O Descartes
Por: julia.reis • 31/10/2017 • Seminário • 1.016 Palavras (5 Páginas) • 172 Visualizações
1 – Sobre diversas matérias do conhecimento acadêmico que fizeram parte de sua formação escolar, Descartes afirma que as ciências da língua, da Geografia e da História, eram desprovidas do discurso da razão, de forma que as ciências “humanistas” decorressem da memória.
Sobre a Matemática, Descartes revela um grande apreço pela maneira que essa ciência se estrutura. A racionalidade e a exatidão dos fatos matemáticos eram objetos dos elogios do filósofo à disciplina, mesmo ele não sendo grande conhecedor da mesma.
Sobre a Teologia, Descartes afirma que a reverenciava, porém percebeu que as “verdades” reveladas pela Teologia estão cima dos seres humanos. Então, não adiantaria submetê-la ao raciocínio dele. A verdade também é revelada pelo desenho, e não pela busca ativa do mesmo.
Por fim, Descartes afirmava que a filosofia proveniente da arte da retórica não resultava em nada, o que fez romper com a Filosofia Tradicional.·.
2 – 1. Aceitar como verdade apenas o que é claro e distinto, provando a existência dela através de evidências e da razão.
2. Dividir a análise do objeto em partes para facilitar o estudo e conseguir maior grau de detalhe e perfeição.
3. Criar ordens e técnicas que podem atuar do mais simples até um grau mais elevado de complexidade.
4. Fazer revisões gerais para se garantir de que nenhum conhecimento ou dado fora omitido.
3 – Para Descartes, os sentidos enganam e, assim como a imaginação, não podem constituir o conhecimento sem a ajuda do entendimento conferido pela razão. Portanto, os conhecimentos obtidos através dos sentidos são errôneos ou incompletos.
4 – A “Moral Provisória” de Descartes seria o conjunto de regras e normas a ser utilizadas no caminho da criação, e estruturação do conceito resoluto de Moral. Ela se torna necessária, pois o ser humano não pode agir sem um senso moral, significando que ele estaria inerte e incapaz de continuar o seu trabalho de busca pela verdade e a moral final.
As 3 máximas da Moral provisória são:
- Agir conforme as leis e costumes do contexto social em que se está inserido. As próprias opiniões e costumes devem ser discados de lado para evitar conflitos e excessos em contextos sociais diferentes. Ex: Se um britânico estiver na Japão ele deve ser comportar como um japonês.
- Manter convicção nas próprias decisões e opiniões: Se estiver perdido na floresta escolha um caminho e não modifique a rota que escolheu. É mais fácil continuar perdido se você constantemente mudar de direção devido à falta de fé nas próprias opiniões.
- Sempre procurar se superar, vencer a si mesmo: o método de Descartes visa sempre à busca pela verdade e o conhecimento, portanto, continuar sempre em um processo de aprendizado é uma forma de auto superação.
5 – A icônica frase de Renée Descartes “Cogito ergo sum” faz referência à sua ideia da razão humana acima de todas as coisas. O método de Descartes, duvidar de tudo, eventualmente o faz questionar-se da própria existência. Descartes então chega à conclusão de que, se ele está duvidando, ele está pensando, e, se ele está pensando, ele existe. Portanto, a frase “Penso logo existo” é a prova de Descartes que a racionalidade pode servir como prova para a existência das coisas.
6 – Descarte, devido à influência de sua família, nunca se distanciou muito da igreja e discorre sobre o divino em diversas de suas obras. Para provar a existência de Deus utilizando o racionalismo, Descartes, analisa o conceito de perfeição (uma vez Deus é um ser perfeito), e, a partir dessa análise, ele chega às seguintes conclusões.
- A ideia de perfeito não pode surgir no homem do nada, pois do nada, nada é criado.
- O homem não pode ter criado o conceito de perfeito, pois o mesmo não o é. Não existe com algo inferior criar o superior.
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