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Resenha sobre o capítulo 3: Sociologia, Modernização Autônoma e Revolução Social do livro "Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina" do autor Florestan Fernandes.

Por:   •  5/8/2017  •  Resenha  •  469 Palavras (2 Páginas)  •  998 Visualizações

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Resenha sobre o capítulo 3: Sociologia, Modernização Autônoma e Revolução Social do livro “Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina” do autor Florestan Fernandes.

O autor nesse capítulo busca discutir as relações da sociologia com o desenvolvimento da América Latina, levando quem questão a natureza da ciência, a crise do padrão de civilização e as potencialidades do socialismo. Ele vê a necessidade de projetar a sociologia em um quadro histórico muito amplo, que compreende a realidade presente, mas sob a intenção de transformá-la e superá-la. E para ocorrer essa superação é necessário que o socialismo cientifico se converta em realidade histórica, se não a “revolução através da ciência “será o que tem sido: um “progresso material” desarticulado de qualquer “progresso social”.

No segundo tópico desse capítulo compreende-se que na América Latina a civilização que prevaleceu foi a “moderna civilização ocidental”, mostrando que o sistema de produção dessa sociedade não se originou com linhas autônomas de desenvolvimento interno. Dessa forma, os conceitos fundamentais, técnicas de investigação e teorias, elaborados pelos sociólogos no estudo do mundo capitalista europeu ou norte-americano, também se aplicam na América latina. Porém, é necessário saber que a América Latina possui um capitalismo organizado para absorver e preservar a dominação externa.

A próxima questão tratada por Florestan Fernandes foi a ciência e a modernização autônoma. Referindo-se a modernização na América Latina, se nota que os povos deste local só conheceram a modernização induzida e dependente. Sendo que, a América Latina está sujeita a um novo tipo de imperialismo, em que já não se relacionava apenas de dar o impulso e captar os resultados, mas de fornecer, juntamente com ideias, instituições, técnicas e valores sociais, mas também o dimensionamento da economia, da cultura e da sociedade.

O suporte institucional do desenvolvimento da ciência e da tecnologia cientifica está abalado na América Latina e não chega a funcionar como um mecanismo de conquista e autonomização do poder. Para que ocorra uma transição da modernização dependente para a modernização autônoma requer, pelo menos, um momento de decisão política nacional. E esse momento é improvável sem extensa democratização das estruturas sociais de poder sem que novos grupos estimulem ou forcem os intelectais a fazer uma revolução e sem que a própria sociedade possa forjar novos uso alternativos da ciência e da tecnologia cientifica.

No último tópico do capítulo o autor aborda o papel da sociologia na revolução social. Nota-se que a sociologia tem uma importância instrumental na questão da emancipação cultural, sendo que ela só adquire eficácia prática quando os conhecimentos sociológicos são absorvidos e dinamizados por comportamentos coletivos que desencadeiam, reforçam e consolidam mudanças sociais de natureza revolucionária. Além de que se o sociólogo pretende ser útil aos diferentes grupos e classes sociais empenhados na “revolução dentro a ordem” ou na “revolução contra a ordem” precisa estar alerta às diversas alternativas de mudança social.

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