Pescas no estado do Amazonas
Projeto de pesquisa: Pescas no estado do Amazonas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rahissaferreira • 10/2/2015 • Projeto de pesquisa • 3.648 Palavras (15 Páginas) • 288 Visualizações
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. ESTUDO DE MERCADO 5
3. PLANEJAMENTO 6
4. LOCALIZAÇÃO E ÍNDICES PARA CÁLCULO DE PRODUTIVIDADE 6
5. AVALIAÇÃO FINANCEIRA 12
6. INVESTIMENTO FIXO 12
6.1.CUSTO FIXO DO CICLO 13
6.2.CUSTO VARIÁVEL DO CICLO 14
7. RECEITA OPERACIONAL 14
7.1.EXEMPLO 1 14
7.2.EXEMPLO 2 15
8. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ANUAL 15
8.1.PONTO DE EQUILÍBRIO 16
8.2.INVESTIMENTO INICIAL 16
8.3.TAXA DE RETORNO DO INVESTIMENTO 17
8.4.Prazo de Retorno do Investimento 17
9. DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO 18
10. PARÂMETROS TÉCNICOS DO CULTIVO 19
11. LEGISLAÇÃO 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20
ANEXO 1 – TABELA DE CALCULO DE FINANCIAMENTO PELO SISTEMA PRICE 21
ANEXO 2 – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE 22
1. INTRODUÇÃO
A piscicultura no Estado do Amazonas é uma área do agronegócio que vem crescendo em ritmo acelerado nos últimos cinco anos. Este crescimento acompanha uma tendência mundial de profissionalizar a atividade, como já ocorreu em outras atividades pecuárias como a criação de aves, suínos e bovinos (GONÇALVES, 2005; IGLÉCIAS, 2007).
Dentre os peixes regionais, o tambaqui (Colossoma macropomum) e o matrinxã (Brycon amazonicum), merecem destaque devido a sua grande aceitação no mercado e a facilidade que possuem para adaptar-se aos ambientes de cultivo. Essas espécies possuem tecnologia de propagação artificial, e cadeia produtiva estabelecida, fatores que favorecem a consolidação da atividade (SUFRAMA, 2003; NUNES et al., 2006).
O tambaqui (Colossoma macropomum Cuvier, 1818), peixe herbívoro com tendência à onivoria, tem importante papel na alimentação da população da cidade de Manaus, representando mais de 40% de todo o pescado vendido nos mercados e feiras. Devido a sua incessante demanda, é a espécie mais cultivada na região (ARAUJO-LIMA; GOULDING, 1998).
A piscicultura destas duas espécies despertou o interesse empresarial devido à rentabilidade que seu cultivo apresenta, podendo alcançar taxas de retorno acima de 40%, por safra de comercialização, e período de recuperação do capital abaixo de três anos (MELO et al., 2001).
Existem diversos fatores que favorecem a sólida rentabilidade da piscicultura na Amazônia: clima favorável, espécies nativas de grande porte e grande oferta de recursos hídricos (PEREIRA-FILHO, 1995). Tradicionalmente, a forma mais comum de cultivo de peixes é por meio do sistema semi-intensivo, que representa cerca de 70% da produção mundial (TACON; DE SILVA, 1997). Esse sistema está normalmente associado a uma pequena vazão de água, visto a importância da retenção de nutrientes para a produtividade primária do viveiro (ZANIBONI-FILHO, 1997).
Se por um lado, há um surgimento de equipamentos varejistas especializados no consumo do produto in natura, como: supermercados, hipermercados, peixarias e restaurantes; também podemos considerar oportunidades relacionadas à demanda por processados, onde, o valor agregado é crucial e determinante para a conquista dos mercados mais exigentes. Ainda, com o aumento de frigoríficos na região, os piscicultores podem vender sua produção de uma só vez, trazendo vantagens econômicas e logísticas para a cadeia produtiva (RISSATO, 1993; SLACK et al., 1999).
Atualmente, o cultivo de tambaqui em viveiros semi-escavados com fundo de argila oferece algumas vantagens, em comparação ao cultivo em barragem, tais como: maior produção de biomassa por unidade de volume, menor probabilidade para o aparecimento de patologias entre os animais, maior rapidez na operação de despesca, facilidade no arraçoamento, maior observação dos peixes, dentre outros.
Entretanto, se faz necessário comparar os fatores econômicos das duas formas de cultivo para que se possa afirmar o que é economicamente vantajoso para a criação do tambaqui na Amazônia. O objetivo deste trabalho foi realizar um planejamento para implantação e condução de uma piscicultura de tambaqui em viveiro escavado no município de Parintins, fazendo o comparativo do desempenho econômico da produção de tambaqui entre os dois tipos de cultivo mencionados, identificando fatores que possam dirimir dúvidas e incentivar uma maior produção desta espécie e estabelecendo como meta a produção de duas toneladas mensais.
2. ESTUDO DE MERCADO
As perspectivas da introdução dos exemplares de tambaqui, no mercado internacional são extremamente promissoras, considerando-se que diversos criadores importam alevinos para criação e posterior venda, já que são de custos relativamente baixos e largamente aceitos pelas classes média e pobre que compõe a maioria da população destes países.
Já o mercado nacional é caracterizado por apresentar uma demanda insatisfeita. Esta demanda é proporcionada pelos melhores níveis de renda “per capita” e pela aceitação do peixe como alimento rico em proteínas. Assim, faz-se necessária uma ampliação na produção de peixes, através de um processo sistematizado, capaz de atender ao atual mercado insatisfeito.
O mercado regional, por sua vez, é caracterizado pela existência de uma grande demanda potencial, pois a utilização de formas tradicionais para se obter o pescado tem limitado a produção do produto.
3. PLANEJAMENTO
Serão construídos dez viveiros de 50 x 100 (5.000 m²), para engorda e um de 20 x 50 (1.000 m²) para alevinagem, ou seja, 6.000 m², ou 6 ha de espelho d’água. Serão abastecidos pela água do açude que se deslocará por gravidade. A tubulação de tomada de água para o viveiro possui tela para evitar a entrada de peixes estranhos. A saída da água terá lugar em um ponto oposto à entrada da mesma.
Neste projeto, cada viveiro receberá 2.500 tambaquis. Vale esclarecer que esta densidade de estocagem está dentro dos padrões exigidos para essas espécies, conforme experimentos
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