OCORRENCIA POLICIAL ENVOLVENDO PRODUTOS PERIGOSOS

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem a intenção de investigar de que forma os policiais militares

estaduais do Paraná estão procedendo em ocorrências com produtos perigosos, e

se essa forma lhes garante segurança e ainda se o atendimento é feito como as

normas técnicas profissionais definem. É de suma importância o conhecimento

técnico profissional por parte dos policiais militares no atendimento as ocorrências

envolvendo produtos perigosos, pois esse atendimento quando feito de forma

correta irá salvar vidas e o principal é que os policiais não irão se tornar novas

vítimas. Seu cunho acadêmico é talvez realizar uma futura discussão sobre o

assunto, bem como criar procedimentos básicos para atendimento de tais

ocorrências, realizando assim um padrão a ser seguido.

Embora profissionais envolvidos em ocorrências com produtos perigosos,

tenham as mais diversificadas formações e competências (policiais militares,

bombeiros militares, policiais civis, policiais federais, policiais rodoviários federais,

agentes de trânsito, agentes de saúde, dentre outros), geralmente os primeiros

agentes públicos a chegarem ao local da ocorrência desconhecem os

procedimentos básicos a serem adotados e acabam por expor a riscos

desnecessários, todos os envolvidos na emergência.

O problema da pesquisa proposto no trabalho é saber se o policial militar

esta preparado para atuar na ocorrência envolvendo produto perigoso. Objetivo

geral desta pesquisa é investigar a atuação dos polícias militares frente à ocorrência

com produtos perigosos no estado do Paraná sendo que essas ocorrências têm por

características a extrapolação dos limites temporais e espaciais, ou seja, um policial

militar que tenha atendido um acidente com produto perigoso pode levar a

contaminação para lugar distinto bem como pode a vir a sofrer os efeitos de sua

exposição horas ou anos depois. O objetivo específico é conhecer a legislação

reguladora sobre identificação, transporte e segurança de produtos perigosos. A

hipótese levantada é que o policial militar não tem informação suficiente para atuar

em ocorrências com produtos perigosos. Sendo que o conhecimento é essencial

para realizar o melhor atendimento. A preocupação para esta pesquisa é saber se

existe a real exposição do policial militar, ao atender ocorrências envolvendo

produtos perigosos.14

Dada à relevância do tema exposto, e a diminuta carga horária ministrada,

durante os cursos de formação de soldados, cabos, sargentos e oficiais, envolvendo

a identificação, transporte e segurança de produtos perigosos, justifica-se esta

pesquisa, pois se quer contribuir de forma significativa na formação dos policiais

militares do estado do Paraná.

A metodologia utilizada no trabalho percorre o método dedutivo, que

considera que a conclusão está implícita nas premissas. Segundo Marconi, (1993)

as conclusões seguem necessariamente as premissas: se o raciocínio dedutivo for

válido e as premissas forem verdadeiras, a conclusão não pode ser mais nada

senão verdadeira. O raciocínio dedutivo foi descrito pelos filósofos da Grécia Antiga,

entre os quais se destaca Aristóteles. Cabe salientar que a palavra dedução deriva

do verbo deduzir (do latim deducĕre), que significa tirar conclusões de um princípio,

de uma proposição ou suposição. Método proposto pelos racionalistas Descartes,

Spinoza e Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento

verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das

premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de

análise do geral para o particular, chega a uma conclusão. Usa o silogismo,

construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira logicamente

decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão (GIL, 1999; LAKATOS;

MARCONI, 1993).

A investigação qualitativa presente neste trabalho que busca valores, crenças,

representações, hábitos, atitudes e opiniões, e na medida em que o investigador

desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos

dados, em vez de recolher dados para comprovar modelos, teorias ou verificar

hipóteses. Segundo Bruno, (2008) embora estes métodos sejam menos estruturados

proporcionam, todavia, um relacionamento mais extenso e flexível entre o

investigador e o investigado.

Este tipo de investigação contempla uma visão holística, na medida em que

as situações e os indivíduos são vistos como um todo e estudados numa base

histórica.

Os métodos qualitativos empregam,