Marx e a Ideologia Alemã
Por: geraldaalves • 4/5/2017 • Resenha • 921 Palavras (4 Páginas) • 681 Visualizações
Universidade Federal Fluminense
Instituto de Ciências e Desenvolvimento Regional
Graduação em Serviço Social
Teoria Social I
Professora: Raquel Sant’Ana
FEUERBACH – A OPOSIÇÃO ENTRE A CONCEPÇÃO IDEALISTA E A MATERIALISTA E TESES SOBRE FEUERBACH
(A Ideologia Alemã)
Karl Marx
Friedrich Engels
Alunos:
Flávia Vieira
Jéssyca Mota
Laura Santos
Letícia Oliveira
Lucas Aredes
Roberta Gonçalves
Vanessa Fernandes
Campos dos Goytacazes,
2016
Apresente a ontologia marxiana desenvolvida na ideologia alemã enfatizando a dimensão do trabalho.
A ontologia é o estudo do ser; ela busca entender a natureza, a existência e a realidade de cada indivíduo, investigando e analisando sua definição e as suas particularidades. Marx, portanto, focaliza esse estudo através do trabalho, pois esse é o meio onde o homem constantemente se constrói e desconstrói. Para ele, a essência humana vem a partir do trabalho, já que, é da atividade exercida pelo homem que se desenvolve a consciência. Portanto, para que a consciência humana seja explorada, torna-se necessário investigar o trabalho realizado por cada ser.
Durante toda a vida, as pessoas adquirem novas experiências e experimentam milhares de coisas. Elas se relacionam com as mudanças, as histórias e com as contradições do mundo todos os dias > materialismo histórico e dialético. Uma vez que, o pensamento está em constante transformação no espaço inserido, ele, consequentemente, torna-se contraditório.
Marx é influenciado por dois pensadores: Hegel e Feuerbach. Hegel era um idealista, que acreditava que o agente da mudança no mundo é o filósofo. De acordo com o seu pensamento, o filósofo possui ideiam que transformam o mundo. Além disso, ele acreditava que história se dava pelas mudanças das ideias. Por ser um idealista, acreditava que os fenômenos se davam pela observação.
Para Feuerbach, que era um materialista, o mundo existe independente da observação. Ele enxergava o mundo como materialidade, e os seres humanos, respectivamente, como parte desse mundo.
Devido à influência dos dois pensadores, Marx faz uma síntese entre Hegel e Feuerbach, pois suas ideologias tentam explicar a essência humana. Porém, no livro “A Ideologia Alemã”, Marx abre uma discussão ontológica. Ele contesta o idealismo de Hegel e o materialismo do Feuerbach, pois mesmo sendo influenciado pelos pensadores, o autor não concordava, por exemplo, que as mudanças do mundo estavam nas ideias, como Hegel acreditava.
Marx acreditava que a mudança estava no materialismo das pessoas. Para ele, antes das ideias precisa existir matéria. Primeiro há uma realidade histórica, algo material, para depois ter ideia. Portanto, se as ideias nascem de uma vida material, elas não são autônomas e não estiveram separadas da prática. No entanto, concordava assim como Hegel, que o mundo muda em relações de causa e consequência. Retomando o pensamento materialista de Feuerbach, o mesmo não considerava a atividade humana como atividade objetiva. “É por isso que em A Essência do Cristianismo ele considera como autenticamente humana apenas a atividade teórica”. (MARX, ENGELS, p. 99). Não compreendendo a importância da atividade prática-crítica.
Para ele, nenhuma prática pode existir sem teorização, porém a teoria deve voltar-se para a prática. Por isso, “a questão de atribuir ao pensamento humano uma verdade objetiva não é uma questão teórica, mas sim uma questão prática. É na práxis que o homem precisa provar a verdade, ou seja, a realidade é a força do seu pensamento”. (MARX, ENGELS, p. 100).
Porém, o foco da discussão é demonstrar que o trabalho é o centro do homem. Por isso, a ontologia centra-se no trabalho. Para Marx, o trabalho é a capacidade autocriadora humana que acontece quando o homem se relaciona com a natureza e com outros seres humanos criando algo. Diante disso, Marx chegou a conclusão de que a essência do homem é a essência histórica, o homem vai se construindo pelo trabalho, por isso a ontologia parte dessa atividade.
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