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O CRESCIMENTO DO TRÁFICO DE DROGAS

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Por:   •  29/10/2014  •  4.306 Palavras (18 Páginas)  •  390 Visualizações

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O CRESCIMENTO DO TRÁFICO DE DROGAS

RESUMO

O objetivo deste estudo é avaliar o crescimento e a evolução do tráfico de drogas no Brasil, e por consequência no Estado de Goiás. Apresentando uma avaliação realizada na Unidade Prisional da cidade de Ceres – Goiás, onde foi constatada que 90% dos encarcerados estão condenados por envolvimento com o tráfico de drogas.

Palavras-chave: Drogas, tráfico e crescimento.

ABSTRACT

The objective of this study is to evaluate the growth and evolution of drug trafficking in Brazil, and therefore the State of Goiás Featuring an assessment made Prison Unit City of Ceres - Goiás, where it was found that 90% of those incarcerated are convicted involvement with drug trafficking.

Keywords: Drug trafficking and growth.

INTRODUÇÃO

Este estudo tem por objetivo avaliar o crescimento e a evolução do tráfico de drogas no Brasil, e por consequência no Estado de Goiás. Apresentando uma avaliação realizada na Unidade Prisional da cidade de Ceres – Goiás, onde foi constatada que 90% dos encarcerados estão condenados por envolvimento com o tráfico de drogas. O Brasil apresenta rotas de diferentes tipos de tráficos, mais notadamente, o tráfico de drogas. Segundo relatório publicado pela ONU, realizado pela Junta Internacional de Entorpecentes, o Brasil é considerado a principal rota do tráfico de drogas no mundo.

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Acadêmicas do 4º Período de Direito da UniEvangélica.

DESENVOLVIMENTO

Para Sande Nascimento de Arruda, a desestruturação do sistema prisional traz à baila o descrédito da prevenção e da reabilitação do condenado. Nesse sentido, a sociedade brasileira encontra-se em momento de extrema perplexidade em face do paradoxo que é o atual sistema carcerário brasileiro, pois de um lado temos o acentuado avanço da violência, o clamor pelo recrudescimento de pena e, do outro lado, a superpopulação prisional e as nefastas mazelas carcerárias.

Vários fatores culminaram para que chegássemos a um precário sistema prisional. Entretanto, o abandono, a falta de investimento e o descaso do poder público ao longo dos anos vieram por agravar ainda mais o caos chamado sistema prisional brasileiro. Sendo assim, a prisão que outrora surgiu como um instrumento substitutivo da pena de morte, das torturas públicas e cruéis, atualmente não consegue efetivar o fim correcional da pena, passando a ser apenas uma escola de aperfeiçoamento do crime, além de ter como característica um ambiente degradante e pernicioso, acometido dos mais degenerados vícios, sendo impossível a ressocialização de qualquer ser humano.

O sistema carcerário brasileiro parece ter se tornado uma escola de crimes. Visto que, muitos dos traficantes condenados, dirigem seus comparsas de dentro da própria Unidade Prisional, em que cumpre sua pena. Para muitos, o tráfico de drogas é algo recente, que faz parte da era moderna, que tem origem há poucas décadas, mas a história não é bem assim (ARRUDA, on line).

É o que demonstra uma matéria da jornalista Fátima Souza ao site uol.com.br, onde ela diz que desde os anos 60 o consumo de drogas tem crescido e atingido diferentes grupos sociais. Muitas drogas surgiram há muito tempo e, como não eram proibidas, acabavam sendo usadas por muitas pessoas. Algumas delas foram utilizadas durante anos com fins medicinais, como a cocaína. Já como a maconha começa agora a ser utilizada para esses fins. Na década de 1880, a folha de coca, matéria-prima da cocaína, já era consumida, em forma de chá, por toda a Europa e América do Norte. O chá era conhecido como “melhorador do humor” e sua comercialização era livre. Naquela época, a cocaína passou a ser processada pela indústria farmacêutica para uso como anestésico, estimulante mental e do apetite, afrodisíaco, tratamento da asma e de problemas digestivos. Também foi descoberta sua potência quando injetada e assim o seu uso se popularizou.

No Brasil, há notícias do uso da cocaína por jovens da burguesia desde 1914, mas foi nos anos 70 que ela entrou pra valer no país. Na década de 90, popularizou-se, sendo consumida não só por pessoas das classes média e alta, mas também por pessoas de menor poder aquisitivo, graças à queda no preço por conta da maior oferta do produto no mercado. O LSD é uma substância sintética que adquiriu popularidade na década de 60, quando também chegou a ser indicado por médicos no tratamento de algumas doenças. Já a maconha teve seu cultivo incentivado durante décadas pela indústria que utilizava seus talos para fazer fibras de cordas e têxteis, por causa de sua incrível força e resistência. Também fez, durante séculos, em vários países, parte do arsenal da medicina popular e no final do século XIX foi usada em vários medicamentos produzidos por laboratórios (SOUZA, on line).

Em 1909, aconteceu, em Xangai, a primeira reunião internacional (convocada pelos Estados Unidos) para discutir o uso do ópio e seus derivados. Havia uma preocupação com o excesso do uso da droga no mundo. Em 1911, aconteceu outra reunião em Haia, na Holanda, e mais uma vez foi discutida a necessidade do combate ao uso do ópio e da cocaína que não atendesse a recomendações médicas. Nesse encontro, todos os países, inclusive o Brasil, assinaram um tratado no qual se comprometeram a coibir o uso das duas drogas. Em 1914, nos Estados Unidos, é aprovada uma lei interna que proíbe a comercialização e o livre consumo de cocaína e ópio. Em 1924, em mais uma Conferência Internacional, agora em Genebra, que reuniu 45 países, foi discutida também a necessidade de coibir o uso da maconha. Começaram então as perseguições policiais aos usuários de drogas, especialmente de maconha. A partir de 1930, o combate passa a ser mais enérgico em todo o mundo. Em 2007, os Estados Unidos eram o maior consumidor de cocaína do mundo.

Até o começo do século XX, o Brasil não tinha qualquer controle estatal sobre as drogas que eram toleradas e usadas em prostíbulos frequentados por jovens das classes média e alta, filhos da oligarquia da República Velha. No início da década de 20, depois de ter se comprometido na reunião de Haia (1911) a fortalecer o controle sobre o uso de ópio e cocaína, o Brasil começou efetivamente um controle. Naquele momento, o vício até então limitado aos “rapazes finos” dentro dos prostíbulos passou

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