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Questão Social: Do Começo A Contemporaneidade

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Por:   •  10/10/2013  •  853 Palavras (4 Páginas)  •  564 Visualizações

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RESUMO: O presente artigo tem como objetivo caracterizar as expressões da“questão social” e procurar desenvolver em que aspecto influenciou no surgimento do Serviço Social, no mundo e no Brasil, refletindo sobre as práticas cotidianas desenvolvidas pelos assistentes sociais na garantia dos direitos cidadãos. Assim, temos como eixos: em primeiro lugar procurar desenvolver a quetão social como enfoque , problematizar acerca das múltiplas expressões da “questão social” no Brasil contemporâneo; em segundo, discorrer sobre proteção social, políticas sociais e as famílias brasileiras; e, por fim, realizar considerações sobre as construções de redes sociais como estratégia de enfretamento da questão social por parte das famílias brasileiras.

Introdução

Na esfera social, o principal desdobramento da Revolução Industrial foi a transformação nas condições de vida nos países industriais em relação aos outros países da época, havendo uma mudança progressiva das necessidades de consumo da população, à medida que novas mercadorias foram sendo produzidas.

A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, criando enormes concentrações urbanas. A população de Londres passou de 800.000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. No início da Revolução Industrial, os operários viviam em péssimas condições de vida e trabalho. O ambiente das fábricas era insalubre, assim como os cortiços onde muitos trabalhadores viviam. A jornadas de trabalho chegava a 80 horas semanais, e os salários variavam em torno de 2,5 vezes o nível de subsistência. Para mulheres e crianças, submetidos ao mesmo número de horas e às mesmas condições de trabalho, os salários eram ainda mais baixos.

A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior. Como a produtividade do trabalho aumentava os salários reais dos trabalhadores ingleses aumentaram em mais de 300% entre 1800 até 1870, Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas semanais (10 horas diárias em cinco dias de trabalho por semana).

A concepção de questão social está enraizada na contradição capital x trabalho, em outros termos, é uma categoria que tem sua especificidade definida no âmbito do modo capitalista de produção.

A concepção de questão social mais difundida no Serviço Social é a de CARVALHO e IAMAMOTO, (1983, p.77):

“A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão”.

O processo de urbanização e industrialização deu origem ao empobrecimento da classe trabalhadora, onde o mesma acabou atingindo contornos problemáticos em especial para a sociedade burguesa,

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