Redes De Cooperação: Como Funcionam.

INTRODUÇÃO

Este trabalho final da disciplina Redes Público de Cooperação Local tem como objetivo o entendimento de como estas Redes funcionam. A Rede analisada será a População em Situação de Rua.

O conceito de Redes evoluiu ao longo dos anos, visto que vem sendo abordado na teoria organizacional desde o começo do século XX (NOHRIA, 1992). Rede é parceria voluntária para realizações de um propósito comum. Implica, nesse sentido, a existência de entes autônomos que, movidos por uma ideia abraçada coletivamente, livremente e mantendo sua própria identidade, articulam-se para realizar objetivos comuns. Serão identificados os condicionantes críticos do projeto de uma rede pública de cooperação que impactam a governança dessa rede e uma análise dos mecanismos e instrumentos de Gestão de uma rede pública de cooperação local para prestação de serviços de intervenção e de serviços sociais.

Desenvolvimento

A Governança das redes públicas de cooperação local dependem fundamentalmente das características de projeto ou de desenho, em particular, da autonomia que essa soluções organizacionais dispõem para implementar o projeto de contextos operacionais.

Os condicionantes críticos do projeto de uma rede pública de cooperação que impactam a governança de uma rede segundo o estudado são noves variáveis críticas:

 Atores envolvidos;

 Caráter das relações;

 Foco de atuação;

 Processo;

 Princípios e valores;

 Interações;

 Ambiente;

 Engajamento; e

 Racionalidade.

O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua é a unidade pública e estatal, de referência e atendimento especializado à população adulta em situação de rua, no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade do SUAS. Este Centro POP abrange toda Rede Socioassistencial do município de Juazeiro-Bahia. O centro POP é uma rede de cooperação híbrida, pois a estrutura estatal permite em instância local, a associação com as redes comunitárias de Casas de Passagem por exemplo.

A composição desta Rede é heterogênea, pois, a heterogeneidade dos parceiros é necessária para a prestação do serviço. Esta rede o tipo de relações que os seus elementos mantêm são diversas, podendo nessa rede existir relações de amizade, de parentesco, de vizinhança, etc., sem que nenhum desses tipos de relação pareça sobressair relativamente aos outros, ou seja, onde possam existir grupos dessas relações relativamente independentes uns dos outros, cada um com uma importância associada, em função do seu peso na rede total.

Esta Rede é vertical de cooperação, pois é formada por organizações diferentes, em que cada uma executa uma parte da cadeia de produção; por exemplo, o CAPS AD e o Sanatório nossa Senhora de Fátima executa sua parte.

No meu entendimento o Centro POP é uma rede autônoma com parcerias de instituição públicas, organizações não governamentais e pessoas, para realização do propósito de contribuir para melhorar a qualidade de vida dos moradores em situação de rua e para reduzir o consumo de drogas no munícipio de Juazeiro-Bahia, com uma população de aproximadamente 500 moradores de rua.

O órgão que pode ser incluído na Rede analisada é a Secretária Municipal de Saúde. Justificativa: Porquê na organização dos serviços de saúde, a população de rua ainda não se tem constituído como uma questão de intervenção mais articulada no interior de suas práticas, mesmo nas unidades de saúde localizadas na região central, onde se concentra essa população. A população de rua apresenta-se como um grupo social com dimensões quantitativa e qualitativamente novas na realidade urbana atual. Numericamente, seu crescimento vem se acentuando nos períodos de recessão econômica. Tal expressão tem dado maior visibilidade às suas demandas para diferentes setores da área social, tais como: o da assistência social, da saúde, da habitação e da segurança pública.

Analise de modelo de Gestão e estrutura básica de rede de cooperação é o IFBA, essa rede se apresenta na maioria das vezes como homogêneas ou horizontais, de acordo com a classificação de Inojosa (1999) e Amato Neto (1995), respectivamente; e como uma rede de escolas técnicas de um consórcio municipal, que também pode ser heterogênea, no caso de uma rede de pesquisa na qual cada centro ou instituição dedica-se a gerar partes de um produto mais integrado. Alternativa básica de estrutura básica é a Rede Infinitamente Plana.

Se usarmos o critério autonomia, que é o que melhor explica os modelos de gestão, podemos classificar a rede infinitamente plana como um caso de rede subordinada.

A subordinação prevista por Inojosa (1998) mostra um locus de controle normativo de conhecimento e de informação, o que pode contribuir para interdependência de objetivos, porém, preservando a autonomia de execução da prestação de serviços públicos de cada um dos entes cooperados ou parceiros.

Análise de mecanismos e instrumentos de gestão de uma rede pública de cooperação local para prestação de serviços de intervenção e de serviços sociais. Esses elementos são críticos, em virtude dos objetivos das redes de prestação de serviços sociais, pois a efetividade e o capital social somente podem ser conseguidos com a participação e o controle social pelos segmentos da sociedade interessados na prestação de serviços públicos.

O controle social é um instrumento democrático no qual há a participação dos cidadãos no exercício do poder colocando a vontade social como fator fundamental para a criação de metas a serem alcançadas no âmbito de algumas políticas públicas e para a implementação de mecanismos de fiscalização e de prestação de contas do uso dos recursos públicos.

MECANISMOS: Por serem redes exclusivamente estatais, os mecanismos de gestão são aqueles relacionados à Administração Pública quando o exercício do Poder de Polícia é normalmente previsto em leis, decretos, instruções normativas e outros, que devem ser de domínio público, isto é, têm que ser divulgados pela imprensa oficial dos municípios. Exemplos desses mecanismos são os sistemas de controle