Resenha Critica - Autoridade Do Professor
Artigo: Resenha Critica - Autoridade Do Professor. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kassiano1978 • 2/11/2013 • 696 Palavras (3 Páginas) • 1.344 Visualizações
FURLANI, Lúcia Maria Teixeira. Autoridade do Professor: Meta, Mito ou Nada Disso? 7ª edição. São Paulo, Cortez, 2001 (Coleção Questões da Nossa Época, v. 39).
Lucia Maria Teixeira Furlani é psicóloga, Doutora e Mestre em Psicologia da Educação pela PUC-SP e Diretora-Presidente do Instituto superior de Educação Santa Cecília, que mantém a Universidade Santa Cecília, em Santos. Tem vários trabalhos publicados, entre os quais os livros Autoridade do Professor: Meta, Mito ou Nada Disso?, Fruto Proibido – Um Olhar Sobre a Mulher, Paga – Livre na Imaginação, no Espaço e no Tempo, e A Claridade da Noite – Os Alunos do Ensino Superior Noturno, cujas sucessivas edições confirmam a grande repercussão obtida, não apenas entre a crítica especializada, como também junto ao público em geral. Foi distinguida com bolsas pelo CNPq e CAPES, e pelo Governo de Portugal para a Universidade de Évora. Participa como examinadora em inúmeras bancas de Mestrado e Doutorado, em renomadas universidades.
A obra AUTORIDADE DO PROFESSOR pretende por em questão a desvalorização do papel do professor no processo pedagógico, tendo como alvo a relação professor – aluno. Para isso, várias discussões sobre o ensino superior no Brasil foram feitas enfatizando-se a necessidade da qualidade e do desempenho, bem como a indagação a respeito do sentido da autoridade docente; tarefa essa que tem como objetivo construir e/ou reconstruir formas de exercícios de autoridade que responda às suas necessidades e às da sociedade democrática que se deseja concretizar.
No primeiro capítulo a autora faz uma abordagem sobre algumas evidências que cercam as relações de autoridade. Nas RELAÇÕES DE PODER a autora expressa o pensamento de autores como French e Raven e ainda Foucault sobre a noção de poder. Nas RELAÇÕES DE AUTORIDADE, segundo Furlani, é benéfico que se reconheçam as características da liderança de uma pessoa ou grupo para que se exerça a autoridade. Isso pressupõe um respeito mútuo. Em SOCIOLOGIA E PEDAGOGIA DO CONSENSO autora defende que a autoridade se estabelece para atingir os objetivos ligados à eficiência e à racionalidade instrumental. Já em SOCIOLOGIA E PEDAGOGIA DO CONFLITO aborda-se a idéia de que a Pedagogia do Conflito tem o objetivo de enfatizar o papel do poder e da contradição, voltando-se prioritariamente para suas causas. A autora encerra o capítulo falando sobre QUALIDADE DE VIDA HUMANA COLETIVA que fundamenta-se em dois valores éticos: liberdade e equidade, preservando os espaços de opção individual e promoção coletiva.
O segundo capítulo da obra tem o intuito de abordar concepções a cerca de autoridade baseada na competência. A primeira, que aborda a posição hierárquica, apresenta o professor como alguém de postura inquestionável e distante de críticas e aluno, um ser passivo, apresentando comportamentos de dependência. A segunda abordagem coloca a interação professor-aluno como um caminho de mão única: o aluno é um subordinado ao professor e este subordina-se a outras autoridades a ele hierarquicamente superiores. Na terceira abordagem, Furlani destaca o pensamento de Fromm, onde aparentemente não há autoridade, pois tudo é feito com o consentimento dos demais. A quarta concepção apresenta o professor aberto às idéias do aluno, o que possibilita a incorporação da crítica necessária à correção
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