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O Imaginário presente no cotidiano da sociedade

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Por:   •  22/2/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.621 Palavras (7 Páginas)  •  257 Visualizações

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O Imaginário presente no cotidiano da sociedade

RESUMO

Existe uma infinidade de meios de comunicação a nosso dispor, prontos para retransmitir nossas mensagens da maneira como for de nosso agrado, a opção de escolha realmente é gigante. Porem, neste trabalho, iremos associar os processos da comunicação em função do imaginário. Como as pessoas lidam com ele em seu dia-a-dia, relacioná-lo assim com a cultura, inovações, memória e destacar o fato de ser único e infinito em cada indivíduo. Aqui, farei também uma análise de uma campanha feita pela Peugeot que ficou bastante conhecida e se destacou por usar o desenho “Corrida Maluca” como tema do lançamento do carro Peugeot 208.

Palavras-chave: Imaginário. Cultura. Memoria.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para começar a fundamentação teórica, farei uma citação introdutória sobre a base da comunicação, retirada do livro “O Processo da Comunicação” redigido por Martins Fontes.

Podemos dizer que toda a comunicação humana tem alguma fonte, uma pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo, uma razão para empenhar-se em comunicação. Estabelecida uma origem, com idéias, necessidades, intenções, informações. O objetivo da fonte tem de ser expresso em forma de mensagem. Na comunicação humana, a mensagem existe em forma física – a tradução de ideias, objetivos e intenções num código, num conjunto sistemático de símbolos.

A comunicação dá-se por um conjunto de símbolos e mensagens. É justamente quanto a essa relação que falaremos agora. Um símbolo designa um tipo de signo em que o significante representa algo abstrato, como diz Adam Schaff, um “símbolo sempre é algo que representa uma outra coisa”. É na parte dessa representação que damos início ao trabalho. Discutiremos agora a questão das representações do imaginário, interligado aos símbolos que atribuímos a cada informação que recebemos nas ruas.

A tradição filosófica ocidental associa o imaginário a definições negativas como “o inexistente, o falso, o irracional”. Nunca inferior ao pensamento racional, mas complementar, o imaginário “determina as percepções do espaço e do tempo, as construções materiais e institucionais, as mitologias e as ideologias, os saberes e os comportamento coletivos” (LEGROS ET AL., 2006, p.2).

O imaginário é complexamente distinguível de pessoa pra pessoa. A cultura que o cultiva é variável milhares de vezes. Os valores simbólicos de cada imaginário, quanto as construções de caráter e valores, são crucialmente únicos em cada pessoa. Não por depender apenas de um caráter, mas de seu valor simbólico quanto as milhares de informações expostas nos dias de hoje.

Por sermos tão rodeados de valores, caráter, ideologias e comportamentos distintos, a publicidade também necessita saber lidar com essas variações. As culturas já não são mais as mesmas. A cultura, já não é algo sólido, carregada por gerações restritamente iguais. Nos dias atuais, a cultura já não é mais diferenciada em simples etnias e suas variações, a cultura é expandida a regiões, estados, classes e mais que isso, grupos. Vista e revista, as vezes até reestruturada, a cultura hoje é produzida e reproduzida em quantidades industriais. E é a cultura a principal responsável por nossos valores agregados ao imaginário e nossa bacia semântica. No livro “Comunicação e Inovação” redigido por Mônica Pegurer Caprino dá-se a cultura uma relação de novo contesto social globalizado.

Diante dos limites dos modelos hegemônicos da comunicação, ao novo contexto social e cultural de globalização e a uma nova compreensão do problema da identidade da sociedade, surge a necessidade de um novo paradigma de sua investigação que levasse em conta as mediações sociais, notadamente culturais, no processo comunicacional. “ Na convergência do novo sentido adquirido pelos processos de transnacionalização com a nova concepção do político, emerge na América Latina uma valorização profundamente nova do cultural” (MARTÍN-BARBERO, 1997, p. 285). Essa valorização do cultural traz para o cenário da comunicação a experiência do popular e sua dinâmica profunda entre memória e imaginário, a criatividade popular e , também, seus conflitos.

Neste, também é falado no problema de identidade da sociedade, onde os receptores não tem mais uma mesma opinião formada sobre determinado assunto e não estabelecem o mesmo efeito de sentido. Isso se encaixa na teoria empírica da comunicação também conhecida como teoria dos efeitos limitados.

Toda a simbologia, significação, troca de mensagens e espetacularização vista nas ruas hoje em dia é vista de forma variável por cada individuo, cada pessoa, agrega uma certa opinião a determinada coisa. Um exemplo disto é o enorme consumo da marca “Coca-Cola”, “Chiclets” e “Bom Bril”. Quando pelo habitus nos referimos a qualquer refrigerante de cola, ou goma de mascar e esponja de aço pelos nomes antes citados, é que nos demos conta de que nosso imaginário e valores agregados a determinados produtos estão diariamente presentes em nossa vida cotidiana. A nova sociedade globalizada já não consome mais produtos e sim, marcas. A preferência é totalmente ligada ao nosso imaginário, nossa cultura, nos “ensinou”, de certa forma, a consumir determinada marca. Agregamos valores imagináveis a estes produtos e nos sentimos confortáveis em consumi-los.

Porem, a variação do imaginário vai mais além, pois, nosso imaginário e nossa determinada bacia semântica também podem ser alteradas ao passar dos anos. De certa forma, com a influência e modificação da cultura de massa, mudamos nossa maneira de pensar padronizada e respectivamente, opinião, sobre determinado produto. No livro “Comunicação e Inovação” redigido por Mônica Pegurer Caprino é citado a questão padronização-inovação existente nas culturas atuais.

Na cultura de massa, operam duas lógicas, constantemente em confronto: a padronizada e a inovadora. Dessa conexão crucial de forças depende o potencial inovador e a riqueza artística e humana da obra produzida. “A contradição invenção-padronização é a contradição dinâmica da cultura de massa. É seu mecanismo de adaptação ao público e de adaptação do público a ela. É sua vitalidade”(MORIN, 2005, p. 28). O papel social da adaptação do público às inovações é determinante da dinâmica da cultura de massa.

O dinamismo que se é visto ao longo dos tempos faz confronto com as normas dominantes da cultura. As inovações seqüenciais da comunicação também. “Tudo que é

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