A Desconstrução do Trabalho e a Explosão do Desemprego Estrutural e da Pobreza No Brasil.
Por: Almiiro Matheus • 16/4/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 649 Palavras (3 Páginas) • 339 Visualizações
Resumo: A Desconstrução do Trabalho e a Explosão do Desemprego Estrutural e da Pobreza No Brasil.
Na década de 1970, houve mudanças significativas que atingiram o capital e o padrão de acumulação, que vinha se arrastando devido a crise de 1960. No entanto na década de 1940 e 1960, aconteceu o que foi chamado de Anos Dourados, período esse em que o capital estava em ascensão devido a grande produção com que vinham tendo aceitação e giro no mercado, porque as pessoas tinham condições de acesso em adquirir esses produtos devido às elevadas taxas de empregos e o dinheiro que girava no mercado.
Portanto nesse período, estava implantado o modelo Taylorismo e Fordista nos meios de produção, e esse modelo estava no seu ápice. Esse modo de produção consistia em uso de esteiras e a cronometragem do tempo para produzir um determinado produto, era imposto ao trabalhador produzir em larga escala, mas em um curto espaço de tempo, fragmentando o serviço causando movimentos repetitivos, e fazendo que o trabalhador não tivesse contato com o produto pronto, não reconhecendo sua própria obra. Esse modelo de produção é rígido em que consiste na fabricação em grandes quantidades de um mesmo produto, de uma mesma cor e modelo, não se fazia uma pesquisa de mercado para saber o gosto do cliente.
Esse meio de produção durou até a década de 1970, quando houve a crise estrutural que é maior numero de desempregados e menor numero de oferta de empregos, e essa crise esta perdurando até os dias de hoje. Também nesse contexto a produção começou a se remodelar passando do padrão regido de produção para o padrão flexível de produção em escala global, que se acirrou com o neoliberalismo.
O neoliberalismo se Expande com as privatizações e a desregulamentações de todos os tipos, desde a economia as relações trabalhistas segundo Antunes (2007). Com a nova restruturação nas formas de produção que foi chamado de Lean Production, que nada mais é a imprensa que limita o inibem o trabalhador com suas altas tecnologias, tomando o lugar do trabalho vivo, e passando a dar maior ênfase no trabalho morto. Marx denomina essa forma de trabalho como sendo mão de obra morta, essa transformação resultou em desempregos em massa, precarização do trabalho e baixos salários e retrocessos dos direitos adquiridos na era Vargas.
Esse Modelo de relação trouxe o enxugamento das empresas, sofrendo profundas transformações no que tange a trabalho, pois nesse processo de linfolização (substituição de trabalhador vivo por maquinas), obrigando o trabalhador a se reajustar as transformações tornando-se um trabalhador “polivalente”.
Após o modelo de flexibilização, Temos o modelo Toyotista, que busca ter o mínimo nos estoques, e os trabalhadores operam varias maquinas ao mesmo tempo, obrigando- a se especializar em varias áreas para ofertar seus serviços num mesmo local, ou seja, a espacialização multifuncional no mundo do trabalho atual.
Com o Toyotismo, houve a terceirização do trabalho com contratações somente quando há a necessidade de se dar resposta ao mercado. Segundo Antunes (2007), que por estarmos em sociedade alienada ao consumo o capital interfere no caráter do individuo, ou seja, trás corrosão do caráter dos indivíduos. O consumo é introjetado pelo capital, logo se tem a falsa ideia do descarte do que está obsoleto o que quebrou, não tem mais valor algum é descartado e compra-se outro. Sendo assim, é transferida essa forma de pensar para as relações interpessoais e extrapessoais gerando inversão dos valores, o “ter” passa ser mais importante do que o “ser”.
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