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O pensamento oriental hoje

Por:   •  3/4/2019  •  Projeto de pesquisa  •  824 Palavras (4 Páginas)  •  109 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL

CURSO DE GEOGRAFIA – LICENCIATURA

O Pensamento Oriental Hoje

Discentes: Esheley Ortega Vogado, Elisa Ferreira, Fernanda C. A. de Marques, Luana Corrêa, Uemerson, Pedro Ryan

Docente: Cláudia

Disciplina: História e Filosofia na Educação

Março, 2019

Jardim/MS

O Pensamento Oriental Hoje

A divisão entre Oriente e Ocidente, não passa de ser uma mera classificação do próprio homem em contextos culturais e geográficos (SAID, 1990). Ainda de acordo com Said (1990), o Oriente é visto como uma invenção do Ocidente, no entanto, não é realmente isso que deve ser visto, como o autor afirma:

O Oriente não está apenas adjacente à Europa; é também onde estão localizadas as maiores, mais ricas e mais antigas colônias europeias, a fonte das suas civilizações e línguas, seu concorrente cultural e uma das suas mais profundas e recorrentes imagens do Outro. Além disso, o Oriente ajudou a definir a Europa (ou o Ocidente), como sua imagem, ideia, personalidade e experiência de contraste (SAID, 1990, p. 13-14).

Um exemplo de influência, dentre dos vários existentes, do Ocidente no Oriente é o conflito entre tradição e inovação na cultura japonesa ocorrida durante a era Meiji, definida como “conjunto de transformações implementadas no período compreendido entre os anos de 1868 a 1912, com a finalidade de transfigurar o Japão, que até então mantinha características “feudais”, em um Estado assemelhado aos modernos Estados do Ocidente” (ROCHA, 2016). No entanto, o Estado moderno japonês dessa era foi mais como uma versão cultural e política adaptada do Ocidente (ROCHA, 2016).

Ainda dentro desse contexto, surgiram os movimentos da contracultura na década de 1960, que foram promovidos por grupos heterogêneos de jovens inconformados, dispostos a lutar contra a burocracia, totalitarismo, ganância e consumismo em massa promovido pelo capitalismo e que estavam dispostos a viver e experimentar outros padrões de comportamento (KRUGER, 2010). Portanto, ao se falar em contracultura nos dias atuais, pode-se referir ao processo de choque das civilizações, que de acordo com Huntington (1997), não está explicitamente relacionado a ideologias ou assuntos econômicos, e sim, a questões de ordem cultural.

De maneira geral, o Oriente pela divisão tradicional, atualmente conhecido, é composto pelos países do continente Asiático, países da Europa Oriental e alguns países do continente Africano. Onde nota-se que durante seu processo de construção civilizatória em contextos religiosos, culturais e políticos, recebeu uma série de intervenções advindas do mundo Ocidental, gerando em algum momento da história conflitos armados, como é o caso da presença dos Estados Unidos da América no Oriente Médio por motivos basicamente econômicos.

No contexto da economia do Oriente, pode-se destacar o Bloco dos Tigres Asiáticos composto por oito países emergentes: Coreia do Sul, Hong Kong, Cingapura Taiwan, Indonésia, Filipinas, Malásia e Tailândia (MIYAZAKI, 1993).

Segundo Miyazaki (1993), esses países conforme o seu desenvolvimento econômico são classificados:

  1. Japão: único país industrializado da região. Seu desenvolvimento tomou impulso após a Segunda Guerra Mundial.
  2. Taiwan, Coréia do Sul, Singapura e Hong Kong: são chamados figurativamente como os quatro "tigres" da Ásia. Mais academicamente como os "Asia New Industrializing Countries" (Asia NICs) ou numa denominação mais recente como "Asia New Indústrializing Economies" (Asia NIEs). São países em desenvolvimento e com altas taxas de crescimento. A partir da década de 1960 esses países adotaram numa primeira etapa um processo de substituição de importações para bens de consumo não duráveis e numa segunda etapa a exportação desses produtos. Na década de 1970, o mesmo processo ocorreu para bens duráveis.
  3. Tailândia e Malásia: são países com um grau de desenvolvimento menor que os NIEs. Esses dois países somados aos NIEssão chamados como as "Dynamic Asian Econornies" (DAEs).
  4. Filipinas e Indonésia: têm os menores patamares de desenvolvimento econômico dentre os países do Pacífico Asiático. Os quatro "tigres" somados aos países da categoria 3 e 4 também são chamados figurativamente de "dragões" asiáticos.
  5. China: é o maior país em área geográfica e em população (supera 1 bilhão de habitantes) do Pacífico Asiático. É o único país com sistema socialista que tem alguma expressão econômica dentro do dinamismo asiático (MIYAZAKI, 1993, p. 113).

Carvalho (2015) ressalta que o crescimento econômico no leste asiático, desafiando a economia ortodoxa, foi a partir da década de 1960 por causa de uma intensa intervenção do governo.

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