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RESENHA CRÍTICA DO CAPÍTULO 1 DO LIVRO “ESTADO E DEMOCRACIA” Dermeval Saviani

Por:   •  17/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.268 Palavras (6 Páginas)  •  1.372 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH – CAMPUS VI

DISCIPLINA: POLÍTICAS EDUCACIONAIS I

LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

DISCENTE: VAGNELSON ALVES RIBEIRO

DOCENTE: Mª SIGMAR C. PASSOS

RESENHA CRÍTICA DO CAPÍTULO 1 DO LIVRO “ESTADO E DEMOCRACIA” Dermeval Saviani

Caetité, 16 de Dezembro de 2017

RESENHA CRÍTICA

SAVIANI, Dermeval, Escola e democracia, capítulo 1, AS TEORIAS DA EDUCAÇÃO E O PROBLEMA DA MARGINALIDADE, Campinas, SP, 32. Editora: Autores Associados, 1999. 15-46 p. 32ª Edição Revisada.

CREDENCIAIS DO AUTOR

Dermeval Saviani nasceu em 25 de dezembro de 1943, diz sempre que a educação deve ser “relativizadora” nos indivíduos, para evitar que ocorra e preconceitos e discriminação, Formou-se em filosofia pela PUC-SP em 1966, é doutor em filosofia da educação (PUC-SP, 1971) e livre-docente em história da educação na   UNICAMP (1986) , tendo realizado “estágio sênior” na Itália em 1994-1995.

De 1967 a 1970, lecionou em cursos colegial e normal. Desde 1967, também é professor no ensino superior. Foi membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, coordenador do Comitê de Educação do CNPq, coordenador de pós-graduação na UFSCAR, PUC-SP e UNICAMP, professor titular colaborador da USP ( Ribeirão Preto) e sócio fundador da ANPED ( Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação) , CEDES ( Centro de Estudos Educação &Sociedade ) , CEDEC ( Centro de Estudos de Cultura Contemporânea) e SBHE (Sociedade Brasileira de História d Educação), da qual foi o primeiro presidente.

Algumas outras obras do autor: Educação - Do Senso Comum a Consciência Filosófica, São Paulo: Cortez Autores Associados, 1980;

Ensino Público e Algumas Falas sobre Universidade, São Paulo: Cortez Autores Associados, 1985;

A Questão Pedagógica na Formação de Professores, Florianópolis: Endipe, 1996;

A Nova Lei da Educação-Trajetória, Limites e Perpectivas, Campinas: Autores Associados, 1999;

Política e Educação no Brasil-O Papel do Congresso Nacional na Legislação do Ensino, São Paulo, Cortez, 1987;

SÍNTESE DA OBRA - ESTADO E DEMOCRACIA

O Autor traz no livro a diferenciação entre política e educação, posições antagônica, mais ambas se interligam e não podendo separá-los uma da outro de modo que a educação está à baixa ou submissa a política. A vertente política encaminha a vertente ideológica da educação e no geral a educação está voltada para a elite burguesa, no entanto não tira o caráter ativo da sociedade que deve ser crítica e ativa nesse processo para que a educação seja voltada para todos e não para uma minoria da elite burguesa.

RESUMO DO CAPITULO I – AS TEORIAS DA EDUCAÇÃO E O PROBLEMA DA MARGINALIDADE

Neste capítulo o autor procura compreender o problema da marginalização no processo de ensino, recorrendo à análise das diversas pedagogias da educação, como a pedagogia tradicional, pedagogia nova, pedagogia Tecnicista e as Teorias de reflexão que o auxiliou na compreensão de como o sistema educativo é reproduzido e também contestado, de modo que o poder político é a força motriz para permanência dessa estrutura de marginalização social e educacional.

Saviani apresenta o problema com dados de que 100% dos alunos em escolas primárias matriculados na América Latina 50% desertaram e sem citar ainda os que nem acesso a escolas tiveram. Classificando o problema da marginalização em dois grupos, primeiro a teoria da equalização social e superação da marginalização qual Saviani chama de “Teoria não-críticas” e no segundo grupo a teoria dos que entendem que a educação é um instrumento de discriminação social, e a marginalização é inerente a estrutura da sociedade, logo a marginalização está longe de ser superada pelo sistema educativo. As teorias não críticas está ligada a Pedagogia tradicional, a pedagogia nova e a pedagogia tecnicista e no seu contraponto está as teorias crítico-reprodutivistas representadas pela Teoria do Sistema de Ensino como Violência Simbólica, Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado e Teoria da Escola Dualista. Esta última teoria entende que a educação que é subordinada a política, fazendo da educação refém ou a serviço da elite política e da burguesia a qual o aparelho do estado está servi prioritariamente, automaticamente legitimando este sistema desigual. Ao final Saviani ao discorrer sobre uma Teoria Crítica da Educação, expõe a ingenuidade da teoria não-críticas em superar a marginalidade, evidenciada pela segunda teoria que mostra que a Educação na atual perspectiva burguesa e capitalista continua reproduzindo este sistema na sociedade por meio de uma processo cultural.

CRÍTICA

No decurso do texto, Saviani deixa evidente a sua corrente historiográfica, o marxismo com ênfase no materialismo histórico, e vai expondo de forma brilhante a veia do problema, primeiro ao estudar a teoria do “ensino enquanto violência simbólica” o ensino é uma forma da classe burguesa dominar a classe proletariada, mantendo seu poder e as desigualdades, reverberando no conflito continuo. Ao estudar a teoria do “ensino enquanto aparelho ideológico do estado” mostra que o papel principal da escola como de outras instituições como igrejas e família é um ambiente de reprodução da classe dominante, e por fim ao estudar a teoria da escola dualista, mostra a escola dividida em atender a burguesia ou proletariados, ou como tentar conciliar ambos.

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