Relatório simplificado sobre o filme
Por: luizasouzam • 27/8/2015 • Trabalho acadêmico • 1.077 Palavras (5 Páginas) • 509 Visualizações
Relatório simplificado sobre o filme Black (Índia, 2005).
Introdução:
No dia 28 de dezembro de 2013, uma quinta-feira, a professora Mara Rúbia pediu na sala de aula aos alunos presentes que assistissem filmes relacionados à matéria de Libras e em seguida sugeriu uma lista de doze filmes, os quais seriam escolhidos conforme o livre-arbítrio de cada um, para que depois fizessem um relatório sobre o longa-metragem selecionado.
Este trabalho possui como um objetivo breve e superficial relacionar o filme Black (Índia, 2005) com a vida e a educação de pessoas surdas, ainda que a protagonista não seja surda “de nascença”.
Breve análise do filme :
O filme indiano Black (2005) retrata a vida de Michelle McNally, integrante de uma família anglo-indiana que perde a sua visão e audição devido a uma doença quando era apenas um bebê de dois anos de idade, tornando-se surdo-cega.
A primeira parte do filme é baseada na famosa história de Helen Keller, que também era surdo-cega, o que é mostrado em detalhes no livro autobiográfico de sua autoria, “A história de minha vida” da editora José Olympio.
Assim como Helen, a personagem principal Michelle, pelo fato de ter perdido a visão e a audição precocemente, mostra-se como uma criança “desenfreada”, revoltada e desnorteada pela escuridão que a rodeia (por isso o título do filme), sem poder se comunicar, ouvir ou ser entendida por sua família, o que faz com que o comportamento da protagonista seja agressivo, selvagem e de forma reiterada comparado com o dos animais. Michelle quebra pratos, come com as mãos, derruba e destrói muitas coisas, chega a agredir as pessoas próximas e por causa da “mania” de se esconder, é obrigada a andar com um sino para que os familiares saibam onde está.
A situação torna-se insustentável para os pais, a irmã mais nova e até as pessoas que trabalham na casa: o pai que a rejeita, insiste em querer internar Michelle em um hospício de forma a mantê-la isolada para que ela não prejudique ninguém, pois sua conduta parece irrecuperável e sem uma perspectiva de mudança; a mãe que a aceita, de forma contrária, persiste na esperança de que sua filha consiga mudar para se adequar a vida normal, mudando seu comportamento. Esta expectativa leva a mãe dela a contratar o professor Debraj Sahai para “educar” e ensinar Michelle.
Inicialmente os métodos pouco comuns e radicais do professor para educar a protagonista não são aceitos pela família, apesar da utilização constante do “soletrar” do alfabeto manual nas mãos da personagem principal, o qual é muito usado nas comunicações dos surdos e dos surdo-cegos para alfabetizá-los, pois este método no começo tem um baixo efeito por ela conhecer as palavras, mas não os seus significados.
Tudo muda quando o professor Sahai cansa de ver Michelle confundir pelo alfabeto manual por meio dos sinais, a palavra “colher” com a de “guardanapo” e leva ela para o chafariz do jardim para que entenda pelo menos o conceito do que é “água”. Após literalmente mergulhar no chafariz e de forma simultânea e repetida ter a palavra “água” soletrada na mão, a protagonista compreende a relação entre a palavra (o sinal) e o significado do conceito, o que leva a estabelecer a relação entre as coisas e partir daí ganhar muito conhecimento e educar-se para a vida e para o mundo.
Nesta cena tem-se uma referência à Helen Keller, que também passou por isso em sua biografia, onde no início sempre confundia “água” com “ caneca de água” até sua professora Anne Sullivan mostrar na prática a diferença, onde enfim ela compreendeu o que queriam dizer as palavras e aprendeu muita coisa em pouco tempo. E o mesmo aconteceu com Michelle.
Após muito tempo de estudos e uma ampla gama de conhecimentos, a personagem principal é incentivada pelo professor Sahai a entrar na universidade, o que ela consegue apesar das inúmeras desconfianças da banca examinadora.
Já como uma universitária Michelle enfrenta muitas dificuldades, as quais são mitigadas geralmente pelo professor Sahai, embora ainda existam muitas persistentes, o que é comum às pessoas na mesma situação que ela, assim como as pessoas surdas em geral ,no mesmo contexto: falta material adequado para ela estudar como em particular no caso da personagem, livros em braile ; a comunicação com as pessoas a seu redor é difícil pois muitas não entendem a Língua de Sinais e ela pouco fala; no começo é difícil ela se acostumar ao ritmo muito rápido que é exigido para acompanhar as aulas ou responder uma prova, o que faz com que ela reprove várias vezes ,quase desestimulando os estudos e muitos outros desafios que fazem a história da vida de Michelle ser uma constante superação de obstáculos ,Afinal a palavra “impossível” não “existe” no seu vocabulário.
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