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Movimentos Socias

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Por:   •  4/11/2014  •  2.605 Palavras (11 Páginas)  •  319 Visualizações

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Movimentos Sociais

REDES DE MOBILIZAÇÃO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Introdução:

Será importante para entendermos o cenário político e histórico no qual os movimentos sociais se encontram implantado, além disso, sua permanência e mudanças em benéfico de uma sociedade, viabilizando forças coletivas em busca de solucionar conflitos em resposta de cada questão social, deste modo, a leitura da primeira parte do livro de Maria da Glória Gohn, possibilitará a compreensão e elaboração dos passos a seguir.

Na etapa II, esta atividade irá proporcionar através das pesquisas, leituras e discussões em grupo a criação de um texto o qual possibilitará novos conhecimentos sobre a igualdade dos direitos sociais, onde iremos relacionar a construção da democracia e o papel dos mediadores nos novos movimentos sociais.

Igualmente na etapa III, ao desenvolvermos as atividades propostas realizaremos um breve mapeamento dos principais atores sociais responsáveis pelas ações coletivas, indicando as diferenças entre movimentos sociais e ações ou redes de mobilização civis.

A Conjuntura e as Categorias que se destacam

Destaca-se no livro texto, alguns pontos fundamentais, mapeando e analisando as principais formas de associativismo civil no Brasil, expressas em movimentos sociais, redes de mobilização, associações civis e fóruns.

“O contexto atual dos principais movimentos sociais da América Latina é um dos principais debates para discutir suas formas, demandas, identidade que constroem, redes que as estruturam, manifestações culturais e políticas sociais a que se articulam”. (p15) Na América latina, especialmente no Brasil os atuais movimentos que ocorreram na fase do regime político populista, são diferentes dos movimentos ocorridos do final da década de 1970 e parte dos anos 1980(movimentos populares reivindicatórios de melhorias urbanas articulados com pastorais, grupos políticos de oposição ao regime militar etc.), embora muitos dos atuais movimentos sejam herdeiros daqueles dos anos 1980, onde naquela década, dos movimentos, lutavam para ter “ direito a ter direitos.

“Os movimentos sociais citam suas características básicas como: possuem uma identidade, têm um opositor e articulam ou se fundamentam num projeto de vida e de sociedade (TOURAINE, 1973).”(p16)

Na contemporaneidade, muitos deles apresentam um ideário civilizatório que coloca como horizonte a construção de uma sociedade democrática, suas ações são pela sustentabilidade e não apenas autodesenvolvimento, os movimentos sociais, sempre tem um caráter educativo e de aprendizagem para seus protagonistas.

Na atualidade, o elemento novo é a forma e o caráter que estas lutas têm assumido não apenas de resistência, mas de luta por direitos: reconhecimento de suas culturas e da própria existência, redistribuição de terras em territórios de seus ancestrais, escolarização na própria língua, destacando a educação básica das escolas , devido ao potencial dos processos educativos e pedagógicos para o desenvolvimento de forma de sociabilidade e constituição e ampliação de uma cultura política, onde passou a ser uma área estratégica também para os movimentos populares, a exemplo do MST.

Ressaltada nos estudos uma grande mudança sobre políticas de parceria do Estado com a sociedade civil organizada, está na direção do foco central da análise: do agente para a demanda a ser atendida. Mesmo distinguindo-se as carências, mas buscando superá-las de forma holística, com olhares multifocais que contemplam raça, ,gênero ,idade etc. passam a ser privilegiados.

A influencia do Estado por meio da ação de seus governos, se faz mediante uma retórica que retira dos movimentos a ação propriamente dita, onde essa ação se transforma em execução de tarefas programadas, que serão monitoradas e avaliadas para que possam continuar existir.

O novo panorama das políticas públicas cria um deslocamento na questão da desigualdade econômica ,com destaque na renda, passa a ser efetivamente social, com evidencia nas características sociais e culturais dos grupos sociais.

O tratamento das desigualdades deve ter como horizonte a igualdade, mas isto é muito difícil numa sociedade tão desigual como a brasileira. Desarticula-se o foco para outro tema: o das diferenças e que não é o mesmo que desigualdade. A diferença reflete a diversidade da espécie e de suas formas de organização política e de expressão cultural.

Muitos movimentos sociais que são ações coletivas, de fato tiveram que alterar suas práticas e reivindicações para não ficar á margem da história, atuando segundo certas condicionalidades pautadas pela nova institucionalidade, criada pelas políticas públicas que em casos raros, partiram para ações de resistência via desobediência civil.

Compete registrar também que as problemáticas que dão suporte às demandas dos movimentos não limitam apenas ao tema trabalho, condições de moradia e habitabilidade na cidade e no campo; ou justiça, reconhecimento e reparação de identidades socioculturais.

Os novos militantes são mobilizados para participarem de ações sociais, estruturadas por agentes do chamado Terceiro setor, ou por agências governamentais, via políticas públicas indutoras da organização popular, como nos conselhos gestores; ou mobilizados pelos fóruns temáticos nacionais, regionais ou racionais onde a presença de antigos e novos movimentos sociais é corrente.

Existe solidariedade nas duas ações sociais, de forma diferente: nos movimentos é orgânico-criada por meio da experiência compartilhada de pertencer e vivenciar alguma situação de exclusão. Nas organizações cívicas ela é estratégica instrumental, criada para atingir metas que resolvam problemas sócios de grupos também excluídos economicamente ou culturalmente, a partir de interesse destes grupos, mas que foram desenhados por projeto de agentes externos.

As novas alterações na sociedade civil, as novas políticas sociais, do estado, priorizaram o processo de inclusão social de setores conhecido como vulneráveis e excluído das condições socioeconômicas ou direito cultural.

O direito cultural é uma luta que vem sendo mais de negros e índios em movimentos sociais e ações coletivas contra a diferenciação e discriminação socioeconômica em parcerias com as ONGs que tem como papel de mediadoras na busca por coesão e de controle social.

Em resumo: ações coletivas geradas por movimentos sociais do tipo MST, Via Campesina ou movimentos indígenas, o movimento negro ou afro descentes têm outro significado

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