O Brasil no mundo - Uma nova Roma
Por: Ana Pagotto • 10/6/2017 • Resenha • 931 Palavras (4 Páginas) • 271 Visualizações
O Brasil no Mundo de Darcy Ribeiro
Uma Nova Roma
No Texto O Brasil no Mundo, Ribeiro evidencia o fato de que a colonização Europeia nas Américas se diferencia em demais territórios colonizados pelos mesmos, como no Oriente e África. No Oriente pelas populações espessas, essas conseguiram conservar “sua própria cara”. E a África os europeus a usaram até quando o continente os poderiam satisfazer com energia manual, quando isso se torna obsoleto a África ainda havia mantido sua tribalidade.
Ribeiro defende que “foram todos radicalmente transfigurados”, os povos que aqui estavam e até mesmo os que posteriormente aqui se instalaram, se desfizeram étnica e culturalmente e, com isso, criou-se um novo povo, “uma criatura a mais da civilização ocidental condenada a expressar-se dentro dos seus quadros culturais. Uma romanidade tardia tropical e mestiça. Uma nova Roma melhor”.
Apesar de toda romanidade, o autor indica no texto que o povo é novo e marcado por suas matrizes, mas que não tem caminho de retorno a nenhuma delas, uma singularidade que permite a questão positiva de “nos inventarmos a nós mesmos.”. No texto Ribeiro também evidencia que somos prodígios de várias raças, que foram desconstruídas em terras brasileiras pela mestiçagem.
Ribeiro aponta no texto que o Brasil possui condições de se firmar como influenciador, suas características que envolvem o seu espesso tamanho territorial, sua variedade climática, como também sua rica fauna e flora apesar de muito malgasta e pouco fecundada, são fundamentais para isso, e para acrescentar tem-se as pessoas desse Brasil, que são de diferentes etnias e formas culturais, mas uma nação unificada etnicamente e coesa.
A Conjuntura Mundial
Ribeiro caracteriza no texto a posição que o Brasil encontra-se e que posteriormente se encontrará dentro da transformação acelerada do mercado mundial, que será “ uma crescente marginalização [...] que ameaça tornar nossa produção, já obsoleta, também dispensável.”. Assim a nação começa a ser tratada como descartável, sendo exigido somente os recursos da nossa já então pobreza. isso agrava e torna impossível nossa inserção na “civilização emergente”. A formação de mercados continentais que são solidários internamente, torna ridículo discutir livre comércio.
Com essas características Ribeiro aponta que a solução seria um “movimento de integração”, com as demais economias sul-americanas. O autor também identifica que os Estados Unidos da América é o país que historicamente mais tem impedido o processo de inclusão econômica latino-americana e esse núcleo norte-americano também trabalha em uma política de monopolização do saber e da técnica, privatizando conhecimento, esse tipo de sistema segundo Ribeiro concebe um retrocesso da própria civilização.
Enquanto a preservação ambiental da floresta amazônica, Ribeiro evidencia em como o mundo dos ricos atrevem-se de forma agressiva a nos acusar de pleitear a destruição de tal, sendo que os mesmos não se manifestam contrários a poluição do planeta, quando relacionado a economia mundial. O autor destaca nesse contexto que a floresta amazônica sendo um patrimônio natural da humanidade cabe a todos colaborarem de forma coletiva a sua preservação.
Desafios Cruciais
Ribeiro posiciona a população brasileira no período do texto como uma que está sofrendo uma transição e mediante a isso temos de nos tornar capazes de não evoluímos novamente para uma sociedade meramente modernizadas e não integradas na nova civilização.
Esse processo transitório mais uma vez irá selecionar os povos que prosperarão em suas competências que serão poucos, e os demais serão simplesmente atualizados, para servir aos povos avançados, lugar esse que nós ocupamos hoje. Dentro desse contexto Ribeiro posiciona que definir nosso planejamento de desenvolvimento é fundamental, visando um aproveitamento exaustivo de nossas potencialidades e priorizando o social e o nacional.
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