Oportuno mencionar Mészáros
Artigo: Oportuno mencionar Mészáros. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MMCS2014 • 23/11/2014 • Artigo • 600 Palavras (3 Páginas) • 159 Visualizações
Oportuno mencionar Mészáros (2009) que analisando a crise estrutural do capital existente desde a década de 1970, afirma que sua novidade histórica se explicita em quatro aspectos, ou seja: possui um caráter universal que não se restringe a uma esfera particular; seu “alcance é verdadeiramente global” sendo que atinge todos os países; sua escala de tempo é “extensa, contínua”, ou melhor, é “permanente” em contraposição a uma crise cíclica, situada num determinado período; seu “modo de se desdobrar poderia ser chamado de rastejante”.
Nesta perspectiva, destacamos o seu caráter de severidade, pois esta se aprofunda cada vez mais e carrega consigo critérios que se baseiam principalmente em afetar a totalidade “de um complexo social em todas as relações com suas partes constituintes, como também a outros complexos aos quais é articulada”
Sendo assim, podemos afirmar que a crise estrutural altera substantivamente a totalidade do sistema do capital enquanto que a crise cíclica atingiu somente algumas partes do complexo social. Nesses moldes, a crise estrutural tem a possibilidade de colocar em risco a sobrevivência contínua da estrutura global, daí a sua severidade em relação às partes do complexo que são atingidas pela crise.
Outro aspecto importante a se destacar, são os limites que o sistema do capital possui segundo Mészáros (2009), ou seja, podem ser relativos ou absolutos. Relativos são os que o capital “redefine e estende” e através dos quais consegue seguir adiante sob diferentes circunstâncias para “manter o mais alto grau possível de extração do trabalho excedente”. Limites que segundo Mészáros (2009, p.115) “podem ser superados quando se expande progressivamente a margem e a eficiência produtiva [...] da ação socioeconômica” conseguindo temporariamente tornar mínimos “os efeitos danosos que surgem e podem ser contidos pela estrutura” para garantir o funcionamento do sistema capitalista.
Em relação aos limites absolutos, Mészáros (Idem, p. 175) assegura que são aqueles que de maneira inevitável põem “em ação a própria estrutura causal” do capitalismo implicando na sua crise estrutural e, por conseguinte, no risco da sua própria sobrevivência enquanto modo de reprodução. Nessa perspectiva, Mészáros identifica da seguinte forma:
Somente quando os limites absolutos das determinações estruturais mais internas do capital vêm à tona é que se pode falar de uma crise que emana da baixa eficiência e da assustadora insuficiência da extração do trabalho excedente, com imensas implicações para as perspectivas de sobrevivência do próprio sistema do capital (MÉSZÁROS, 2009, p. 103)
A partir da análise de Mészáros (2009), verificamos que o capital subordina todas as esferas da vida social, trazendo como consequências para a “questão social” em nível mundial alguns aspectos tais como: aumento significativo da fome; dos conflitos geracionais entre jovens e velhos; da liberação das mulheres para uma maior exploração; e do desemprego, que acarreta na redução do padrão de vida e na flexibilidade e precarização do trabalho, ou seja, na maior exploração daqueles que estão inseridos no exército ativo de trabalhadores.
Portanto, é possível afirmar que a crise estrutural
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