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O Desemprego Estrutural

Por:   •  21/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.845 Palavras (8 Páginas)  •  832 Visualizações

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 O Desemprego Estrutural

        O Desemprego é definido como a situação onde um indivíduo da sociedade está sem emprego, isto pode ocorrer devido a diversos fatores e pode ser definido segundo os tipos friccional, sazonal, cíclico ou conjuntural e desemprego estrutural.

        O Desemprego Friccicional (ou desemprego natural), consiste nos indivíduos desempregados temporariamente, por motivos naturais, porque estão mudando de emprego, porque foram demitidos, porque ainda estão em busca do seu primeiro emprego. O Desemprego Sazonal ocorre em função da demanda de trabalho que determinados setores e regiões necessitam conforme sua produção ou períodos do ano, seriam afetados por exemplo a agricultura, trabalhadores rurais, cortadores de cana-de-açúcar (que se movimentam no período de safra, retornando na entressafra), e o turismo, atendentes e camareiras de hotéis, garçons e lojistas em praias e locais turísticos (..). O Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural) ocorre quando as empresas são obrigadas a demitir funcionários para cortar despesas, este desemprego resulta de um retrocesso na economia. O Desemprego Estrutural surge devido a novas organizações no processo de trabalho.

        O Desemprego Estrutural existe desde antes da indústria automobilística e provém de um desequilíbrio entre a oferta e a procura de trabalho, no entanto, sua intensificação vem ocorrendo desde a introdução de novas tecnologias e, ou, de sistemas e processos voltados para a redução de custos como softwares e maquinários que eliminam a necessidade do trabalho humano. Estes novos elementos afetam os setores da economia de um país (indústria, comércio e serviços), causando demissões, geralmente, em grande quantidade, resultando também em uma intensa precarização do trabalho. Historicamente, o desemprego estrutural costuma atingir primeiramente os trabalhadores manuais ou de baixa qualificação, mas, a partir dos anos finais do século passado, passou também a atingir trabalhadores qualificados e técnicos, cujos ramos produtivos se tornam obsoletos e são substituídos por novos ramos.

 É a partir dos anos 70, sob o domínio da globalização do capital, que inicia um crescente surgimento de uma massa de excluídos, decorrente do aumento da produtividade do trabalho através do desenvolvimento tecnológico. O Desemprego estrutural, nos dias atuais, tem caráter essencialmente tecnológico, uma vez que a revolução tecnológica nos sistemas produtivos formenta uma crescente produtividade gerando com isto um constante aumento deste desemprego, tornando-se quase sinônimo de desemprego tecnológico. Este fato, é visto muitas vezes de forma inversa, trocando a preocupação quanto à concretização das garantias dos direitos dos trabalhadores por discussões sobre redução dos direitos trabalhistas como forma de diminuir o desemprego, afirmando e vitimando as empresas capitalistas.

        O Desemprego estrutural desafia a legislação constitucional em face da exclusão, pois, na Constituição Federal, é garantindo ao indivíduo o direito ao trabalho em seu 6° artigo no rol dos direitos sociais, e do artigo 7° ao 11° estão previstos os principais direitos para os trabalhadores que atuam sob a lei brasileira assim como a Consolidação das Leis de Trabalho, no entanto não existe um instrumento formal que garanta trabalho aos brasileiros, o que existem são leis que visam assistir e amparar o trabalhador visando uma humanização do trabalho e que ele não trabalhe de forma insalubre ou prejudicial, tendo subsídios suficientes para uma vida saudável e digna. Por serem tais direitos justamente aqueles que garantem a vida e o modus vivendi (do latim acordo entre partes cuja as opiniões diferem) justo e digno do ser humano e por estarem sacramentados na Carta Magna, eles representam uma obrigação imposta ao Estado.

        O aumento constante do desemprego, concomitante com um flagrante aumento da produtividade, pode ser explicado pelo predomínio da financeirização da riqueza, que se constitui em uma das necessidades intrínsecas da globalização do capital, e que impulsiona o processo de redução do trabalho vivo como estratégia de lucratividade.[pic 1]

Até mesmo carreiras tradicionais como medicina, direito ou engenharia também não estão ilesas ás incertezas dos tempos da modernização. E apesar do notável aumento da qualificação profissional que ocorrem em poucas décadas, existe uma impossibilidade real de inclusão deste contingente de trabalhadores excedentes à atual ordem capitalista. Nem todas as profissões são eliminadas, mas muitos empregos deixarão de existir. 

Principais Causas do Desemprego                                            Estrutural (exemplos):

  • Implantação de robôs no processo de produção industrial;
  • Instalação de caixas eletrônicos em agências bancárias;
  • Informatização em empresas e órgãos públicos, visando diminuir os processos burocráticos;
  • Uso da Internet para serviços bancários, compras online e outros serviços;
  • Adoção de processos administrativos eficientes nas empresas, visando otimizar o trabalho e reduzir a mão-de-obra;
  • Introdução de novas tecnologias, que visam a substituição de mão-de-obra humana por computadores e máquinas automatizadas;
  • Adoção de novas tecnologias e sistemas administrativos e produtivos de custos reduzidos (ambos visando a diminuição de mão-de-obra).

A Expansão do desemprego e o emprego informal

        Devido ao crescimento exacerbado da tecnologia, o desemprego estrutural somente aumentou no país, diminuindo assim, os custos aos donos dos meios de produção e com isso gerando muitas demissões, deixando os trabalhadores cada dia mais alienados, não se reconhecendo mais como homem.

        Com aumento do desemprego, os trabalhadores, necessitados de ganhos para sua sobrevivência, acabam por aderir ao trabalho informal, por exemplo: camelos, manicures, etc.

        O aumento da desigualdade entre países ricos e pobres e o crescimento da pobreza tanto nos países desenvolvidos como nos subdesenvolvidos esteve relacionado à abertura dos mercados e ao crescimento desordenado da esfera financeira, propiciando a expansão do desemprego e do emprego informal na grande maioria dos países, ainda que ritmos e com significados diferentes.

        Certamente, um desempregado sueco ou francês é diferente de um desempregado tailandês. No primeiro caso, existem sistemas de seguro-desemprego sólidos, os quais durante mais de um ano cobrem boa parte do salário do trabalhador no seu último emprego. No segundo caso, os sistemas de proteção ao desempregado são frágeis e muitas vezes não há alternativa fora dos empregos informais, com baixos salários e sem acesso aos direitos trabalhistas. Nesses empregos, os trabalhadores “pulam de bico em bico”, não construindo uma carreira profissional que leve ao aumento do aprendizado e do nível de renda.

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