Resenha Crítica Do Filme Germinal De Claude Berri Em Articulação Com O Texto Serviço Social: A Ilusão De Servi De Maria Lúcia Martinelli
Monografias: Resenha Crítica Do Filme Germinal De Claude Berri Em Articulação Com O Texto Serviço Social: A Ilusão De Servi De Maria Lúcia Martinelli. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 121064 • 1/7/2014 • 722 Palavras (3 Páginas) • 2.261 Visualizações
O texto de Martinelli juntamente com o enredo do filme mostra todo processo de desumanização que o sistema capitalista ascendeu, começando com o domínio do capital sobre o trabalho, a compra e venda da força de trabalho, ou seja, a transição da mão-de-obra para um sistema assalariado e o que valia era apenas a produção e não o humano, um exemplo era quando algum operário morria, eles próprios (operários) se preocupavam mais com a substituição da força de trabalho do que com a presença humana deste que teria morrido, assim sendo a força de trabalho passa a ser meramente mercadoria barata explorada pela classe dominante, os burgueses.
O capitalismo tornou-se mais cruel a partir da Revolução Industrial, pois com o processo de industrialização houve a inserção de mulheres e crianças nas fábricas, a divisão social do trabalho, a relação de alienação e o antagonismo entre as duas classes: burgueses e proletários.
O processo de inserção de crianças nos chãos das fábricas começava aos cinco, seis anos de idade, as quais trabalhavam por um adulto ou até mais, pois eram mais ágeis, habilidosas e recebiam como crianças. Infelizmente o capitalismo antecipava o processo de “adultes”, como já relatou Marx em O Capital: “O capital rouba os folguedos infantis”. Assim a morte precoce era crescente entre as crianças por acidente de trabalho ou por não aguentarem mais os anos a fios de trabalhos mais que pesados, não se alimentarem bem, altas jornadas de trabalhos diários, pois eles entravam nas fábricas ainda de madrugada e saiam à noite, mais de dezesseis horas de trabalho. Tanto crianças como seus pais viviam em extrema desnutrição, miséria e dominados pelos senhores do dinheiro. A exploração constante era explicada pelo fato dos donos dos meios de produção colocar cada um dos seus trabalhadores e suas famílias em casebres distribuídos longe de seus palácios. Essa boa ação dos proprietários era descontada nos salários desumanos pagos aos trabalhadores, a extorsão era tanta que até mesmo as reclamações dos trabalhadores remetiam desconto em seus salários. Um extremo absurdo é ver um trabalhador que se acidentou no ambiente de trabalho e precisa se ausentar para a recuperação e não era remunerado. A segurança para o capital estava em ultimo plano, o que valia era cumprir metas, infelizmente ainda hoje com a lógica traiçoeira do capital percebem-se algumas empresas agindo dessa forma, não tão abertamente, mas trabalhadores voltam ao trabalho sem estarem em perfeitas condições, no entanto vindo do capital não surpreende.
A exploração é reinante desde inicio do sistema capitalista até nossos dias, infelizmente a consciência de classe dos trabalhadores foi lenta, onde a própria classe trabalhadora rejeitava a luta por justiça e por um salario digno. No inicio o proletário não tinha consciência da exploração sofrida, eram como “robôs” para o capital dos burgueses, com o passar das mazelas, com o agravamento da fome, com o disseminar de algumas ideias socialistas, os trabalhadores começaram a perceber que eram explorados, no entanto não possuíam discernimento para compreender que essa exploração vinha do sistema capitalista (burgueses), mas achavam que seus inimigos eram as máquinas, assim pouco a pouco iniciaram as primeiras greves, apesar de ser sem organização e com instinto animal, pela força, quebrando as maquinas,
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