Os Escravos De Roma
Casos: Os Escravos De Roma. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 15/11/2014 • 463 Palavras (2 Páginas) • 169 Visualizações
ESCRAVOS DE ROMA em busca de um rosto e de um nome
Andrio Albiere Porto e Rodrigo Borin
O objetivo deste resumo é analisar os principais pontos abordados no artigo Escravos de Roma, produzido pelo escritor e autor Jean Andreau.
O autor mostra no artigo supracitado que os escravos de Roma compunham uma boa parte da população do Império, sendo normalmente tratados de forma anônima pela sociedade, apesar de exercerem funções importantes para seus proprietários. As atribuições dos escravos partiam desde atividades manuais até administrativas.
Comenta o autor que os escravos eram socialmente importantes. Eles eram vistos como parte do patrimônio. O senhor dispunha do escravo, assim como fazia com qualquer outro bem que possuísse. Havia situações que os escravos podiam ser libertados em função da vontade de seu senhor ou pela comunidade política. Esse fato não permitia que os escravos em hipótese alguma constituíssem uma classe social. Outra situação mencionada pelo autor é que em processos judiciais o escravo nunca poderia ser acusador nem defensor, sendo seu testemunho aceito apenas mediante tortura. Essa prática (tortura), mesmo que gerando testemunhos imprecisos, era considerada normal.
É trazido pelo autor, que os escravos, normalmente as mulheres, eram utilizados sexualmente por seus donos. No entanto, o autor menciona que em alguns casos os homens também eram utilizados com essa finalidade. Há de ser observado também, que apesar dos escravos não possuírem direito ao casamento, existiam grandes famílias deles. Essas relações ocorriam, normalmente, entre escravos que pertenciam a um mesmo senhor. Concessões como reuniões e festas eram permitidas pelos senhores. Sendo essas, uma forma que o proprietário encontrava de mostrar sua tolerância e evitar que os seus escravos se virassem contra ele.
O autor nos mostra ainda que o trabalho do escravo, juridicamente, ocorria de três formas, cabendo ao proprietário decidir qual a melhor o convinha. O que distinguia essas formas de trabalho era concessão de mais ou menos “autonomia” que o escravo tinha para servir ao seu patrão. Na primeira forma o proprietário exercia controle direto, sem nenhuma interferência jurídica; a segunda forma o proprietário concedia ao escravo bens, que continuavam a pertencer ao senhor, mas o escravo podia usufruí-lo (pecúlio); e a terceira e última forma é a “preposição”, forma pela qual o senhor deixava o escravo encarregado de explorar um de seus bens, ficando com os lucros. Independente da forma adotada, o senhor era sempre beneficiado.
Por fim, o autor descreve que algumas situações em que os escravos podiam ser libertados. Sendo destacado pelo que autor que em Roma, independente da forma como o escravo fosse considerado livre, ele adquiria a cidadania de seu antigo senhor. Esse fator, liberdade e cidadania, fez com que muitos escravos resistissem ao seu sofrível destino, demonstrando que em Roma a libertação era uma forma de ascensão social.
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