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Resenha Livro: Estado de Crise

Por:   •  21/8/2017  •  Resenha  •  831 Palavras (4 Páginas)  •  912 Visualizações

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

GABRIELLE GOMES GEORGETTE

RESENHA CRÍTICA

Campinas

2017

GABRIELLE GOMES GEORGETTE

RESENHA CRÍTICA

Resenha Crítica apresentada à disciplina de Teoria da Constituição, como parte da avaliação intermediária.

                    Orientador: Prof Dr. Antonio Isidoro Piacentin.

Campinas

2017

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BAUMAN, Zygmunt; BORDONI, Carlo. Estado de Crise. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 2016. 191p.

Gabrielle Gomes Georgette

Os sociólogos responsáveis pela obra acima intitulada, Bauman nascido na Polônia e mora na Inglaterra desde 1971, é conhecido pela qualificação do conceito de “liquidez” e nesse livro propõe soluções para sua teoria da sociedade líquida, enquanto Bordoni nascido na Itália e grande jornalista e escritor do II Corrieli della Sera e o Social Europe Journal, teoriza a crise da modernidade e pós-modernidade com o objetivo de fazer uma análise inédita da condição da sociedade ocidental.

O livro é dividido em três capítulos definindo os tipos de crises enfrentadas na atualidade. Primeiramente detalha o conceito atual de crise, que é utilizada frequentemente para determinar um problema econômico, e deixa explicita a principal diferença entre a crise de 1929 e a atual: Ela não é passageira e de fácil resolução como a anterior que foi resolvida com a atuação do Estado movimentando a economia.

Atualmente o Estado também sofre uma crise, denominada pelos autores como um “estatismo sem Estado” em que o poder interfere na politica instalando uma governança, esses fatores acontecem pela incapacidade do governo de resolver seus problemas organizacionais, a governança acaba gerenciando a comunidade se protegendo pela burocracia e o resultado é uma falsa democracia. A relação entre Estado e Sociedade se torna fraca e “líquida” quando se perde a capacidade de governar e de garantir o bem social, deixando os indivíduos à mercê de sua própria sorte e impedindo de tomar parte das decisões como prevê a Constituição.

A segunda crise a ser descrita pelos autores envolve a modernidade, para alguns pensadores o período de 1970 até o começo do século XXI é denominado como pós-moderno, foi um período que já é considerado acabado, e apesar de curto tentou emergir da modernidade explicando algumas mudanças do passado e algumas promessas quebradas, como: a fracassada tentativa de controlar a natureza, a ideia de progresso como desenvolvimento contínuo e a ideia de um “fiador” estatal que garantia recursos básicos à população.

Os autores da obra, principalmente Zygmunt, não acreditam que vivemos o período de pós-modernidade e nem a quebra das promessas citadas por Carlo, para ele “[...] o que foi abandonado (e muitas e muitas vezes) foram as estratégias favorecidas” (BAUMAN, p. 75) para eles o período foi uma parte da modernidade caracterizada por uma crise com base na ideologia, história e ética do trabalho em busca de recuperar o controle social, portanto, conclui que:

[...] Por isso, não podemos nos chamar de moderno nem de pós-modernos, o que implica uma relação de dependência quanto à modernidade e de oposição à modernidade, mas somos habitantes de um mundo que está mudando, e chamamos essa mudança de “crise” (BORDONI, p.133).

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