Modelos

1) No modelo de fatores específicos como se determina o padrão de comércio (isto é, como se determina aquilo que cada país exportará ou, em outras palavras, detém vantagem comparativa)?

O modelo de fatores específicos permite ao comércio afetar a distribuição de rendimento. Ele considera que lidamos com uma economia capaz de produzir dois bens, manufaturas e alimentos. Há três fatores de produção: Trabalho (L), Capital (K) e Terra (S). As manufaturas são produzidas pelo uso do capital e do trabalho (mas não da terra). O alimento é produzido pelo uso da terra e do trabalho (mas não do capital). O Trabalho é, portanto, um fator móvel que pode ser usado nos dois setores. A terra e o capital são FATORES ESPECÍFICOS que só podem ser usados na produção de um Bem.

O modelo representa uma situação de curto-prazo, em que pelo menos alguns fatores de produção são específicos à produção de determinadas mercadorias. O modelo foi criado por Jones (1971) e Samuelson (1971).

O modelo de fatores específicos para N setores: Baseia-se em dois setores produtivos. Cada setor utiliza dois fatores de produção: a mão-de-obra (L), que é móvel entre os setores, e o capital (K), que é específico à produção de cada mercadoria j. Existem ao todo N+1 fatores de produção. O mercados de produtos e de fatores operam sob concorrência perfeita. A partir das equações de equilíbrio e do problema de minimização de custos da firma.

2. O movimento trabalhista dos EUA, que representa principalmente profissionais que executam serviços pesados, que não requerem um alto nível de instrução, têm tradicionalmente exigido limites às importações vindas de países menos ricos. Do ponto de vista dos interesses dos membros dos sindicatos, essa política é míope ou racional? Como a resposta depende do modelo de comércio? (Obs.: a resposta deverá abarcar o modelo ricardiano, o modelo de dotação relativa dos fatores e o modelo dos fatores específicos).

Levando em consideração a ótica do modelo ricardiano que nos explicam que as diferenças entre os países acarretam as trocas e ganhos no comércio internacional, pois nesse modelo, o trabalho é o único fator de produção e os países diferem apenas na produtividade do trabalho nas diferentes indústrias, essa política é míope, pois, na análise econômica e como um todo sai ganhando com o livre comércio, devido à produção ser determinada pelo único fator: o trabalho, assim sua remuneração aumenta.

Na ótica do modelo de Heckscher-Ohlin, levam-se em consideração dois fatores de produção no qual o comércio internacional promove ganhos para economia como um todo, mas nem todos se beneficiam nessa economia, como há vários fatores de produção que se diferenciam e direcionam os padrões de comércio, e que a abordagem afeta a distribuição de renda: os proprietários que têm fatores de abundância no produto ganham e os que possuem fator de escassez ficam com a perda no comércio. Se a mão de obra for considerada como fator escasso nos EUA, a política que o sindicato adotará é racional.

Já levando em consideração que o modelo de padrão específico é um avanço a partir do H-O, podemos notar que a política tomada será racional, pois sua diferenciação se dá