Marx E O Trabalho Escravo

MARX E A TEORIA DA EXPLORAÇÃO

A teoria da exploração fundamenta que os lucros são uma representação injusta, pois deveriam por direito pertencer ao trabalhador. De acordo com Marx, os capitalistas obtêm uma renda maior do que os salários pagos da mesma forma que um dono de escravo possui ganhos em detrimento do trabalho escravo.

Na ótica de Marx o trabalhador produz além do que o necessário para sua subsistência, logo o que ele produz a mais do que lhe é preciso é “propriedade” do empresário, o que reafirma que os lucros são uma derivação injusta, como foi supracitado. O capitalista paga ao trabalhador uma remuneração de acordo com suas necessidades, no entanto este trabalha a mais do que o necessário. O lucro então é o que sobre depois de deduzir o salário do trabalhador e corresponde ao tempo de trabalho excedente.

Desta forma uma combinação entre a ganância dos capitalistas e as forças que tendem a reduzir o lucro em relação ao capital investido, faz com que haja aumentos na taxa de exploração. Por exemplo, se os trabalhadores conseguem trabalhar 18 horas por dia utilizando as necessidades produzidas em apenas 6 horas, então a jornada de trabalho aumentará para 18 horas. Se os salários pagos para seus empregados homens permita que eles sustentem sua família, então os patrões irão reduzir os salários para forçar mulheres e crianças a irem trabalhar nas fábricas, dando assim aos capitalistas a vantagem de ter mais 'tempo de trabalho excedente' e mais mais-valia.

Além disso, há um barateamento na dieta dos trabalhadores, substituindo alimentos mais caros por outros mais baratos e de menor qualidade, reduzindo assim o tempo que eles têm que trabalhar para “pagar” sua subsistência, pois esta está mais barata, e aumentando a parte de trabalho excedente que compõe o lucro.

Com a breve exposição anterior da teoria da exploração de Marx, é possível perceber que a situação ilustrada por ele é muito semelhante à da escravidão atual, em que os donos da produção diminuem os custos trabalhistas e pagam um salário ínfimo para os trabalhadores, isto é, quando pagam, configurando assim uma realidade de trabalho escravo em pleno século XXI.