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Pensamento Científico e Senso Comum

Por:   •  12/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  381 Palavras (2 Páginas)  •  364 Visualizações

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Título: ILHA DAS FLORES

Autor: JORGE FURTADO

Ano: 1989

INTRODUÇÃO

O documentário “Ilhas das Flores”, de Jorge Furtado produzido em 1989, demonstra uma terrível situação em que o ser humano é submetido, causado pela máquina consumista que a sociedade se tornou. A ideia do curta é mostrar como sobrevivem os habitantes da Ilha das Flores, seguindo uma pequena linha de produção de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, onde encara o processo de geração de riqueza e das desigualdades que surgem no meio do caminho. Mulheres e crianças, num tempo de 5 minutos, garantem a sobra dos porcos (que também já é sobra de outros) a sua alimentação, colocando-os em uma escala, abaixo dos porcos.

DESENVOLVIMENTO

O curta contém incríveis informações reais sobre uma pequena sociedade, e ao mesmo tempo, relata uma trajetória fictícia de um tomate, desde a plantação, colheita, venda no mercado, rejeitado para uma refeição (em alguns critérios não estava em boas condições de consumo), jogado no lixo, levado para Ilha das Flores, rejeitado pelos porcos, e finalmente encontrado por uma criança faminta. Durante todo esse percurso, também são explicados vários outros conceitos para implementar o objetivo do documentário, como, a diferença dos japoneses, diferenças entre os mamíferos e os seres humanos, surgimento do dinheiro, e vários outros.

CONCLUSÃO

A desigualdade social e toda desumanidade são provocados por um sistema onde cada um vive em seu egocentrismo, fingindo não ver a realidade, homens explorando homens, esquecendo-se do afeto e solidariedade entre seus semelhantes. Por isso o autor afirma no início do curta-metragem que Deus não existe ali. Tanta exploração e miséria humana, onde se torna tudo natural para uma sociedade “evoluir”, e não precisa procurar muito para se encontrar com uma situação semelhante, basta observar a sua volta.

ANÁLISE

O progresso tem um sistema cruel, e o ser humano em meio a todo esse processo, passa ser de um lado o responsável pelos atos de extrema frieza e insensibilidade em prol do seu próprio sucesso, de outro, vítima da própria crueldade do sistema, vivendo momentos de puro desprezo, injustiça, maus tratos,e subserviência a troco de “nada”. É um absurdo ver a situação de sobrevivência de pessoas que ficam as margens do humanismo, não podendo nem ser agraciadas com uma simples refeição de qualidade.

Estamos vivendo numa sociedade onde a divergência é a palavra predominante.

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