Os Novos hábitos De Consumo Da Classe C

Este trabalho ira mostrar como foi de grande importância para o mercado financeiro brasileiro a imersão da classe C.

A ascensão da classe C deu-lhes poder aquisitivo, possibilitando a consumo de bens que antes pertencia à classe média alta, tornando-se hoje como foco do crescimento sócio econômico.

As empresas para conquistar os novos consumidores, surgem com um turbilhão de promoções, vantagens, sejam elas no ramo alimentício, estético, vestuário, ou planos oferecendo viagens com pagamentos em longo prazo, criando marketing para atrair os novos consumidores que tem hábitos e gostos diferenciados.

Consumidores que aprenderam a pechinchar e não aceitam o produto antes de muita analise, pois hoje tem o poder da compra nas mãos e estão no centro do crescimento sócio econômico.

Fica evidente que dada às particularidades que envolvem a classe C, ela não pode ser analisada apenas sob a ótica de um ramo de conhecimento, é imprescindível que para esta ação, sejam utilizados conhecimentos principalmente as disciplinas aplicadas, tais como a sociologia, a psicologia social, da filosofia e dos fundamentos do serviço social. Pois, essa perspectiva, é capaz de deslumbrar o dinamismo o ‘aquecimento’ que a classe C ela dá a economia nacional adquirindo cada vez mais bens de consumo, graças ao fortalecimento do seu poder de compra, e poder então usufruir dos nossos direitos como consumidor.

2- DESENVOLVIMENTO

A população brasileira, que pertence à classe média C, ocupa hoje mais da metade da população, este crescimento se deu graças aos incentivos das politicas públicas do governo federal e ao esforço pessoal da cada cidadão em busca do conhecimento educacional e profissional, este foi um dos sinais que alavancou o crescimento da classe C, foi à ampliação da educação profissional, aliada a busca pelo ensino superior, se desdobrando em trabalhar durante o dia e fazer um curso a noite, isto mostra o lado trabalhador e o investimento no profissional para se obtiver uma melhor renda.

O plano real foi a peça chave que deu início a este crescimento no começo tímido, depois de alguns anos com alguns reajustes e melhorias na politica pública, o Brasil inicia-se um período de progresso social.

Com a alteração dos hábitos de consumo no país, surge um grande desafio empresarial de como lidar com o avanço avassalador da classe C. No objetivo de agradar e ganhar os novos consumidores as empresas vem se colocando de ponta a cabeça em vários dogmas sobre práticas de comércio e marketing no ambiente empreendedor. Indústrias e comércio dos mais diversos segmentos da economia vêm se inovando

e investindo em busca de atender as preferências e necessidades de um público de hábitos diferenciados, com isto passam a assumir as primeiras posições no mercado de sua atuação.

Impulsionados pelo aumento de renda da classe C, empresas estrangeiras chegam ao Brasil comprando marcas nacionais tradicionais do setor de alimento e bebida como Ypióca e a Yoki, as empresas estrangeiras procuram mercados emergentes para frear a derrocada dos tradicionais. A mudança na lei do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) serviu como um empurrão para operações deste tipo.

“O Brasil está extremamente atrativo para o investimento estrangeiro e continua, mesmo com a crise, como um mercado potencialmente ativo. Ele sai fortalecido neste contexto internacional. As empresas anteciparam as transações, mais elas não deixaram de acontecer Comenta o sócio da consultoria KPMG. Alexandre Pierantoni”.

Este interesse pelo Brasil parte do pressuposto da nova ordem econômica mundial com base no consumo de bens e materiais. Nesta perspectiva a classe C chama a atenção de indústrias e de investidores internacionais pelo seu alto poder de consumir estes mesmos bens e matérias.

Portanto é relevante um posicionamento critico quanto a esta ascensão da classe C, no sentido de uma não contemplação unanime da sociedade brasileira. Lançando mão desta reflexão partimos para os direitos dos cidadãos, esta ascensão poderia ser estendida a todos os brasileiros.

Com base nas pesquisas e das entrevistas feitas, numa perspectiva sociológica, a ascensão da classe C e D se deve a consolidação dos direitos garantidos na prática. Esta ascensão ocorre após muitas lutas e reivindicações feitas pela sociedade e após um longo processo de estruturação política na efetivação das políticas públicas brasileira. Política essa, com o foco no real significado etimológico da palavra política (Grego politiká, assuntos públicos, ciência política).

No entanto, esta ascensão da classe C e D são ainda pouco significativas e nem pode ser pensada na visão sociológica marxista, numa característica de revolução, pois se consolidou por meios de interesse da classe dominante em querer mais uma classe na participação em massa dos bens de consumo.

O que detectamos nas entrevistas em mais de 90% das pessoas, adquiriram novos recursos e tiveram acesso a bens materiais e de consumo que não tinham antes num período de 10 anos. Porem é de se pensar que ainda existem muitas pessoas que não tem este acesso a estes bens, mostrando um abismo entre estas classes citadas acima e as mais pobres.

Na concepção de Marx este ponto é negativo, para ele a luta de classe contemplaria a todos e a ascensão deveria ser unanime, contudo não ocorre no caso do Brasil. E notório que o foco é o consumo e serve de modo geral como um dos indicadores que se baseiam as pesquisas da sociedade atual. Perpetuando assim o sistema capitalista.

O que também é de grande relevância discutir na visão sociológica desta ascensão de classe é o paradoxo deste fato social: apesar de termos a significativa melhoria na conjuntura da política em contemplar a população menos favorecida e de classe baixa, percebe-se a necessidade de fazer muito mais para uma melhora efetiva e emancipatória