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DROGAS NA SOCIEDADE

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Por:   •  18/4/2013  •  2.240 Palavras (9 Páginas)  •  861 Visualizações

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ESCOLA ESTADUAL CLEOMENES DO CARMO CHAVES

ENSINO RELIGIOSO

Manaus/AM

2013

ELISON BEZERRA DOS SANTOS

A DROGA É UMA VIAGEM

Trabalho apresentado à disciplina de Ensino Religioso, ministrada pelo professor _____________________, para obtenção de nota do 1º bimestre.

MANAUS

2013

INTRODUÇÃO

As drogas, também chamadas de tóxicos ou narcóticos, são substâncias que atuam no organismo alterando seu funcionamento original. Causam conseqüências físicas (problemas circulatórios, respiratórios e cardíacos), psicológicas (alucinações) e sociais , podendo levar à morte (overdose).

Algumas drogas são fumadas, com a maconha e o crack; outras são injetadas na veia, como a cocaína; ou então cheiradas, como a cola de sapateiro; além das que são ingeridas sob a forma de comprimidos, como o ecstasy, ou sob forma líquida como o álcool.

Neste trabalho serão apresentadas formas de como essas substâncias naturais ou sintéticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro, alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas.

A DROGA É UMA VIAGEM

As passageiras comuns vão aos portões de embarque da boca e das narinas. Mas algumas têm direito a um tratamento vip, embarcando mais rápido, direto na veia.

Uma vez acomodadas no sangue, as drogas iniciam a sua viagem pelo corpo humano. A circulação, propulsionada pela turbina do coração, é um transporte a jato, percorrendo cerca de 100 quilômetros de vasos, com conexões para toda parte. A eventual escala no fígado, porém, pode barrar parte das viajantes. Para essa víscera, com função de um policial de fronteira, as drogas não têm visto de entrada no organismo. Afinal, como qualquer substância tóxica, elas acabam causando muita destruição por onde passam. Mas, enquanto as células hepáticas fiscais prendem e liquidam algumas dessas moléculas criadoras de encrenca, a maioria das turistas baderneiras termina escapando e seguindo em frente — ou melhor, para o alto, em direção ao cérebro. E é ali que causam a maior confusão.

Trata-se, afinal de contas, de um órgão especialíssimo. Da dor de um beliscão à alegria de encontrar um amigo, da imagem de um rosto ao som de uma música, das recordações à imaginação, da fome de comida à sede de conhecimento — a pessoa só sente o que passa pelo cérebro. Para este, por sua vez, emoção, sensação ou razão, tudo é pura eletricidade. Pois suas células, os neurônios, se comunicam através de impulsos nervosos, que nada mais são do que correntes elétricas. Mas para que haja a transmissão de uma mensagem qualquer, é preciso que as células cerebrais secretem as chamadas substâncias neurotransmissoras. "Os neurônios nunca encostam um no outro" descreve o neurologista Esper Cavalheiro, da Escola Paulista de Medicina. "Os neurotransmissores, então, saltam de um neurônio para o outro, passando o impulso elétrico para frente." A produção dessas substâncias, porém, tem de acontecer na dose exata — se faltam neurotransmissores, a mensagem nervosa se perde no meio do caminho; em compensação, em excesso, são capazes de fazer uma informação ficar reverberando. As drogas, no caso, alteram o comportamento de seus usuários, justamente porque suas moléculas, clandestinas no sistema nervoso, conseguem mexer no nível dos neurotransmissores.

Algumas fazem as substâncias mensageiras jorrar a tal ponto que os impulsos se multiplicam ou começam a trafegar mais depressa. Outras agem de modo inverso: fecham as torneiras dos neurotransmissores nos neurônios, que desse modo passam a trabalhar em câmera lenta. Finalmente, há também as farsantes, que se encaixam nos receptores das células cerebrais, fingindo trazer uma mensagem que, na realidade, não existe. É por isso que os especialistas costumam dividir os milhares de substâncias rotuladas como drogas em três grandes grupos: estimulantes, depressoras e alucinógenas. "Usando essas táticas, as drogas podem induzir todo tipo de sensação", diz Cavalheiro. "No entanto, muitas vezes fica difícil saber detalhes do que aprontam. Em primeiro lugar, porque seu campo de ação, o cérebro, ainda não é completamente conhecido pelos cientistas", admite o pesquisador.

"Além disso, a cada dia descobrimos novas funções para determinados neurotransmissores. Portanto, seguindo esse raciocínio, as drogas que interferem nessas substâncias podem provocar efeitos que, antes, não imaginávamos."Existem, contudo, rastros que permitem aos cientistas presumir ao menos parte do percurso das drogas. Ainda em meados dos anos 50, nos Estados Unidos, certos pesquisadores realizaram uma experiência que acabou se tornando clássica: eles implantaram eletrodos em áreas diferentes do cérebro de cobaias; assim, toda vez que os animais pisavam numa pequena plataforma, os eletrodos aplicavam um levíssimo choque. Em determinadas regiões cerebrais, esse estímulo elétrico parecia ser agradável, pois as cobaias passavam a repetir, cada vez com mais freqüência, as visitas a esse canto especial das gaiolas. Além disso, a tendência era ficarem ali mais tempo, perpetuando o estímulo. A partir daí, alguns cientistas começaram a suspeitar da existência do que chamariam centros de prazer, espalhados pelo sistema nervoso dos quais o mais sensível seria o hipotálamo, na base do cérebro. Certamente, em sua viagem, as drogas devem fazer escalas mais demoradas nessas regiões.

Tal como as cobaias da experiência americana os usuários de drogas também tendem a diminuir os intervalos entre as aplicações dessas substâncias. "É o fenômeno da tolerância: são necessárias quantidades cada vez

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