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Resenha Critica Liderando a Mudança

Por:   •  4/11/2017  •  Resenha  •  1.493 Palavras (6 Páginas)  •  248 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Pós-graduação em Políticas e Gestão em Segurança Pública

Resenha do Caso “Liderando a Mudança Liderança. Organização, e Movimentos Sociais”

                       

Mardônio Uchôa Freitas

201608320341

                                                 

Trabalho da disciplina
Modelos e instituições de segurança pública

                                                       Tutor: Prof. Leonardo Mazzurana

Fortaleza/Ceará

2017

RESENHA ACADÊMICA

Identificação:
Ganz, Marshall
Liderando a Mudança. Liderança. Organização, e Movimentos Sociais.
Boston: Harvard Business Press.

Marshall Ganz, ativista e organizador, é professor de políticas públicas na Kennedy School of Government da Harvard University. Atualmente ensina Liderança, Organização e Ação: Leading Change, um programa on-line Harvard projetado para ajudar os líderes de associações civis, grupos de defesa e movimentos sociais a aprender a organizar as comunidades para mobilizar o poder para a mudança.

Resumo

A leitura do artigo aborda o tema liderança como um dos elementos que devem ser considerados nas análises sobre os movimentos sociais e ações coletivas em geral. Líderes atuais identificam que poder desenvolver pessoas é a grande chave para ter um trabalho eficaz e, consequentemente, atingir êxitos nos resultados, sendo também um grande diferencial para ter vantagem competitiva. O papel de uma liderança dentro de uma organização é o de conseguir fazer transformações pela ação de seus colaboradores. O líder deve procurar criar um ambiente favorável para que as pessoas dentro da organização possam ter a possibilidade de realizar suas atividades e atingir seus êxitos e consequentemente os resultados que a empresa está buscando.

Ganz abre o artigo ressaltando a necessidade de se conhecer os movimentos sociais. Esses movimentos podem abrir a “caixa-preta” da liderança e desenvolverem investigações sobre como a liderança exerce influência na emergência, no funcionamento e nos resultados obtidos pelos movimentos e assim traçar o perfil das lideranças. Dessa maneira, importa saber sobre as diferentes experiências que tiveram em outras organizações (políticas ou associativas, como associações de pais de alunos e sindicatos), instituições (por exemplo, universidade e igrejas) e sobre o capital educacional que o indivíduo possui (se tem boa formação escolar ou acesso a cursos de formação política tende a desenvolver algumas habilidades que o líder deve ter, como, por exemplo, discursar, escrever, debater, interagir com a mídia, dialogar com elites externas, etc. Deve-se conhecer os elementos que contribuíram para a sua formação, fornecendo-lhe os recursos, as habilidades e, algumas vezes, até mesmo o conhecimento e o interesse pela causa defendida.

Os movimentos sociais são organizados através de identificação, recrutamento, e desenvolvimento de liderança em todos os níveis.  Essa liderança forja uma comunidade do movimento social e mobiliza seus recursos, uma primeira fonte de poder do movimento social.

Ganz dispõe sobre a importância do levantamento de recursos como uma das estratégias criativas para surgimento de movimentos sociais. Quanto mais fontes de recursos houver, maior a flexibilidade do líder; Com isso, os líderes atuam formulando estratégias para reunir recursos. Estes poderão ser reunidos via contribuições dos membros, apoio governamental, apoio financeiro de ONG’s e agências internacionais, doações pessoais, campanhas de arrecadação de fundos, venda de algum produto, etc. Assim, é dentro desse contexto que cabe aos líderes traçar uma estratégia, visto que os que tiverem mais habilidade nesse quesito terão maiores chances de sucesso na obtenção de recursos. Também é necessária a mobilização de recursos humanos, ou seja, de participantes para ajudar com apoio e no desempenho das tarefas do movimento. Nesse sentido, o líder atua mobilizando redes (inclusive aproveitando as redes pré-existentes, no caso de existirem), criando novas redes, promovendo interações, criando estratégias para reforçar a solidariedade, reforçando a confiança e desenvolvendo comprometimento. A mobilização de recursos humanos é fundamental para o desenvolvimento de qualquer empreendimento coletivo.

O autor afirma que os movimentos sociais interagem com eleitores, não com clientes; sendo que a autoridade se baseia mais na moral do que numa coerção política ou econômica. Assim, podemos dizer que a relação pela qual são mobilizados os participantes não repousa em uma relação contratual e nem consiste a priori em uma obrigação, mas sim na motivação das pessoas que decidem participar. É preciso que as pessoas queiram participar – essa é a grande diferença.

O líder pode exercer um importante papel na motivação dos participantes. Ganz dedica um artigo a esse tema. Para ele, um movimento “conta uma história”, e o líder deve aprender a contá-la. Assim, ele fala da motivação por meio da narrativa pública. O autor recorre à psicologia, que, segundo ele, mostra que uma situação de insatisfação social só leva à ação se combinada com a crença na eficácia ou com o sentimento de esperança. Assim, para um sujeito empreender o sacrifício de destinar seu tempo e esforço a uma causa, comprometer-se e arriscar-se, a queixa deve ser vista como injustiça; e o movimento deve ser visto a partir do sentimento de que é possível mudar, de solidariedade e esperança. Logo, o discurso deve ir além de uma articulação de argumentos e reivindicações, envolvendo também uma energia moral e emocional: não basta apelar para o convencimento racional – os corações devem ser convencidos.

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