Modelos Pedagógicos
Trabalho Universitário: Modelos Pedagógicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: PedroHEJ • 14/9/2014 • 617 Palavras (3 Páginas) • 314 Visualizações
Modelos Pedagógicos e modelos epistemológicos.
Modelo pedagógico aborda o referencial teórico metodológico que norteia os princípios da prática pedagógica em sala de aula e se fundamenta nos modelos epistemológicos.
O modelo da Pedagogia Diretiva tem como pressuposto epistemológico o “empirismo”. O modelo da Pedagogia Não Diretiva se fundamenta na teoria epistemológica “apriorista”, e por fim temos o modelo da Pedagogia Relacional, cujo embasamento teórico é o “construtivismo”.
Todos esses modelos pedagógicos estão presentes na prática do professor em sala de aula, e a depender do tipo de modelo a que esse venha utilizar estará contribuindo para formação de um sujeito subserviente ou crítico, na atual sociedade que está inserido.
O professor que segue a pedagogia diretiva é aquele que decide o que fazer e o aluno, apenas executa suas ordens, ou seja, o professor ensina e o aluno aprende. O professor age assim, “porque ele acredita no mito da transmissão do conhecimento enquanto forma ou estrutura; não só enquanto conteúdo”. Becker (19920).
Acredita na epistemologia empirista, a que afirma que o indivíduo ao nascer nada tem em termos de conhecimento: é uma folha de papel em branco; é tábula rasa. Seu conhecimento(conteúdo) e a sua capacidade de conhecer(estrutura) vem do meio físico e/ ou social. O que o aluno já sabe não é levado em consideração. O resultado dessa pedagogia é a reprodução da ideologia da classe dominante, reprodução do autoritarismo, da subserviência, do silêncio.
A pedagogia não diretiva é a mais difícil de ser realizada, no ponto de vista da viabilidade, da prática de sala de aula, nela o professor atua como mero auxiliar deve interferir o mínimo na aprendizagem, o aluno já traz um saber, apenas, necessita tomar consciência e organizar esse saber. O professor acredita que o aluno aprende por si mesmo. Como diz um professor (Becker, 1992): “Ninguém pode transmitir. É o aluno que aprende”. Essa pedagogia é legitimada pela teoria epistemológica apriorista, ela afirma que o ser humano nasce com o conhecimento já programado na sua herança genética. Dessa maneira o professor de forma inconsciente renuncia a sua intervenção no processo de aprendizagem do aluno. Assim como, essa teoria considera o ser dotado de um “saber de nascença”, também dependendo da situação, um ser desprovido dessa capacidade, “deficitário”, cuja causa é de etiologia hereditária, onde se detecta maior incidência das dificuldades ou retardos de aprendizagem. Corroborando a teoria da carência cultural, em que a marginalização econômico-social e “déficit” cognitivo são sinônimos. Essa criança produzirá com alta probabilidade menos conhecimento que uma criança de classe média alta. O resultado levará ao fracasso escolar, pois o professor é despojado de sua função e o aluno afetado a um status que ele não tem e sua dificuldade de aprendizagem como “déficit” cognitivo.
Já o modelo pedagógico relacional, o professor acredita que o aluno aprende se ele construir seu próprio conhecimento, agindo e problematizando sua ação, ou seja, o aluno age (assimilação) sobre o material que o professor presume que tenha um significado para ele, e que esse responda para si mesmo as perturbações (acomodação) provocadas pela assimilação desse material.
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