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Pela Qualidade Social da Escola Pública Brasileira

Por:   •  19/4/2018  •  Ensaio  •  1.736 Palavras (7 Páginas)  •  292 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETINANO

Licenciatura em Computação

PELA QUALIDADE SOCIAL DA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA

Portfólio 10ª Semana

Tiago Antonio da Silva,

RA: 8018353

Trabalho apresentado na disciplina de Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica,do Centro Universitário Claretiano. Prof. Alexandre José Cruz.

Batatais

2016


SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        QUALIDADE DO ENSINO        3

3.        QUALIDADE SOCIAL DO ENSINO        5

4.        CONSIDERAÇÕES FINAIS        5

REFERÊNCIAS        7


  1. INTRODUÇÃO

        

        A qualidade do ensino é um tema recorrente nos debates no meio acadêmico. Neste projeto de prática serão abordados os conceitos de qualidade do ensino e qualidade social do ensino.

        O estudo é feito por meio da revisão bibliográfica da indicada na atividade com o objetivo de comparar os dois conceitos do ponto de vista de autores diferentes. Assim, espera-se que as diferentes visões promovam uma visão que norteie a implantação desses conceitos em escolas da educação básica.

        Ao fim desse projeto, nas considerações finais, serão confrontadas minhas experiências nos anos do ensino básico com os conceitos abordados no projeto.

        

  1. QUALIDADE DO ENSINO

        

        Na revisão bibliográfica foram encontrados os conceitos de qualidade de ensino nos estudos de Dourado (2009) e Silva (2009). Ambos consideram a qualidade de ensino como uma questão une diferentes atributos, situações e agentes.

        Como proposto por Dourado (2009) a escola de qualidade deve considerar a dimensão socioeconômica e cultural, já que a educação e dá no espaço social do aluno, no espaço de pluralidade sociocultural. Devem ser propostas ações para superar as desigualdades sócioeconomicas-culturais.

        Diante dessas afirmações Silva (2009) atenta para que os métodos e indicadores quantitativos empregados até hoje no Brasil, para medir a qualidade do ensino não são suficientes:

A avaliação quantitativista constituiu um dos instrumentos para adaptar o sistema educacional brasileiro à nova ordem global instituída nos anos de 1990. Fonseca e Oliveira (2005) mostram que foram implementadas mudanças de cunho gerencial, voltadas para a modernização do aparato burocrático, cujo objetivo central era imprimir eficiência ao desempenho do Estado.

        Observou-se que, muito além dos indicadores quantitativos, as relações entre os alunos e o corpo docente e outros funcionários da escola por exemplo também são elementos que compõe a qualidade do ensino.

        Os autores também definiram que o financiamento público é muito importante para melhorar o ambiente escolar. Usando na infraestrutura da escola, formação de professores, por exemplo, como conceituado por Dourado (2009):

[...] a estrutura e as características da escola, em especial quanto aos projetos desenvolvidos, o ambiente educativo e/ou clima organizacional, o tipo e as condições de gestão, a gestão da prática pedagógica, os espaços coletivos de decisão, o projeto político-pedagógico da escola, a participação e integração da comunidade escolar, a visão de qualidade dos agentes escolares, a avaliação da aprendizagem e do trabalho escolar realizado, a formação e condições de trabalho dos profissionais da escola, a dimensão do acesso, permanência e sucesso na escola, entre outros, são aspectos que traduzem positiva ou negativamente a qualidade da aprendizagem na escola;

E Silva(2009) completa com:

        

É preciso levar em conta que, às questões que envolvem domínio de conhecimentos, códigos, linguagens e raciocínio lógico, próprios da natureza da formação escolar, somam-se outras, como vida familiar, ambiência cultural, condições de transporte, de alimentação, acessibilidade a livros diversos, hábitos de leitura, acesso a equipamentos tecnológicos, que, juntos, constituem a amplitude da formação. Por opção política, esses últimos elementos não são considerados nos critérios de avaliação.

        Dessa forma, percebe-se que a qualidade do ensino está muito além do domínio técnico das disciplinas. Minimizar as desigualdades socioeconômicas e integrar a família do ano na comunidade escolar são fatores decisivos na qualidade do ensino, além da inserção sociocultural de alunos a margem da cultura predominante. Nota-se que a estruturação do espaço da escola e a capacitação dos professores são elementos estratégicos, mas que dependem de financiamento público de qualidade, demandando então ações dos gestores centrais.


  1. QUALIDADE SOCIAL DO ENSINO

        No tópico anterior abordou-se o conceito de qualidade do ensino, onde percebe-se que muitos agentes e fatores estão envolvidos, e então surge a necessidade de atender, incluir e prover o ensino de qualidade para todos os alunos. Assim, Dourado (2009) define que a qualidade social do ensino é a qualidade da educação para todos. Garantindo acesso de todos a atualização histórico-cultural, com uma formação crítica, ética e solidária.

        Silva(2009) vai além e explica a dimensão social da escola e como a qualidade de ensino deve ser implementada na comunidade escolar como um todo:

A qualidade social da educação escolar não se ajusta, portanto, aos limites, tabelas, estatísticas e fórmulas numéricas que possam medir um resultado de processos tão complexos e subjetivos, como advogam alguns setores empresariais, que esperam da escola a mera formação de trabalhadores e de consumidores para os seus produtos. A escola de qualidade social é aquela que atenta para um conjunto de elementos e dimensões socioeconômicas e culturais que circundam o modo de viver e as expectativas das famílias e de estudantes em relação à educação; que busca compreender as políticas governamentais, os projetos sociais e ambientais em seu sentido político, voltados para o bem comum; que luta por financiamento adequado, pelo reconhecimento social e valorização dos trabalhadores em educação; que transforma todos os espaços físicos em lugar de aprendizagens significativas e de vivências efetivamente democráticas.

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