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O Émile Durkheim

Por:   •  2/5/2022  •  Bibliografia  •  878 Palavras (4 Páginas)  •  77 Visualizações

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Émile Durkheim (1858-1917, França)

Apesar de não achar que Comte tivesse sucedido em estabelecer a sociologia como base científica, Durkheim também acreditava na possibilidade de estudo social com a mesma objetividade aplicada nos estudos científicos → "Estudar os fatos sociais como coisas", adotando uma relação de objetividade e neutralidade

  • Fatos sociais: a sociedade apresenta uma realidade própria, de maneira que "os fatos sociais são modos de agir, pensar ou sentir que são externos aos indivíduos e têm sua própria realidade à margem da vida das percepções individuais". Além disso, de acordo com Durkheim, esses fatos sociais exercem um poder coercitivo sobre os indivíduos não reconhecido por esses, de forma que as pessoas seguem cegamente os padrões gerais da sociedade acreditando estarem cientes de tais ações e decisões.

  • Abandono de preconceitos e ideologias já adquiridas → ''Uma postura científica exige uma mente que esteja aberta às evidências dos sentidos liberais de ideias preconcebidas vindas de fora"
  • Os fatos sociais são a materialização da consciência coletiva, garantindo a coesão social
  • "Conceitos científicos somente podem ser gerados por meio da prática científica" → Desenvolvimento de novos ideais que refletissem de fato a real natureza do social
  • Teoria desenvolvida no livro "As regras do método sociológico"
  • "Todo fato social é coletivo, mas nem todo fato coletivo é social"
  • Para que um fato seja social ele deve apresentar: regularidade, extensividade, exterioridade e coercitividade
  • Divisão social do trabalho e solidariedade mecânica/orgânica
  • Solidariedade mecânica: sociedades anteriores ao efetivo avanço industrial que era caracterizada pelas ocupações semelhantes de seus participantes. Tal sociedade era unida pelos valores e costumes tradicionais e compartilhados, de forma que projetava um poder repressivo aos que saíam da bolha do consenso e da similaridade das crenças designadas (pouco espaço para dissensão pessoal)        

  • Especialização de tarefas e crescente diferenciação social nas sociedades avançadas→ Nova ordem → Divisão do trabalho

                        

  • Solidariedade orgânica: caracterizada pela interdependência econômica dos indivíduos e pelo reconhecimento dessa reciprocidade pelos seus próprios participantes. Conforme a divisão do trabalho é ampliada, essa dependência também aumenta, pois cada pessoa tem a consciência de que precisa de bens e serviços que são realizados por outros profissionais.

  • "As relações de reciprocidade econômica e dependência mútua passam a substituir as crenças compartilhadas para criar um consenso social"

  • Anomia social: Surge com o avanço da urbanização e na modernização dos estilos de vida. A vida, que antes era recheada de sentidos religiosos e divinos, perde completamente o valor tradicional que tinha antigamente. Com a adoção da vida social moderna, foi provocado um vazio, um sentimento de falta de propósito, exclusão social, medo e desespero nos indivíduos. Adoecimento da sociedade

  • Todo orgânico → Assim como um corpo biológico tem seus órgãos responsáveis por variadas funções, a sociedade também conta com um sistema funcional e corporativo, em que as instituições têm diferentes funções interdependentes para o funcionamento do todo e, caso alguma função deixe de ser realizada, a morte do tecido social é provocada → Anomia
  • Suicídio: Um ato que poderia ser considerado 100% individual, mas que foi alvo de estudo social e coletivo de Durkheim. A partir de pesquisas e estatísticas, o sociólogo apresentou a teoria de que o suicídio também seria influenciado por forças sociais externas ao indivíduo, como pelo grau de solidariedade social compartilhado por um grupo e pela anomia. → "O suicídio varia na razão inversa do grau de integração dos grupos sociais de que o indivíduo faz parte"
  • Suicídio egoísta: ato daquele que se encontra distante socialmente do grupo em que pertence, com fracos laços sociais e emocionais → Baixa integração social
  • Suicídio altruísta: quando alguém se sacrifica em prol da sociedade como um todo ou do grupo em que se sente pertencente. Como por exemplo, quando um soldado abafa uma bomba em uma guerra para salvar seu batalhão → Alta integração social
  • Suicídio anômico: quando as normas sobre um indivíduo são definidas de maneira vaga e aberta (sentimento de vazio e falta de propósito - anomia) → Baixa integração social
  • Suicício fatalista: quando há excessivas, restritas e rígidas regulações da vida social do indivíduo, de forma que não sobra espaço para a autoexpressão → Alta integração social
  • Coerção e coesão social:
  • A coesão social é central e essencial para o funcionamento e para a união da sociedade. Para que isso seja garantido, é necessário que as vontades coletivas sejam sobrepostas às individuais → Consciência coletiva
  • A coerção social é uma ferramenta fundamental para a conquista e realização da coesão social, uma vez que direciona uma certa pressão para o convívio coletivo e constante

Fontes:

  • Sociologia, de Anthony Giddens
  • Explicação sociológica do suicídio - Uma Bússola Sociológica
  • Anotações de aula
  • Podcast PAPINHO produzido pelo Grupo de Estudos sobre Comunicação, Cultura e Sociedade (GRECOS), coordenado pela professora Ana Lúcia Enne (UFF)
  • Vídeo UM CHÁ COM DURKHEIM, também pela professora Ana Lúcia Enne (UFF)
  • https://www.youtube.com/watch?v=9g6ZyLXAftI

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