trabalhador, e assim fazendo com que o mesmo não seja pago por suas “horas extras”, ou também pode ser explicado como um excesso de lucro em relação as despesas que o patrão terá com seu produto. Esse conceito está fortemente presente nos quadrinhos, onde o empregado em questão deverá trabalhar o dobro do tempo, assim, todos os lucros dos seus próximos dias de trabalho estarão voltados aos “bolsos” de seu chefe, e ele não ganhará nada a mais por isso e, havendo um descomedimento perante subordinado, que trabalhará a mais para os lucros pessoais da empresa.
Com serviços em demasia e a desvalorização presente de forma a não compensação perante o trabalhado exercido pelo empregado, acaba tornando seu serviço, que a princípio deveria ser uma ferramenta de realização para o homem, desumanizado, levando-o a condições iguais as da escravidão, pois leva sua vida a ser equiparada somente pela posse e acúmulo de bens. Assim, o homem torna-se apenas um objeto para produtividade, que está sempre em busca de um maior valor em capital, mas ele nem se quer tem acesso ao produto que o próprio produz. O trabalho se tornou essencial, como se dele dependesse a dignidade do mesmo.
Diante disto, o trabalhador, ganhando um salário que não condiz com sua força de trabalho e usufruindo do pouco tempo livre para descanso que é oferecido, propende a adquirir diversos problemas físicos e, principalmente, psicológicos. O empregado se encontra desmotivado, com olhos voltados apenas ao trabalho para a subsistência de si e de seu lar, constantemente estressado, tendendo a não sentir mais prazer para atividades extratrabalho e socialização com os demais.
Perante esses argumentos e o conteúdo que fora consultado, concluo que cada vez mais o trabalhador está se submetendo a qualquer tipo de trabalho, sem as mínimas condições básicas para um ser humano, onde o mesmo possa suprir suas necessidades básicas e supérfluas, não levando em consideração sua exploração, que acarretará em futuros problemas físicos, psicológicos e sociais. “Todos vós, que amais o trabalho desenfreado (...), o vosso labor é maldição e desejo de esquecerdes quem sois.” (Nietzsche, 2007)
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