Os Três Modelos De Administração Pública: Patrimonialista, Burocrática E Gerencial/NGP.
Trabalho Universitário: Os Três Modelos De Administração Pública: Patrimonialista, Burocrática E Gerencial/NGP.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: franze.gurgel • 27/6/2014 • 679 Palavras (3 Páginas) • 722 Visualizações
Matias-Pereira (2010) define administração pública como “o aparelho
do Estado organizado com a função de executar serviços, visando à satisfação
das necessidades da população”. O mesmo autor diz que, “em outras palavras,
é um conjunto de atividades destinadas à execução de obras e serviços,
comissionados ao governo para o interesse da sociedade”.
Não se trata aqui de discutir as diferentes acepções de “administração
pública” segundo a doutrina. O nosso foco é bastante pragmático para a prova:
administração pública é o aparelho do estado que executa e põe em
prática as políticas e serviços disponibilizados pelo governo.
De modo amplo, existem três formas sob as quais essas estruturas
administrativas são tipicamente administradas: a patrimonialista, a burocrática
e a gerencial.
Logo após o surgimento dos Estados nacionais, os bens do soberano
não se separavam das propriedades públicas, representando uma só coisa.
Neste período, era comum o uso da coisa pública em favor dos monarcas.
Tratava-se do modelo patrimonialista da administração pública, onde o
Estado era usado como uma extensão das posses do monarca.
Sem a clara separação entre a res pública e a res principis
(propriedade
pública
e
propriedade
do
soberano),
na
administração
patrimonialista eram comuns coisas como o uso de imóveis públicos pelos
governantes. Além disso, sob
esse
modelo, os cargos públicos eram
preenchidos de acordo com a vontade pessoal do governante, sendo muitas
vezes utilizados como forma de presentear indivíduos que suportavam o
regime, o que favorecia a corrupção.
Durante a segunda metade do século XIX, Max Weber cria o modelo
da administração pública burocrática, como resposta à evolução das
demandas
da
população
sobre
o
Estado.
Este
deveria
possuir
como
característica uma clara separação entre o que é público e o que é privado, em
contraponto ao enfoque patrimonialista.
Para atingir este propósito, baseado na concepção de burocracia de
Max
Weber,
desenhou-se
uma
administração
formalista,
centrada
nos
procedimentos a serem seguidos e na hierarquia das decisões. Houve um
avanço em relação ao patrimonialismo, uma vez que o nepotismo e a
corrupção típicos deste modelo poderiam ser evitados se as formalidades
estabelecidas fossem cumpridas. Com o excesso de formalidades necessárias
ao cumprimento deste objetivo, surgiram disfunções na burocracia, que
também não conseguia atender aos anseios da população.
Vamos rever quais são as disfunções da burocracia:
1. A internalização das regras e o apego aos regulamentos:
as regras e regulamentos, por serem tão importantes, deixam
de ser meios e passam a ser o próprio objetivo da organização;
2. Excesso de formalismo e de papelório: A necessidade de
documentar tudo faz com que haja excesso de formalismo e de
papelório acumulado pela organização;
3. Resistência às mudanças: Como tudo na burocracia é
padronizado, o funcionário se acostuma aos padrões pré-
estabelecidos e fica mais difícil implementar mudanças na
organização, quando isto se faz necessário. As pessoas tendem
a resistir às mudanças e classificá-las como desnecessárias;
4. Despersonalização
dos
relacionamentos:
Como
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