Médico Ou Administrador

MÉDICO OU ADMINISTRADOR? A QUALIFICAÇÃO ADEQUADA DE UM GESTOR HOSPITALAR

Rosemeire Neri Correia1

Josane Alves Caixêta Ferreira2

RESUMO

A profissionalização do gestor está ligada a dispositivos técnicos adequados aos fins da organização, operando tanto com o ambiente e os recursos, quanto com a gestão de resultados. Tais dispositivos devem ser operados por profissionais formados e aptos, de modo que gerir traga os melhores resultados. Alguns destes são os próprios proprietários ou sócios de clínicas, hospitais e consultórios, não havendo o suporte de uma equipe que inclua um técnico em administração. Nesse artigo, pretende-se discutir a necessidade de recursos humanos qualificados em administração hospitalar, tanto para gerir um hospital (que também é uma empresa), quanto para atuar na área assistencial. É prática comum dos hospitais manterem como administrador um profissional que, na verdade, é da área da saúde, tal qual um médico. Este profissional, na maioria das vezes, não tem formação adequada na área administrativa, e sim humanas biológicas. Para discutir a necessidade de uma qualificação adequada na área de gestão hospitalar, será feita uma revisão bibliográfica baseada em diversos autores da área administrativa e de gerenciamento hospitalar, buscando embasamento teórico para a necessidade de um novo enfoque para a administração hospitalar.

Palavras Chaves: Gestão Hospitalar, Recursos Humanos, Qualificação.

ABSTRACT

1Graduada em Ciências Contábeis, tutora presencial na Universidade Anhanguera, aluna do curso de Gestão em Saúde da UnUEAD/UEG, e-mail: [e-mail].

2Graduada em Enfermagem, Especialista em Saúde Pública e Saúde da Família, orientadora do trabalho de conclusão do curso de Gestão Pública Municipal UnUEAD/UEG, e-mail: [e-mail]

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The manager professionalization is connected to technical devices suitable for the organization’s objectives, operating with the environment and the resources, as much as the management of the results. Such devices should be operated by graduated and apt professionals, so that the management can bring better results. Some of them are the owners of clinical offices, hospitals, and they don’t have a team that has any kind of management technician. In this article, it is intends to discuss the need of qualified human resources in hospital management, as to manage a hospital (which is also a business), as to work in the care area. It is a common practice for hospitals to keep as a manager a professional that, in fact, belongs to the health area, such as a doctor. A professional that, most of the times, does not have the suitable degree in the management area, but does have it in the biological area. To discuss the need of an appropriate hospital management, a bibliographic review will be made, based on several authors in the management area. The organizational management must be executed by qualified work force, to give the institution the best possible outcomes.The hospital manager position suffers from qualified management needs, because many of those hospital managers end up capacitating themselves through their labor during the time that they work as managers, with no management basis.

Key Words: Management, Hospital, Human Resources, Qualification.

INTRODUÇÃO

No Brasil, o primeiro curso de administração hospitalar foi criado em 1952. O presidente Médici, foi quem assinou a autorização para o funcionamento da primeira faculdade de administração com habilitação específica para a administração hospitalar.

Segundo Masiero (2007), com a crise econômica em meados da década de 80 é que começou a preocupação com a gestão hospitalar, e a se pensar como empresa, até então os hospitais somente se preocupavam com o atendimento na área da saúde.

Sendo assim, o principal objetivo desse trabalho é verificar o que é preciso para se tornar gestor de uma instituição hospitalar, determinando os principais fatores de liderança dentro de uma organização, lançando um olhar para o questionamento sobre qual seria a forma ideal para ser um bom gestor e quais seriam suas principais atribuições.

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Algumas instituições acabam por ter como gestores, médicos agregando às suas funções as responsabilidades administrativas ou até mesmo deixando de exercer suas profissões com exclusividade para se dedicarem à gestão hospitalar (MASIERO, 2007).

Uma empresa bem administrada desenvolve estratégias, é proativa e tem o hábito de se renovar e se atualizar. Hoje o recurso mais importante para qualquer empresa se destacar no mercado competitivo é o recurso humano. Formação e preparo regular trazem conhecimentos, mas para se ter competência, apenas conhecimento não é suficiente. O gestor não deve apenas utilizar o recurso humano, mas todos os recursos a que tem acesso de forma mais eficiente possível (MASIERO, 2007).

Os objetivos na área administrativa são alcançados através de planejamento organizacional, direção controle de recursos, afim de que os objetivos sejam alcançados. “A tarefa básica da Administração é a de efetivar tarefas por meio de pessoas, de forma eficaz e eficiente”, afirma Chiavenato (2000, p. 18).

Assim, é possível perceber que administração é o ato de trabalhar com e por intervenção de outras pessoas para atingir os objetivos de determinada organização, e de seus membros. Enquanto que planejar é estabelecer objetivos e ação para se alcançar estes objetivos, para realizar atividades em que a organização deverá se engajar, escolher estratégias corporativas e a os recursos necessários para atingir as metas que se estabeleceu (CHIAVENATO, 2000).

O ato de se organizar é reunir e coordenar os recursos humanos, financeiros, físicos, de informação e outros necessários ao alcance dos objetivos que caracterizam essa função. Estas atividades incluem atrair pessoas para organização, e definir quais as responsabilidades destas pessoas.

Masiero (2007) define que ato de controlar é monitorar progressos e praticar planos, assegurando-se de que os objetivos sejam atingidos. Atividades particulares de controle estão voltadas ao estabelecimento de padrões que indiquem o rumo de objetivos de curto, médio e longos prazos.

Assim, é possível perceber que existem várias formas de se gerir, e nem sempre as definições dos atos são as mesmas, além disso, ao se analisar a afirmação dos autores, pode-se perceber