TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Fichamento de Ilhas da História

Por:   •  8/3/2022  •  Resenha  •  2.265 Palavras (10 Páginas)  •  101 Visualizações

Página 1 de 10

Ilhas da história - Marshall Sahlins

------------------------------------

1. Introdução

O autor pretende repensar os conceitos históricos usuais por meio da hipótese de que a história pode ser pensada por meio da experiência cultural antrapológica.

Assim, começa por destrinchar como a história ordena e é ordena pelada cultura por meio de esquemas de significação, pois esses são revalidados na prática. O que o autor quer dizer é que o evento é uma realização contigente do padrão cultural, onde ocorre a prática que é revalidada pelos esquemas de significação.

O próximo passo é clarificar como a estrutura é um objeto histórico. O objetivo é dismistificar a distinção entre história e cultura ao demonstrar que estrutura e ordem cultural possuem uma relação dual. Assim, o sistema é a variação contigente dessa relação.

O segundo passo implica entender a distinção entre signo e coisa. O signo é mais particular que a coisa. O signo é funcionalmente revalidado enquanto categoria. São improvisações.

O terceiro passo é admitir que culturas diferentes possuem historicidades diferentes e que a estrutura acontece dentro das ordens culturais. A ação cria a relação adequada quanto as formas sociais e o inverso também ocorre. Um ordem performativa favorece a criação enquanto que uma ordem prescritiva favorece a manutenção dos esquemas culturais.

O útlimo passo é a descrição do que é evento. Evento transforma-se naquilo que lhe é dado como interpretação. Evento é a relação entre acontencimento e estutura. A síntese situcional entre ACONTECIMENTO e ESTRUTURA é a ESTRUTURA CONJUNTURAL (Realização prática das categorias culturais em um contexto histórico específico)

**************************************************************************************************************************

2. Suplemento a viagem de Cook ou "le calcul sauvage"

A primeira parte do ensaio o autor descreve o encontro em duas culturas distintas: os havaianos e os ingleses. O autor demonstra como a historicidade de um evento contigente (o entrechoque entre ambas as culturas) foi determinado culturalmente na medida em que a estrutura da conjuntura revalidou funcionalmente as categorias cosmológicas havaianas na interpreação de que os ingleses eram seres divinos e que o próprio capitão Cook, um deus, Lono. Da parte dos ingleses, cristãos exploradores historicamente operando as bases do processo de acumulação capitalista primitivo interpretam o inverso de que não havia deus naquela religião. Ambas as interpretações assomaram-se a característica comum das mesmas: o pragmatismo. Contudo, cada qual com sua referêncial cultural. Os havaianos, cujo o processo de ascenção social era por acenstralidade ascendente, buscavam com suas mulheres (de classe social mais baixa) uma forma de ascenderem, ao passo que, desconhecendo e ignorando tal fato os ingleses ignorando a existencia até mesmo de seu deus viram a oportunidade de fornicarem e bem servirem-se dos nativos. Essa interação gerou dois tabus principais. Enquanto que as mulheres havianas não possuiam interesse material direto nessa relação os ingleses interpretaram a necessidade de contemplar as mesmas com mercadorias (entendero o processo de ascenção genealógico ascedente como algo similar a prostituição). Diante disto, as mulheres havaianas cometeram dois tabus: receberem mercadorias estrangeiras antes dos chefes, que deveriam ser os primeiros em tudo e alimentar-se com alimentar-se junto dos ingles de alimentos cerimoniais. O resultado dessa convivencia por parte dos havaianos foi a percepção de que os ingleses não tinham nada de divino, apenas Cook manteve-se como Lono. Contudo, a interpretação desse signo variaria em relação a qual haviano a mesma se referia. Os sacerdotes viam Cook como a reencarnação de Lono enquanto que os chefes o viam, por sua divindade, como adversários divinos de sua própria posição social. A ordem performativa e pragmática manifestou-se em eventos e ações que culminaram na morte ritual de Cook. Deus agonizante.

A segunda seção do ensaio, o autor se debruça sobre o sentido de amor para os havianos. O amor para eles era a base da forma de modo que o universo é uma genealogia, o que vem a ser um projeto cosmológico total de reprodução sexual. Essa continuidade de descendência entre o natural, o sobrenatural e os seres humanos é o que distingue o esquema conceituai polinésio, do assim chamado totemismo, na opinião de Lé-vi-Strauss (1963). Para o pensamento polinésio, a descendência é uma lógica de classes formais: o ancestral está para seus descendentes como uma classe geral está para suas categorias particulares. Aqui o belo funciona como paradigma natural do político. A beleza, enquanto algo que existe apenas nos olhos de quem vê, é necessariamente uma relação social. O nome da relação política no Havaí é também aloha. Aloha, "amor", é a consciência do povo de sua própria servidão, a maneira pela qual é descrita e justificada a lealdade para com o chefe. De modo recíproco, o chefe deveria ter aloha por sua gente. Será suficiente dizer que os efeitos do mana são mediados pelo olhar. O olho é o locus simbólico da sujeição. Se pensarmos apenas na "ideologia" ou na "superestrutura" estaremos nos enganando: o que temos aqui é uma economia política do amor. O amor é a infra-estrutura. Por conseguinte, o erótico é pragmático. No Havaí, na verdade, não se traça a descendência, mas se faz uma escolha seletiva do caminho ascendente, caminho este que, notavelmente, inclui a ancestralidade feminina, até chegarse a uma ligação com alguma antiga linha dominante. De acordo com a definição tradicional, o povo, as pessoas comuns são aquelas que não são capazes de traçar sua genealogia para além de seus avós. O sexo era tudo.

A terceira seção do ensaio, o autor discute a problemática da estrutura e da prática. Um sistema, ou uma estrutura aparece enquanto "ideal" ou "ideológico" ou "meramente simbólico"; enquanto que a vida do modo como é vivida é real, empírica ou prática. O que o autor pretende assinalar é que, ao nível do significado, sempre existe uma reversibilidade potencial entre tipos de ações e categorias de relações. "Esta ultima forma constantemeute relações a partir das prá-ticas — e, em especial, como tentei demonstrar, da prática sexual. Agora mesmo tentei destacar essa afirmação pela utilização de um paroxismo, sugerindo

...

Baixar como (para membros premium)  txt (14.8 Kb)   pdf (54.1 Kb)   docx (13.9 Kb)  
Continuar por mais 9 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com