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Resenha Florestan Fernandes

Por:   •  20/10/2019  •  Resenha  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  240 Visualizações

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Biografia do autor

Florestan Fernandes (1920-1995), foi um dos mais importantes sociólogos brasileiros, sendo considerado o fundador da sociologia crítica no Brasil, também foi ensaísta e político, com destaque para a sua militância no PT.

Problema

Como os países latino-americanos podem confrontar o novo tipo de imperialismo, exercido através das empresas corporativas e a hegemonia estadunidense, levando em conta as suas condições históricas, que deixaram como marcas uma economia, política e sociedade fragilizadas?

Tese

A superação do subdesenvolvimento, só será possibilitada quando ocorrer uma revolução, que vá contra as imposições do capitalismo privado externo. E a iniciativa para essa revolução tem que partir das elites e das classes dominantes, mais precisamente da burguesia, pois muitas dependências se mantêm para que seja possível a manutenção do status quo.

Argumentos

Para elucidar as condições históricas que a América Latina apresenta, o autor traz os quatro tipos de dominação que a maioria dos países latino-americanos foram e são submetidos, sendo que alguns, só foram submetidos aos dois primeiros tipos.

O primeiro tipo de dominação foi a dominação colonial. Esse tipo de dominação se caracterizou pela adoção dos padrões ibéricos de estrutura social, e também pela exploração total de recursos humanos e de produção.

O segundo tipo de dominação externa, que foi o neocolonialismo, tem como característica um maior interesse das nações europeias no controle financeiro e comercial, a dominação tornou-se de certa forma mais indireta. Havia um interesse em manter a estrutura econômica do sistema colonial, inclusive da classe exportadora, e das elites, visando a manutenção do status quo.

O terceiro tipo de dominação externa é mais direto e mais impositivo, ou seja, mais imperialista. A dominação volta a atingir outras esferas na sociedade, principalmente a cultura. O principal objetivo é ter os excedentes econômicos repassados aos países hegemônicos. É com esse de dominação que o capitalismo dependente atinge a América Latina como uma realidade histórica.

O quarto tipo de dominação surge com a ampliação da presença de empresas corporativas na América Latina, trazendo consigo o capitalismo corporativo, e também um novo tipo de imperialismo, um imperialismo total que controla a dominação externa a partir de dentro se inserindo em todas as esferas de ordem social.

Esse novo tipo de imperialismo é exercido na América Latina principalmente pelos Estados Unidos, nele o capitalismo luta pela sua sobrevivência e pela sua supremacia. A presença dos EUA se torna forte na América Latina com o objetivo de impedir mudanças radicais ou revoluções, pois o novo imperialismo necessita, para a manutenção da sua posição, de constante vigilância e controle do mercado externo.

Inicialmente as empresas corporativas, chegando na América Latina, pareciam querer cooperar no crescimento autossustentado desses países, o qual toda a sua população almejava, mas na verdade essas empresas tinham poderosos interesses privados os quais, absorveram as bases latino-americanas para o crescimento autônomo e integração nacional.

Quando os Estados Unidos lançam sua hegemonia sobre um país capitalista avançado, estes têm recursos para defender-se das consequências negativas, mas os países latino-americanos não possuem esses recursos. A sociedade, a política, a economia e a cultura dos países latino-americanos estão sendo refeitas de acordo

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