Pensamento Científico

Estudar controvérsias científicas nos serve não para erradicarmos pensamentos passados ou vangloriarmos de nosso pensamento atual, mas sim para estudarmos a história da ciência e compreender o pensamento de épocas anteriores! A arrogância de certos cientistas ao desvendar ou até mesmo redescobrir novas teorias, não os leva a conclusão nenhuma, apenas agrada a sua própria satisfação pessoal.

É fato que, certas teorias vistas hoje, são absurdas, como se pensarmos como Lamarck pensava ao publicar sua teoria sobre a lei do uso e desuso. Porém, sem tal teoria não haveria outros pensadores para tentar desbancar esta teoria e propor uma nova em seu lugar: mais coerente com o pensamento contemporâneo. Quem sabe daqui a 100 anos não desbanquem a teoria evolucionista de Darwin e proponham uma nova em seu lugar? Não pelo simples fato de derrubar Darwin, mas sim pelo modo de pensamento atual, que levou o pensamento cultural a um novo desdobramento.

Crucificar cientistas anteriores é ignorar a evolução da ciência e sua própria evolução de pensamento. Sem tais teorias “errôneas” não poderíamos pensar que a Terra é redonda ou que o Homem pode ser um macaco com modificações. Estas teorias respaldam novas chances de acertar e errar. O que importa é que a cada nova teoria temos nova chance de indagar sobre ela.

Devemos lembrar sempre que a ciência não é um pensamento imutável, cheio de certezas e arrogante. A ciência é uma provável explicação dos acontecimentos e relações entre os serves vivos e o planeta. Relações estas que seguem padrões, mas nem sempre são ou serão explicáveis!

Há os que defendem que até o destino ou o acaso tenham um padrão para ocorrer e determinar estas relações, porém até estes sempre iniciam seu pensamento com o provável ou o possivelmente… As teorias podem ser então ciência, probabilidade ou possibilidades, porém jamais podem ser consideradas a certeza da arrogância!

Como Sócrates já dizia: “Só sei que nada sei”.