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Principais Teóricos Da Sociologia

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Por:   •  29/1/2014  •  4.749 Palavras (19 Páginas)  •  1.104 Visualizações

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Principais Teóricos da Sociologia

AUGUSTE COMTE (1798 – 1857)

“O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim.”

Comte, filósofo francês, nasceu em Montpellier, na França, onde fez os seus primeiros estudos. Em 1814 ingressou no curso de medicina na Escola Politécnica de Paris. Ficou conhecido da intelectualidade francesa depois que foi secretário do socialista Saint-Simon, de quem mais tarde viria a romper a amizade, por divergências ideológicas. O jovem secretário tinha como tarefa transformar em textos o pensamento do mestre. No entanto, começou a desenvolver ideias próprias, entrecruzando-as com aquelas que deveria reproduzir. É dessa época a primeira e mais sintética fórmula positivista: “Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto”.

Assim, passou a estudar as possibilidades de esboçar em teoria, um modelo ideal de sociedade organizada. Criou, então, a corrente de pensamento chamada "Positivismo".

Em 1822, publicou "Plano de Trabalhos Científicos para Reorganizar a Sociedade". Em 1830, iniciou o livro "Curso de Filosofia Positiva", concluído em 1842. Em 1848, criou uma Sociedade Positivista, que teve muito adeptos e influenciou o pensamento de teóricos por todo o mundo. Institui o "Calendário positivista" (cujos santos são os grandes pensadores da história), forjou as divisas "Ordem e Progresso", "Viver para o próximo", "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", e fundou numerosas igrejas positivistas (ainda existem algumas no Brasil).

No Brasil, o positivismo foi muito bem aceito, encontrando terreno fértil a partir de 1850, através de teses de doutorado da Escola de Medicina e da Escola Militar e de estudantes brasileiros que retornavam da França (alguns foram alunos de Comte), tendo essa teoria filosófica se firmado no país em 1870 quando passou a subsidiar as discussões políticas, principalmente, entre os militares. As ideias do positivismo inspiraram até a inscrição da bandeira brasileira: "Ordem e Progresso". As ideias de Comte inspiraram o exército brasileiro e a proclamação da República do Brasil, em 1889.

Comte escreveu outro ensaio, bem mais célebre, no qual são desenvolvidos princípios positivistas. Intitulava–se Plano dos Trabalhos Científicos Necessários para Reorganizar a Sociedade (1822) ou, simplesmente, Opúsculo Fundamental. Desenha-se, nesse ensaio, um vasto plano para reorganizar a sociedade francesa mergulhada na crise e na anarquia posteriores à Revolução Francesa.

• Comte – o Fundador da Sociologia

A herança da revolução francesa, de uma nova e conturbada sociedade emergente, com novas classes sociais e novos conflitos, levou Auguste Comte, em seu 5º volume do curso de filosofia positiva (1830 –1842), a examinar a solicitação por uma disciplina dedicada ao estudo científico da sociedade. Comte quis chamar esta disciplina de “Física social” para enfatizar que estudaria a natureza fundamental do universo social, mas ele foi praticamente forçado a determinar o termo híbrido greco-latino, Sociologia.

No entanto, “as múltiplas controvérsias entre os sociólogos” praticamente desaparecem quando se trata de determinar a “paternidade” dessa disciplina. Quase todos eles concordam que a Sociologia começa com a obra de Auguste Comte. “Além de cunhar o nome da nova ciência, foi de Comte a primeira tentativa de definir o seu objeto, seus métodos e problemas fundamentais, bem como a primeira tentativa de determinar-lhe a posição no conjunto das ciências”. (GALLIANO, 1981)

O problema central para a Sociologia era aquele que tinha sido articulado pelos pensadores mais antigos do iluminismo: como a sociedade deve ser mantida unida quando se torna maior, mais complexa, mais variada, mais diferenciada, mais especializada e mais dividida? A resposta de Comte foi de que as ideias e as crenças comuns precisavam ser desenvolvidas para dar a sociedade uma moralidade “universal”. Essa resposta nunca foi desenvolvida, mas a preocupação com os símbolos da cultura como uma força unificadora para manter a essência do conceito sociológico francês, existe até os dias de hoje.

Uma tática que Comte empregou para fazer com que a Sociologia parecesse legítima foi elaborar o mais célebre de todos os seus conceitos, a Lei dos Três Estados, na qual o conhecimento está sujeito, em sua evolução, a passar por três estados diferentes.

• A Lei dos Três Estados

Para Comte "as ideias conduzem e transformam o mundo" e é a evolução da inteligência humana que comanda o desenrolar da história. Comte pensa que nós não podemos conhecer o espírito humano senão através de obras sucessivas - obras de civilização e história dos conhecimentos e das ciências - que a inteligência alternadamente produziu no curso da história. O espírito não poderia conhecer-se interiormente (Comte rejeita a introspecção, porque o sujeito do conhecimento confunde-se com o objeto estudado e porque pode descobrir-se apenas através das obras da cultura e particularmente através da história das ciências). A vida espiritual autêntica não é uma vida interior, é a atividade científica que se desenvolve através do tempo. Dessa forma, a expressão “o espírito humano” significa, bem restritamente, “conhecimento científico”.

Segundo o positivismo, o espírito humano necessariamente se desenvolveu no decorrer de três fases ou estados: o teológico, o metafísico e o positivo. O estado teológico permaneceu enquanto a humanidade, por meio de seus sábios, fazia poucas observações realmente positivas, ou seja, fundadas em observações efetivas dos fenômenos naturais. Naquele estágio inicial das ciências, para explicar as leis que regem os fenômenos naturais, os sábios recorreriam a “agentes sobrenaturais”. Mas, ao menos provisoriamente, as explicações teológicas ajudaram a inteligência humana a sair do estado de torpor e debilidade, próprio da ignorância primitiva, e se aventurar em novas observações, em busca de novos conhecimentos.

O segundo momento ou estado do desenvolvimento das ciências é chamado pelo positivismo de “metafísico”. Na história do espírito humano, o estado metafísico teria ocorrido quando a ciência fazia tentativas de ligar os fatos por meio de ideias que não são completamente sobrenaturais, mas que não são inteiramente naturais e que são causados por “entidades ou abstrações personificadas”. Por exemplo, para explicar os fenômenos observados no mundo

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