O Charlie Chaplin - Tempos Modernos
Por: Caroline Sinopoli • 5/3/2017 • Seminário • 438 Palavras (2 Páginas) • 385 Visualizações
A reificação do homem, isto é, a representação do ser humano como objeto sem individualidade, é percebida no momento em que Carlitos está trabalhando na fábrica e é alienado pelo sistema fordista, tendo que apertar parafusos freneticamente sendo capaz de exercer um único trabalho, assim como seus colegas perdendo sua essência e se tornando uma representação de trabalho abstrato, que visa ao lucro ao contrário do trabalho concreto, explicados por Marx.
Outro exemplo da reificação do homem é quando o encarregado da velocidade das máquinas é chamado por sua numeração, 705, e não por seu nome, distinguindo os trabalhadores fabris apenas por números.
A cena critica o sistema de produção fordista onde os operários são partes da engrenagem das máquinas, cujo objetivo único é a maior produção com maior lucro. Ela mostra a obseção dos trabalhadores em cumprir seu trabalho repetitivo mesmo colocando em risco a própria vida para conseguir acompanhar a velocidade de produção imposta pelo patrão. A linha de produção não pode parar e os operários trabalham acima de suas condições físicas e psicológicas, agindo como robôs.
A metáfora representada na cena consiste nos operários sendo engolidos pelo sistema capitalista que exige cada vez mais velocidade para abastecer os mercados, tornando os operários parte da engrenagem do maquinário de produção capitalista.
Ao apanhar a bandeira de sinalização que caiu do caminhão e tentar segui-lo para entregá-la, surge uma manifestação logo atrás de Carlitos. Ao sinalizar com a bandeira a frente da manifestação ele é confundido como líder comunista e é preso pela polícia.
Na cadeia, após impedir a fuga dos presos, ele tem várias regalias, passa a ocupar uma cela confortável, recebe jornal para ler, conversa com os policiais com a porta de sua cela aberta.
Através do jornal ele vê as notícias da crise da economia. Ao ser solto ele percebe que não existem empregos e que a vida na cadeia era mais fácil, fazendo de tudo para ser preso novamente.
Na loja de departamentos, onde Carlitos consegue a vaga de vigia por meio da carta de recomendação do chefe de polícia, pode-se ver a fartura de mercadorias, como bebidas importadas, quartos de luxo, roupas para jogar golfe, casacos de pele e brinquedos caros.
Enquanto a órfã e ele vestem roupas simples e rasgadas, as clientes da loja usam roupas elegantes e joias.
Na fábrica os operários usam macacão e o patrão terno. Enquanto os operários trabalham sem parar, o patrão monta um quebra cabeças.
A família composta pelo pai desempregado e as filhas não tem o que comer e vive em uma casa simples.
A casa em que ele e a órfã vão morar é um barraco de madeira com móveis quebrados.
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