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Quando o sociólogo quer ser professor - Resenha

Por:   •  13/4/2021  •  Resenha  •  657 Palavras (3 Páginas)  •  792 Visualizações

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A revista Espaço Aberta entrevistou o sociólogo François Dubet em 1997. A entrevista “Quando o sociólogo quer saber o que é ser professor” relata sobre a experiência de Dubet como professor de história e geografia em uma escola da periferia de Bordeaux na França, o mesmo trabalhou por um ano nesse colégio. Dubet se propôs a vivenciar na escola francesa os dilemas da juventude marginalizada. A entrevista foi concedida à Angelina Peralva e Marilia Sposito, onde as mesmas fazem perguntas ao entrevistado sobre a vivência de Dubet na escola francesa contemporânea.

Em primeira análise, Dubet fala suas principais razões e motivações que o fizeram decidir lecionar para alunos do ensino fundamental. A primeira razão era a curiosidade do francês para saber as compreensões da insatisfação dos professores em relação ao ensino, pois os mesmos alegavam possuir muitas dificuldades e impossibilidades para trabalhar. A segunda razão foi sua participação em uma reunião sociológica com um grupo de professores. Dubet argumentou que duas professoras apresentaram uma resistência em relação ao francês, uma delas chegou até a escrever uma carta que o criticava por não lecionar. Essas foram as razões que o motivaram a querer dar aulas.

Em seguida, é relatado a experiência das primeiras duas semanas de Dubet na escola, é dito que os professores foram receptivos e dispuseram muito apoio e simpatia. Portanto o sociólogo apresenta as dificuldades que os professores passam em sala de aula “É extremamente cansativo dar aula já que é necessário a toda hora dar tarefas, seduzir, ameaçar e falar” “Aprendi que para uma aula que dura uma hora, só se aproveitam vinte minutos.”. (DUBET, 1997, p.223). O professor precisa sempre inovar e trazer novas atividades, a fim de chamar atenção dos alunos e mantê-los em sala de aula, incentivando o interesse dos alunos. Os esforços não são somente dos professores, mas também dos alunos, pois os mesmos devem ser organizados e preparados para o ensino em sala de aula.

Sob a dificuldade de dar aulas para adolescentes indisciplinados, Dubet propôs uma técnica que ele a intitulou de “golpe de estado” que basicamente era punições aos alunos inquietos, assim comunicando seus pais perante a desordem dos adolescentes. Após isso, a convivência se tornou melhor em relação a antes do golpe de estado, os alunos ornaram-se afetivos em relação ao Dubet. De acordo com Dubet (1997) há várias formas de estabelecer uma boa relação com os estudantes, basta conquistá-los de maneira educativa. O sistema educacional de ensino é feito para um aluno que não existe, um estudante gênio. O sistema não está apto para pesquisar a origem e as condições dos alunos. Isso é uma realidade existente também nas instituições de ensino básico no Brasil.

O sociólogo fala sobre a pedagogia, que o ensino pedagógico não deve ter separação da personalidade “A pedagogia é uma técnica da operacionalização da personalidade. (DUBET, 1997, p. 226). Os métodos escolhidos pelos professores são individuais, pois cada professor se adequa a um método, de acordo com a personalidade do docente e do estilo pedagógico do mesmo.

O sistema educacional influência nos problemas psicológicos individuais dos docentes e discentes. Cada lugar, país, estado ou região possuem culturas diversas, o modelo escolar não deve ser único em todos os lugares,

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