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Maquiavel

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Por:   •  10/11/2013  •  Tese  •  1.195 Palavras (5 Páginas)  •  242 Visualizações

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Introdução

Nicolau Maquiavel, um florentino apaixonado por seu trabalho, após ser demitido e exilado, resolve escrever a sua mais celebre obra: O Príncipe, na tentativa de reconquistar seu cargo na 2ª Chancelaria, sem saber que esta obra teria tão grande prestígio após sua morte. Fundador da Ciência Política, ele alavancou a criação do Estado Moderno que passaria a mudar a política da Itália que nesse período se encontrava em crise e a pequena Florença que era dominada pelos Medici.

DESENVOLVIMENTO

Maquiavel foi o fundador da Ciência Política, rompendo com o pensamento de Platão, Aristóteles e Tomás de Aquino. Através de Maquiavel a política passa a ter contornos de uma ciência autônoma, separada da moral e da religião medieval. A condição em que a Itália se encontrava nesse período era propícia a crise política, pois, as ameaças e a ausência de unidade nacional influência diretamente em O Príncipe, nesta obra Maquiavel deixa transparecer sua amargura diante da condição humana.

Maquiavel era um funcionário publico da 2ª Chancelaria. Tornou-se um conhecedor profundo dos mecanismos políticos e viajou para vários países onde participou de 23 embaixadas e cortes italianas e européias, conhecendo vários dirigentes políticos como: Luis XII de França, o Papa Júlio II, o Imperador Maximiliano I e César Borgia. Com o retorno dos Medici como governantes ele passa a trabalhar incansavelmente para obter reconhecimento, mas por ter tido função de prestígio no governo de Savanarola é visto com desconfiança pelos Medici e é demitido e depois exilado, onde tenta ardorosamente ser reconhecido pelos Mecidi, sendo neste período de exílio onde escreveu sua obra mais importante: O Príncipe, onde a intenção da sua obra foi encontrar um processo que unificasse a Itália e fundasse o Estado duradouro. Maquiavel não se ocupa da moral ao descrever o processo real da criação da formação do Estado moderno. Para Maquiavel o Estado não tem como função assegurar a felicidade e a virtude, não é mais a preparação dos homens para o reino de Deus, o Estado passa a ter sua própria dinâmica, faz política, segue sua técnica e faz suas leis.

Alguns trechos de O Príncipe têm um grande significado para a fundação da ciência política contemporânea e da teoria da formação do Estado moderno; não existem estados ideais como Platão elaborou em sua “Republica”; na política deve se observar os fatos como eles são e elaborar o que se pode e é necessário fazer, não aquilo que seria certo fazer. Portanto, é necessário conhecer o homem, a sua natureza e agir na realidade efetiva; a política é, portanto, a arte do possível, a arte da realidade que se pode ser efetiva, que atua a partir das coisas como são não como deveriam ser. Por outro lado, o centro desta elaboração encontra sua genialidade na separação entre política e moral, distinguindo-se da elaboração aristotélica, pois é a moral que cuida do dever de ser (CHAUÍ, 1995).

Maquiavel nos apresenta um novo horizonte para se pensar e fazer política, rompendo com o tradicionalismo piedoso. A resistência a esta compreensão é o que dá origem ao termo “maquiavelismo”. O preconceito sobre Maquiavel e sua obra foi fundado com resistência às suas concepções e ao longo do tempo essa resistência acabou encobrindo a riqueza das descobertas para a ciência do Estado e da Política.

“Se ensinei aos príncipes de que modo se estabelece a tirania,

ao mesmo tempo mostrarei ao povo os meios para dela se defender.

É necessário ser príncipe para conhecer perfeitamente a natureza

do povo, e pertencer ao povo para conhecer a natureza dos príncipes”.

(Nicolau Maquiavel)

Em sua principal obra: O Príncipe, Maquiavel tenta reconquistar seu antigo cargo e o escreve para Lourenço de Medici. Com um grande conhecimento de Principados após 15 anos que ele exerceu seu cargo de Chanceler, Maquiavel ao escrever sua obra, define como deve ser um príncipe, como deve tratar seu povo, como deverá preferir que seja tratado e as diferenças entre Príncipe Hereditário, Príncipe Eclesiástico e Príncipe Novo. Maquiavel propôs investigar qual a essência dos principados, de quantas espécies podem ser como são conquistados, conservados e porque perdem. Os Estados podem ser republicanos ou herdados pelo sangue ou adquiridos recentemente.

Os principados opõem-se a republica; possuem desejos ambiciosos, recorrem à ajuda de pessoas influentes para se manterem no poder. Os Príncipes Hereditários tem mais facilidade de governo, pois, eles não ultrapassam os costumes dos antepassados, correndo menos riscos de perder o poder, “pois basta

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