O conceito sobre Cultura
Por: Lucas Ramos • 24/9/2018 • Trabalho acadêmico • 814 Palavras (4 Páginas) • 205 Visualizações
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Atividade para avaliação Semana 03
Sociedade e Cultura
Aluno: Lucas Ramos Barbosa
RA: 1812447
Email: 1812447@aluno.univesp.br
Polo: Sorocaba
Engenharia da Computação
2018.2
- Viviane Catenacci recorre a Nestor García-Canclini para destacar a importância da desconstrução do popular e, posteriormente, reconstruir esse conceito. Explique por que esse processo é cada vez mais necessário na atualidade.
A definição do popular, da qual se destaca a importância da desconstrução do conceito por Canclini, é o produto de uma série mudanças causadas pelo desenvolvimento da sociedade, que possui momentos na história definida do tempo que remota desde o século XIX, que redefiniu, e ainda define, o conceito daquilo que a sociedade tomava como cultura tradicional e popular, ou seja, das tradições praticadas e preservadas pela sociedade; da definição daquilo que é a cultura popular propriamente dita.
A crítica realizada sobre a redefinição do conceito de popular possui duas principais motivações que devem ser igualmente destacadas e que estão citadas no texto. A primeira, realizada diretamente por Canclini, é que o conceito de cultura popular criado pelos folcloristas carece de explicações sobre o que é o popular (além de ter sido em grande parte movida por interesses populares e ideológicos à época) e por não utilizar as ciências sociais de modo a estabelecer o paralelismo entre a tradição e modernidade.
Como consequência, nos anos 60, em decorrência dessa falta de definição do que compreendia como popular por parte dos folcloristas, associada ao momento político na qual o país vivia, surge uma vertente à questão da cultura popular em forma de populismo com o CPC, o Centro Popular de Cultura, cujo o entendimento da cultura é aquela que é capaz de transformar a sociedade brasileira entendendo o povo, em suas classes mais desfavorecidas, como a grande responsável pela transformação de toda a sociedade brasileira.
No entanto, mesmo havendo o reconhecimento das classes subalternas do povo como os grandes transformadores da cultura popular, o CPC, de certa forma, falha ao agir com preconceito às culturas populares já estabelecidas e, ao aproximar o processo de transformação a movimentos populares que levam a uma “falsa cultura” e a um processo de alienação que, contraditoriamente, o próprio CPC condena. Essas concepções levam ao embate do tradicional X transformação, citado na conclusão dor artigo por Viviane Catenacci, onde é destacado que se pode manter as culturas tradicionais, ou a tradição propriamente dita, em paralelo com a modernização e transformação. Ou seja, modernizar não significa a extinção da cultura existente. Muito pelo contrário, a modernização demonstra a cultura como produto da transformação da sociedade.
A segunda motivação, na minha opinião, impacta atualmente muito mais a sociedade em todas as suas classes, (especialmente quando associado aos recentes embates que a sociedade vem sofrendo) é o popular visto como produto de mercado onde, nós, somos a principal mercadoria. Esta última, dado o avanço das tecnologias de comunicação na última década, e pela forma “agitada” na qual a sociedade vive, tem um impacto muito negativo no conceito de definição do popular pois, de certa forma, a cultura do popular oferecido pela mídia “apequena” a mesma a um produto superficial e não transparente. Fazendo com que se perca a principal característica e elemento do que definimos como cultura, que é a experiencia.
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