Problemas Sociais No Brasil

Humilhação social e invisibilidade pública

A invisibilidade pública, é o desaparecimento de um homem no meio de outros homens, é expressão pontiaguda de dois fenômenos psicossociais que assumem caráter crônico nas sociedades capitalista: Humilhação social e reificação.

A invisibilidade pública é resultado de um processo histórico de longa duração. Rebaixa a percepção de outrem, especialmente a percepção de alguém vinculada à forma baixa do trabalho assalariado, o trabalho desqualificado, alienado e alienante. Como assina Gonçalves Filho:

A invisibilidade pública é expressão que reúne diversas manifestações de um sofrimento político:

A humilhação social, um sofrimento longamente aturado e ruminado por gente das classes pobres. Um sofrimento que, no caso brasileiro e vários gerações, atrás, começou por golpes de espoliação de servidão que caíram pesados sobre nativos e africanos, depois sobre imigrantes baixo-salariados: a violação da terra, a perda de bens, a ofensa contra crença, ritos e festas o trabalho forçado a dominação nos engenhos ou nas fazendas e nas fabrica.

Segundo Gonçalves Filho, salvo raras exceções, “O homem só empreende em investir nas questões sociais, quando estas lhe são conveniente de algum modo ou lhes reverta em algum benefício, além de abordar sobre a desvalorização gradativa do ser humano pelo que simplesmente é...“

(José Moura Gonsalves Filho - humilhação social e invisibilidade pública in: Costa Fernando Braga.- Homens Invisíveis: relatos de uma humilhação social. São Paulo, 2004, pp22.)

A desigualdade e a invisibilidade social na formação brasileira

Ava Carneiro da Silva Carvalho

O artigo construído com uma interlocução entre dois autores, o sociólogo Jessé Souza e o psicólogo Fernando Braga da Costa. Eles discutiam em suas obras a invisibilidade de autores sociais envolvidos, e encobertos, pela desigualdade historicamente constituída na sociedade brasileira.

Ao longo do projeto desse autor pelo desenvolvimento de uma teoria social crítica para explicar a modernidade periférica e a elaboração de uma alternativa teórica em relação aos paradigmas do personalismo e patrimonialismo. Segundo Jessé Souza (2000), autores da clássica sociologia brasileira como Sergio Buarque de Hollanda, Raimundo Faoro e Roberto DaMatta. O autor Jessé Souza segue fiel a sua tentativa de criar um quadro explicativo da formação da identidade brasileira